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Dia do Rock em Arapiraca leva exposições e público à praça

Por Assessoria 15/07/2013 07h07
Foto: Assessoria
Repleto de atividades, com mesa-redonda, exibição de documentário, exposições com mais de 100 CDs, vinis, livros e revistas de Rock, concurso de guitarristas, e uma apresentação musical, o Dia Mundial do Rock em Arapiraca teve bastante movimentação por parte do público.

“Nem a forte chuva intimidou os adeptos deste estilo, que compareceram na Praça Luiz Pereira Lima. Isso só mostra a força que o Rock tem na nossa cidade e, como expressão cultural, a prefeita Célia Rocha [PTB] entende a necessidade do fomento”, diz a secretária Municipal de Cultura e Turismo (Sectur), Tânia Santos.

Afora o evento realizado com total apoio da Prefeitura de Arapiraca na Casa da Cultura e na Tenda Cultural da praça, uma prova concreta de que a vertente roqueira toma nova forma é a exportação de bandas da terra em apresentações pelo Agreste e Sertão alagoanos.

Neste sábado (13), os grupos Mopho, Eyevil e Storm tocaram, respectivamente, nos municípios de Maceió, Teotônio Vilela e Palmeira dos Índios. O primeiro, na edição do Eu Quero É Rock, o seguinte, no festival Rock The Night, e o outro, no Monstros do Açude, interagindo com músicos e público de cada região.

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“Arapiraca vive um momento de ebulição cultural, não somente no quesito da música. O Rock sempre teve espaço e o sucesso deste evento prova que há público para o ritmo, que a cada dia cresce mais. Para isso, eventos como o AraRock Night, Noise Music Fest e o já consolidado Rock Pró-Cultura devem ter e procurar o apoio da Administração Pública”, comenta o assistente contábil Rafael Valentim, de 23 anos.


Ele elogiou a mostra exposta na Casa da Cultura. A coleção de vinis de Paulo Lourenço da Silva, dono do famoso Bar do Paulo, e de CDs, livros e revistas do artista plástico Cícero Brito percorria as seis décadas do Rock N’ Roll desde artigos raros, como o primeiro LP do estilo vendido no Brasil no ano de 1956 de Bill Haley e Seus Cometas, com o disco “O Balanço das Horas”, aos clássicos álbuns do Black Sabbath, Frank Zappa, Dio, The Doors, Janis Joplin, Jimi Hendrix Experience, Queen, Dire Straits, Cazuza, Legião Urbana, RPM e Ultraje a Rigor.

“Acho de extrema importância esse debate que traz à tona o Rock como manifestação do ser humano. Há sempre algo a se dizer – e este é o estilo que mais se adequa com certos tipos de questionamentos e dizeres”, pontua o estudante Dom Pinheiro, presente na mesa-redonda sobre o tema que contou com Paulo do Bar, Cícero Brito, o jornalista da revista Rock Meeting e colaborador do site Whiplash, Breno Airan; e os críticos musicais Téo Carnaúba e Alexis Zoltan, integrantes do programa Planet Rock, na rádio Nova FM, que vai ao ar nas noites de domingo.

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De acordo com Téo, que canta na banda Storm, há 10 anos, o Rock na cidade vem avançando para que seus músicos se profissionalizem. “Este é o legado deixado por bandas como Mopho, The Other Side, Jardim Elétrico e The Putridness, que foram os que precursores para esta abertura de espaço do estilo tanto em Arapiraca como nos municípios vizinhos.

Na mesa-redonda, Alexis Zoltan elogiou a iniciativa da Prefeitura de Arapiraca em realizar ações culturais no Dia Mundial do Rock. “Vamos fazer do 13 de julho um momento nostálgico, mas também de evidência à cena local que atualmente tem muitas bandas boas surgindo e vingando”, comenta ele. Foram abordados temas como o porquê do dia ser considerado como tal, sobre o passado e o futuro do vinil, os assuntos tratados nas letras de Rock, a complexidade dos arranjos, a influência na literatura e nos filmes e a importância do Bar do Paulo na propagação do estilo na cidade de Arapiraca, em tempos de ditadura militar.

Segundo o estudante do 3º ano do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), Lucas Nicolas Melo de Oliveira, de 17 anos, a exposição estava impecável, bem como bate-papo dos que compuseram a mesa. “Este foi um dia que a gente, da plateia, pôde reviver um pouco da magia dos tempos áureos do Rock N’ Roll”, infere.

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Na sequência, houve a exibição do documentário "Raul - O início, o fim e o meio", no auditório da Casa da Cultura, e o 1º Concurso de Guitarristas de Arapiraca e Gleydson Matheus Ferreira do Carmo, de 19 anos, levou o troféu e um kit como prêmio, após execução de um belo solo, o qual conquistou o público presente na Tenda Cultural da Praça Luiz Pereira Lima.

Depois, foi a vez o 1º Concurso de Air Guitar Arapiraca, com a parceria da loja de instrumentos musicais Eletrorádio Gomes. Uma guitarra Stratocaster Memphis estava na premiação, juntamente com uma bag e uma correia para quem melhor fizesse uma performance de guitarra imaginária.

O estudante de Design na Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Victor Hugo Pinheiro de Brito, de 20 anos, levou o instrumento após interpretar “Back in Black”, do AC/DC. Em ambas competições, os segundos e terceiros lugares levaram medalhas.

Para fechar a noite, a banda Poker tocou clássicos do Pink Floyd, Beatles, Led Zeppelin e até do grupo arapiraquense Mopho. Em agosto próximo, o festival Rock Pró-Cultura acontece no mesmo local, no último do domingo do mês.