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Alagoas, Bahia e Sergipe discutem meios para incentivar a doação de órgãos

Por Assessoria 08/09/2013 11h11
Coordenador da Central de Transplantes da Bahia, Eraldo Moura, destacou que o trabalho das centrais
Mais de 40 mil brasileiros estão na fila de espera aguardando por um transplante. Para estimular a doação de órgãos e melhorar o sistema de transplantes na Região Nordeste, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) promoveu o II Encontro das Centrais de Transplantes dos Estados de Alagoas, Bahia e Sergipe, nesta sexta-feira (06), no auditório do Maceió Mar Hotel.

O evento, que prossegue neste sábado (7), reuniu coordenadores das Centrais de Transplantes, gestores e técnicos da área visando traçar estratégias de cooperação capazes de modificar o quadro atual. Em Alagoas, essa realidade é representada por uma lista de 59 pessoas que aguardam um transplante de córnea e 342 esperam pela doação de rins.

Durante o evento, o chefe de gabinete, Antônio de Pádua, representou o secretário de Estado da Saúde e ressaltou a importância do sistema de transplantes, assim como a iniciativa de dedicação dos técnicos. “Esse encontro entre os estados é muito válido. São três federações com problemas semelhantes. Estamos todos juntos nessa batalha que prioriza salvar vidas”, resumiu Pádua.

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O Ceará é referência, no Brasil, quanto ao número de doadores. A cada um milhão de pessoas, 20 são doadores. Essa taxa está acima da média nacional que é de 13 pessoas para cada um milhão. A coordenadora da Central de Transplantes do Ceará, Eliana Régia, participou do evento e falou sobre as diversas estratégias criadas para colocar o Estado nessa posição.

Entre elas, o apoio do Governo do Estado - com a contratação de recursos humanos e a implantação das Comissões Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOT) - responsável pela abordagem às famílias, assim como a colaboração dos meios de comunicação e a solidariedade da população cearense.

“É difícil não termos, em um mês, uma notícia relacionada a transplantes. A mídia tem contribuído para esses números, estimulando o aumento do número de doadores”, disse Eliana, acrescentando que a sociedade, quando esclarecida, torna-se solidária.

A coordenadora da Central de Transplantes do Ceará destacou que a lista de espera está em torno de mil pessoas, sendo maior a espera por córnea, em seguida, rim, coração, pulmão, medula óssea, fígado e outros.

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“É um desafio zerar a lista de espera, um desafio do Brasil. O Ministério da Saúde tem traçado estratégias para apoiar os estados que não têm programa de transplantes estabelecido. Esse encontro fortalece e aumenta o nosso trabalho. O Nordeste tem potencial e estou feliz por contribuir compartilhando nossa experiência e aprendendo mais com todos que estão aqui”, sintetizou Régia.

O coordenador da Central de Transplantes da Bahia, Eraldo Moura, destacou que o trabalho das centrais é multifatorial e multiplicador quanto à assistência aos pacientes e às famílias dos doadores. “Vamos discutir também a parte política desse processo para melhorar a capacidade de assistir, de atender adequadamente”, disse.

O encontro contou também com a presença da presidente da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), Ana Paula Baptista. Segundo ela, a ABTO realiza campanhas informativas para estimular a doação de órgãos e dá suporte aos estados na implantação das CIHDOTs. “Esperamos que esse evento nos ajude a alavancar os serviços dos três Estados participantes por meio de discussões e novas ideias”, enfatizou Ana Paula.

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Para a coordenadora da Central de Transplantes de Alagoas, Kelly Karina Brandão, o encontro representa a vontade coletiva de superar os desafios do sistema. “Todos os participantes estão aqui porque se preocupam em aumentar o número de doadores”, disse Kelly.