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Professora da Ufal tem artigo publicado em revista de História
Em uma edição especial, Flávia Benevenuto debate as contradições nas interpretações sobre Maquiavel
Recém-chegada na Universidade Federal de Alagoas (Ufal), a professora Flávia Benevenuto estampou o nome da instituição numa publicação de abrangência nacional neste mês de julho. O artigo “Nem virtude, nem vício” foi publicado na edição especial Maquiavel, da Revista de História da Biblioteca Nacional.
A professora faz parte do Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes (Ichca) e veio de um pós-doutorado na Universidade de São Paulo (USP), concluído este ano, para contribuir com o curso de Filosofia, com seus estudos sobre Maquiavel. Aliás, foi a partir desse autor que ela desenvolveu sua tese “Virtú do Governante: circunstâncias e ações para a conquista e a manutenção do poder no pensamento de Maquiavel”, na Universidade de Minas Gerais (UFMG), em parceria com a École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS), em Paris.
Na revista, a autora discute a “má interpretação” que muitos fazem de Maquiavel, com a crença de que seu pensamento estaria associado a ideias tirânicas. “Eu acho que a interpretação de Maquiavel como maquiavélico ainda é generalizada. De um modo geral, essa perspectiva do senso comum também é predominante na Academia”, relatou Flávia.
A professora esclarece que essa má fama, entre outras razões, foi adquirida porque o autor defendia ideias republicanas numa época em que a Igreja Católica, que tinha grande influência sobre o poder político, defendia o governo monárquico.
“E isso contribui para a má reputação do autor, mas a leitura dos seus textos associada a uma melhor compreensão do contexto de sua obra, permite compreender que um governo de vícios pode ter muitas dificuldades para se sustentar no poder. Maquiavel se dedica ao governo republicano, integrando a Chancelaria de Florença. Porém, com a queda da República e o retorno dos antigos tiranos, é preso, torturado, exilado e impedido de exercer cargos públicos. Uma vez afastado da cena pública se põe a escrever”, explicou.
500 anos de O Príncipe
Flávia foi convidada após pesquisa da revista, realizada na Plataforma Lattes. No entanto, esse periódico não é único interessado nos resultados da docente. No ano em que a obra mais conhecida de Maquiavel completa 500 anos, Flávia Benevenuto participa de conferências na Universidade do Estado de São Paulo (Unesp) e na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
No 1º Encontro Nacional do Vivarium (Laboratório de Estudos da Antiguidade e do Medievo), que ocorrerá na Universidade Federal da Bahia (UFBA), Flávia e mais duas outras professoras da Ufal, Raquel de Fátima Parmegiani, do curso de História, e Roberta Magalhães Miquelanti, de Filosofia, vão ministrar um minicurso intitulado “Copistas, Tradutores e Autores: a circulação dos livros na Idade Média”, abordando o tema da “Arte de Governar”.
A professora participa ainda do 13º Simpósio da Associação Iberoamericana de Filosofia Política, na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), e do 17º Congresso da Sociedade Interamericana de Filosofia, na UFBA. Na Ufal, Flávia vai contribuir, inicialmente, com o Grupo de Estudos Medievais, período que antecede a Maquiavel, e no curso de especialização em Filosofia Contemporânea, com a disciplina de Política.
Recém-chegada na Universidade Federal de Alagoas (Ufal), a professora Flávia Benevenuto estampou o nome da instituição numa publicação de abrangência nacional neste mês de julho. O artigo “Nem virtude, nem vício” foi publicado na edição especial Maquiavel, da Revista de História da Biblioteca Nacional.
A professora faz parte do Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes (Ichca) e veio de um pós-doutorado na Universidade de São Paulo (USP), concluído este ano, para contribuir com o curso de Filosofia, com seus estudos sobre Maquiavel. Aliás, foi a partir desse autor que ela desenvolveu sua tese “Virtú do Governante: circunstâncias e ações para a conquista e a manutenção do poder no pensamento de Maquiavel”, na Universidade de Minas Gerais (UFMG), em parceria com a École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS), em Paris.
Na revista, a autora discute a “má interpretação” que muitos fazem de Maquiavel, com a crença de que seu pensamento estaria associado a ideias tirânicas. “Eu acho que a interpretação de Maquiavel como maquiavélico ainda é generalizada. De um modo geral, essa perspectiva do senso comum também é predominante na Academia”, relatou Flávia.
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“E isso contribui para a má reputação do autor, mas a leitura dos seus textos associada a uma melhor compreensão do contexto de sua obra, permite compreender que um governo de vícios pode ter muitas dificuldades para se sustentar no poder. Maquiavel se dedica ao governo republicano, integrando a Chancelaria de Florença. Porém, com a queda da República e o retorno dos antigos tiranos, é preso, torturado, exilado e impedido de exercer cargos públicos. Uma vez afastado da cena pública se põe a escrever”, explicou.
500 anos de O Príncipe
Flávia foi convidada após pesquisa da revista, realizada na Plataforma Lattes. No entanto, esse periódico não é único interessado nos resultados da docente. No ano em que a obra mais conhecida de Maquiavel completa 500 anos, Flávia Benevenuto participa de conferências na Universidade do Estado de São Paulo (Unesp) e na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
No 1º Encontro Nacional do Vivarium (Laboratório de Estudos da Antiguidade e do Medievo), que ocorrerá na Universidade Federal da Bahia (UFBA), Flávia e mais duas outras professoras da Ufal, Raquel de Fátima Parmegiani, do curso de História, e Roberta Magalhães Miquelanti, de Filosofia, vão ministrar um minicurso intitulado “Copistas, Tradutores e Autores: a circulação dos livros na Idade Média”, abordando o tema da “Arte de Governar”.
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