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Mortalidade infantil cai 83% em Alagoas, segundo o Unicef
A mortalidade infantil em Alagoas caiu em 83% em 22 anos, segundo atesta o Fundo nas Nações Unidas para a Infância (Unicef). Esse índice, que é o maior do País durante o período pesquisado, comprova que as ações da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) têm surtido efeito positivo, já que entre 2007 – quando o atual Governo passou a gerir o Estado – até o ano passado, o percentual de mortalidade infantil caiu 36,13%, passando de 21,57 mortes para cada mil nascidos vivos, para 15.19 mortes para cada mil nascidos vivos.
De acordo com o Unicef, a redução da mortalidade infantil detectada em Alagoas é superior à nacional, que correspondeu a 77% entre os anos de 1990 e 2012. Uma evolução positiva que, segundo o Unicef, “é uma das mais significativas registradas pelo levantamento, realizado em 196 países”. Ainda de acordo com os dados divulgados nesta sexta-feira (13), a redução constatada em Alagoas é superior a do Nordeste, que foi de 77,5%, e ficou à frente do Ceará (82%), Paraíba (81%), Pernambuco (80,9%) e Rio Grande do Norte (79,3%).
“Os dados comprovam que as ações realizadas pelo Governo do Estado, em parceria com os 102 municípios, têm surtido efeito positivo quanto à redução da mortalidade infantil. Quando o governador Teotonio Vilela assumiu o Executivo, colocou a redução da mortalidade infantil como uma prioridade e, graças ao trabalho dos nossos técnicos, de investimentos em programas estruturantes e parcerias firmadas com os gestores municipais, estamos vencendo a batalha contra a mortalidade infantil, que tirou a vida de muitas crianças, que poderiam contribuir para o desenvolvimento do Estado”, evidenciou o secretário de Estado da Saúde, Jorge Villas Bôas.
Reconhecimento
Em decorrência dos avanços obtidos por Alagoas quanto à redução da mortalidade infantil, no final do ano passado o Unicef lançou o livro Avanços e Desafios – A Redução da Mortalidade Infantil em Alagoas. A publicação detalha as ações desenvolvidas na melhoria do atendimento materno-infantil nos 102 municípios alagoanos e foi escrita pelo jornalista Inácio França, que mostra os esforços de diversos parceiros para que Alagoas avançasse 11 posições no ranking da mortalidade, saindo do 1º lugar no número de mortes de crianças com idade até um ano.
Segundo o representante da Unicef no Brasil, Gary Stahl, em 2000, o Estado tinha 58,4 óbitos para cada mil nascidos vivos – mais que o dobro da média nacional. Em 2009, esse índice caiu para 20,05. “Este é um trabalho do qual nos orgulhamos, por isso é importante parabenizar os gestores, prefeitos, instituições e o Unicef. Foi um trabalho de mãos dadas com muitas pessoas, mas conseguimos avançar e obter estes resultados”, disse durante o lançamento do livro.
Ações Pontuais
Para conseguir reduzir a mortalidade infantil em Alagoas, o Governo do Estado implementou diversas ações estruturantes. Além de trabalhar com um sistema de planilhas paralelas para realizar a busca ativa dos óbitos, identificando a causa real, foram criados Comitês de Prevenção à Mortalidade Materna, Infantil e Fetal nos municípios alagoanos.
Os Comitês de Vigilância do Óbito, segundo a Sesau, têm o papel de conhecer, analisar, propor e divulgar ações para evitar óbitos maternos, infantis e fetais. Eles são formados por membros das secretarias municipais de Saúde e da sociedade civil, tratando das questões como aleitamento, partos, assistência hospitalar e pré-natal.
Para estruturar a rede materno-infantil no Estado, o Executivo estadual criou o Programa de Implementação da Rede de Atenção Materno-Infantil do Estado de Alagoas (Promater) que, mensalmente, envia recursos para 40 maternidades públicas e conveniadas em todo o Estado. Visando incentivar a realização do pré-natal, também foi criado o Programa Cestas Nutricionais.
Para ter acesso, as gestantes devem ser cadastradas nos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) dos 102 municípios. Os itens dessas cestas foram escolhidos em parceria com a Pastoral da Criança e o Unicef, que desenvolvem ações para reduzir a mortalidade materna e infantil.
Ainda durante esta gestão o Executivo estadual implantou a Atenção Integrada às Doenças Prevalentes Neonatais (Aidpi Neonatal), representando uma estratégia que permite aos profissionais de saúde detectarem e classificarem precocemente as principais doenças que afetam crianças até dois meses de idade. Essa linha de atenção tem por objetivo reduzir a incidência e o agravamento de enfermidades que atingem os recém-nascidos e diminuir a ocorrência de sequelas ou complicações.
A iniciativa contribui ainda para aprimorar as práticas de tratamento e atendimento em saúde neonatal e melhorar o conhecimento e a prática das famílias para a prevenção de doenças e promoção da saúde. O Aidpi funciona de acordo com a descrição da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) sobre como atender crianças desde o nascimento.
Samu Neonatal
Para garantir agilidade no transporte sanitário dos recém nascidos e crianças que necessitam de atendimento hospitalar, desde 2008 Alagoas conta com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) Neonatal. Representando uma iniciativa inédita no país, o programa “garante o transporte adequado para o recém-nascido de alto risco, que corre risco de morte, reduzindo efetivamente os índices de mortalidade infantil em Alagoas”, afirmou Jorge Villas Bôas.
Posteriormente, a Sesau criou o Samu Aeromédico (UTI Aérea), que conta com uma Unidade de Suporte Avançado (USA), exclusiva para o transporte dos recém-nascidos de qualquer um dos 102 municípios alagoanos. Funcionando há três anos, todos os dias da semana, entre as 7h e 17 horas, já que não pode atuar no período noturno, o serviço já realizou o salvamento de 446 pacientes, entre adultos e crianças.
Em abril deste ano um recém-nascido foi transportado do Hospital de Penedo para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Coruripe. Várias equipes de médicos, enfermeiros e condutores socorristas foram mobilizadas para salvar a criança. “O Samu Aeromédico é fundamental para que possamos salvar a vida de centenas de crianças e está à disposição da população de forma gratuita, via SUS [Sistema Único de Saúde]”, destacou o secretário Jorge Villas Bôas.
Mais dados positivos
O secretário de Estado da Saúde aponta que, além da queda nos óbitos infantis, apontada pelo Ministério da Saúde, Alagoas conseguiu melhorar outros indicadores. Em 2000 aproximadamente 19% das gestantes não realizavam nenhuma consulta antes do parto, mas em 10 anos, a taxa foi reduzida para 3%, fazendo com que o acesso ao atendimento crescesse 35%, enquanto que no Brasil o crescimento foi de apenas 8%.
Jorge Villas Bôas destaca que outra ação macro, que contribuiu para reduzir a mortalidade infantil no Estado, foi a melhoria do acesso à rede de esgoto que duplicou somente nesta gestão, passado de 8% em 2009 para 20,8% em 2011, segundo a Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal).
De acordo com o Unicef, a redução da mortalidade infantil detectada em Alagoas é superior à nacional, que correspondeu a 77% entre os anos de 1990 e 2012. Uma evolução positiva que, segundo o Unicef, “é uma das mais significativas registradas pelo levantamento, realizado em 196 países”. Ainda de acordo com os dados divulgados nesta sexta-feira (13), a redução constatada em Alagoas é superior a do Nordeste, que foi de 77,5%, e ficou à frente do Ceará (82%), Paraíba (81%), Pernambuco (80,9%) e Rio Grande do Norte (79,3%).
“Os dados comprovam que as ações realizadas pelo Governo do Estado, em parceria com os 102 municípios, têm surtido efeito positivo quanto à redução da mortalidade infantil. Quando o governador Teotonio Vilela assumiu o Executivo, colocou a redução da mortalidade infantil como uma prioridade e, graças ao trabalho dos nossos técnicos, de investimentos em programas estruturantes e parcerias firmadas com os gestores municipais, estamos vencendo a batalha contra a mortalidade infantil, que tirou a vida de muitas crianças, que poderiam contribuir para o desenvolvimento do Estado”, evidenciou o secretário de Estado da Saúde, Jorge Villas Bôas.
Reconhecimento
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Segundo o representante da Unicef no Brasil, Gary Stahl, em 2000, o Estado tinha 58,4 óbitos para cada mil nascidos vivos – mais que o dobro da média nacional. Em 2009, esse índice caiu para 20,05. “Este é um trabalho do qual nos orgulhamos, por isso é importante parabenizar os gestores, prefeitos, instituições e o Unicef. Foi um trabalho de mãos dadas com muitas pessoas, mas conseguimos avançar e obter estes resultados”, disse durante o lançamento do livro.
Ações Pontuais
Para conseguir reduzir a mortalidade infantil em Alagoas, o Governo do Estado implementou diversas ações estruturantes. Além de trabalhar com um sistema de planilhas paralelas para realizar a busca ativa dos óbitos, identificando a causa real, foram criados Comitês de Prevenção à Mortalidade Materna, Infantil e Fetal nos municípios alagoanos.
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Para estruturar a rede materno-infantil no Estado, o Executivo estadual criou o Programa de Implementação da Rede de Atenção Materno-Infantil do Estado de Alagoas (Promater) que, mensalmente, envia recursos para 40 maternidades públicas e conveniadas em todo o Estado. Visando incentivar a realização do pré-natal, também foi criado o Programa Cestas Nutricionais.
Para ter acesso, as gestantes devem ser cadastradas nos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) dos 102 municípios. Os itens dessas cestas foram escolhidos em parceria com a Pastoral da Criança e o Unicef, que desenvolvem ações para reduzir a mortalidade materna e infantil.
Ainda durante esta gestão o Executivo estadual implantou a Atenção Integrada às Doenças Prevalentes Neonatais (Aidpi Neonatal), representando uma estratégia que permite aos profissionais de saúde detectarem e classificarem precocemente as principais doenças que afetam crianças até dois meses de idade. Essa linha de atenção tem por objetivo reduzir a incidência e o agravamento de enfermidades que atingem os recém-nascidos e diminuir a ocorrência de sequelas ou complicações.
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Samu Neonatal
Para garantir agilidade no transporte sanitário dos recém nascidos e crianças que necessitam de atendimento hospitalar, desde 2008 Alagoas conta com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) Neonatal. Representando uma iniciativa inédita no país, o programa “garante o transporte adequado para o recém-nascido de alto risco, que corre risco de morte, reduzindo efetivamente os índices de mortalidade infantil em Alagoas”, afirmou Jorge Villas Bôas.
Posteriormente, a Sesau criou o Samu Aeromédico (UTI Aérea), que conta com uma Unidade de Suporte Avançado (USA), exclusiva para o transporte dos recém-nascidos de qualquer um dos 102 municípios alagoanos. Funcionando há três anos, todos os dias da semana, entre as 7h e 17 horas, já que não pode atuar no período noturno, o serviço já realizou o salvamento de 446 pacientes, entre adultos e crianças.
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Mais dados positivos
O secretário de Estado da Saúde aponta que, além da queda nos óbitos infantis, apontada pelo Ministério da Saúde, Alagoas conseguiu melhorar outros indicadores. Em 2000 aproximadamente 19% das gestantes não realizavam nenhuma consulta antes do parto, mas em 10 anos, a taxa foi reduzida para 3%, fazendo com que o acesso ao atendimento crescesse 35%, enquanto que no Brasil o crescimento foi de apenas 8%.
Jorge Villas Bôas destaca que outra ação macro, que contribuiu para reduzir a mortalidade infantil no Estado, foi a melhoria do acesso à rede de esgoto que duplicou somente nesta gestão, passado de 8% em 2009 para 20,8% em 2011, segundo a Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal).
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