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Aluna de Comunicação da Ufal conquista medalhas de ouro, prata e bronze na Irlanda do Norte

Por Assessoria 24/08/2013 10h10
Foto: Assessoria
Sagrar-se vitoriosa em competições e colecionar medalhas tornou-se rotina na vida da alagoana Simone Lima. São 87 medalhas conquistadas em apenas quatro anos como velocista em eventos local, nacional e internacional. Foi em Belfast, na Irlanda do Norte, a mais recente vitória da campeã, onde abocanhou a medalha de ouro nos 200 metros rasos no conhecido “Wold Police & Fire Games”, competição de Segurança Pública, que reuniu mais de 12 mil atletas de 80 países disputando 87 modalidades.

A competição ocorreu de 31 julho a 11 de agosto, e Simone também trouxe para Alagoas as medalhas de prata e bronze conquistadas respectivamente, nos 400 e 100 metros rasos de corrida. Em 2011 na “Wold Police & Fire Games” realizada em New York a atleta alagoana ganhou três medalhas de prata nas modalidades 200 metros rasos, revezamento 4x100 e 4x400.

A velocista Simone Lima é concluinte do curso de Relações Públicas da Universidade Federal de Alagoas e comandante do Grupamento de Apoio e Ação Operacional (GAAO), da Prefeitura de Maceió, onde integra há 22 anos o quadro de recursos humanos da Guarda Municipal. Para a competição internacional Simone recebeu patrocínio do município e da Secretaria de Planejamento do Estado.

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A conquista de tantas vitórias Simone Lima diz que é fruto de muita determinação e preparo físico, mas enfatiza que nunca imaginou ser atleta e campeã, apesar de ainda criança, ter recebido do pai estímulo para gostar de esporte. “Meu pai levava a mim e a minha irmã para acompanhá-lo na orla de Maceió em sua atividade física, então conhecida como cooper. Daí cresci com esse estímulo, valorizando o esporte e claro, a saúde”, frisa a atleta.

Simone relembra com carinho o estímulo também recebido do saudoso professor Madalena, quando adolescente no Colégio Deraldo Campos, onde integrou a equipe de voleibol treinada por ele. Mas, o casamento aos 16 anos de idade e as responsabilidades inerentes à tão precoce mudança de vida, impossibilitaram-na de mesmo no colégio, à participação em qualquer equipe desportiva. “Fui mãe adolescente e mal dava tempo para eu dar conta da escola. Na verdade, sempre tive um desafio que era conquistar o nível superior”, diz a atleta.

“Posteriormente, fui convidada para a competição nacional, realizada no Rio de Janeiro, onde bati o recorde brasileiro e ganhei a medalha de ouro. “De lá prá cá, sempre que possível, participo de competições locais, nacionais e internacionais”, frisa Simone já de olho na competição de Segurança Pública em Montreal, em 2015.

Ninho vazio

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Atualmente com 51 anos de idade, Simone Lima ficou viúva aos 42 anos, tem uma filha de 33 anos que é turismóloga e um filho de 32 anos, que foi da Seleção Alagoana de Voleibol. Segundo ela, foi exatamente a esperada fase de maturidade dos filhos a maior motivação para a prática de esporte.

“O despertar na verdade para a prática de esporte, surgiu a partir de uma reportagem que vi sobre “ninho vazio”, assim denominado pela Psicologia, quando os filhos deixam a casa dos pais para seguir a vida. Esse corte mexe muito com o emocional de mãe e pai e no meu caso não esperei chegar essa hora. Antes que acontecesse fui fazer o que mais gostava que era praticar esporte, mas sem planos de me tornar profissional nessa área como sou hoje”, enfatiza Simone.

Vontade de vencer

Simone diz que é uma emoção indescritível para qualquer atleta quando sobe ao pódio ou ouve seu nome durante a premiação. Mas considera fundamentais para qualquer competidor, disciplina, dedicação, boa alimentação e bom condicionamento físico. O treinamento dela é dividido entre explosão e força e corrida, respectivamente em academia e na Vila Olímpica Lauthenay Perdigão, no Village Campestre. O acompanhamento técnico da Simone é feito pelo professor de educação física Daniel Costa, também presidente da Associação Alagoana Master de Atletismo de Alagoas.

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Mesmo valorizando o apoio que recebe, Simone declara que muitos são os obstáculos e dificuldades existentes para o atleta: desde patrocínio a espaços adequados. “Em outros países existem as pistas de borracha para a prática e percebe-se o quanto se investe no esporte. Mas, vale à pena persistir, enfrentar os obstáculos e ter vontade de vencer porque a prática de esporte também proporciona a ampliação dos laços importantes de convivência”, enfatiza.

TCC

Como não poderia ser diferente não é difícil imaginar do que tratou o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de Simone Lima, apresentado uma semana antes da competição na Irlanda do Norte. Enfocando “O esporte como ferramenta institucional”, o trabalho teve orientação do professor Wagner Ribeiro, e também fizeram parte da banca examinadora os docentes Edna Cunha e Ricardo Moresi.