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Encontrado no cérebro circuito que controla o comer em excesso
Quando um circuito especial do cérebro é estimulado, ele faz com que os ratos devorem vorazmente a comida mesmo que estejam bem alimentados, e a desativação do mesmo circuito mantém ratos esfomeados afastados da comida, mostra um novo estudo.
Os resultados sugerem que um colapso dentro desta rede neural poderia contribuir para comportamentos alimentares pouco saudáveis, afirmaram os pesquisadores, embora seja necessário mais trabalho para ver se os resultados são também verdadeiros para as pessoas.
O circuito encontra-se numa área do cérebro chamada de "núcleo da estria terminal" (NLET) e afecta a atividade de comer inibidindo uma outra região, denominada hipotálamo lateral, que é conhecida por controlar a alimentação, de acordo com o estudo, publicado hoje a 26 de setembro na revista Science.
"Normalmente, há uma população de neurónios no hipotálamo lateral que põe travão no acto de comer", disse o pesquisador Garret Stuber, neurocientista da Universidade da Carolina do Norte. "Mas quando você fecha essas células, estimulando esta via, o travão perde-se e o animal começa a comer".
O hipotálamo lateral tem sido conhecido há mais de 50 anos, por ser uma parte importante do cérebro no controlo da alimentação. Os cientistas aprenderam que colocar eletrodos de estimulação no hipotálamo lateral em animais influencia o seu comportamento alimentar, mas exatamente como isso funciona tem sido um mistério.
"Ninguém tinha uma boa explicação mecanicista para o que realmente está sendo estimulado ou ativado dentro dessa estrutura cerebral", disse Stuber. No novo estudo, os pesquisadores concentraram-se em analisar como o NLET influencia a atividade no hipotálamo lateral.
Para manipular os neurónios NLET, os pesquisadores usaram uma técnica chamada optogenética que lhes permitiu ativar neurónios específicos usando luz. Eles descobriram que, após a ativação, os neurónios NLET suprimiam a atividade no hipotálamo lateral, e faziam com que os ratos bem alimentados começassem imediatamente a comer.
"Quando estimulamos a zona, os animais comeram um terço a 50% das calorias que ingerimos num dia normal, em cerca de 20 minutos", disse Stuber. Para uma pessoa, isso seria provavelmente o equivalente a comer o almoço e o jantar numa sessão.
Além disso, os pesquisadores deram aos animais uma escolha em algumas das experiências entre comida regular e uma comida saborosa, com um alto teor de gordura, semelhante à fast food. Eles descobriram que, quando ativado o circuito, os animais mostraram uma forte preferência por esta última comida.
Por outro lado, a desativação do circuito fez com que os animais parassem imediatamente de comer, mesmo que os seus estomagos estivessem vazios. Pensa-se que o NLET possa ser um hub que integra informações emocionalmente relevante vindas de várias partes do cérebro.
Embora as experiências não visassem estudar a ligação entre os estados emocionais e os comportamentos de alimentação, os resultados podem explicar como as emoções podem influenciar os hábitos alimentares, afirmam os pesquisadores.
"NLET é realmente importante para o estado de comportamento afetivo, em resposta a estímulos emocionalmente competentes, e os resultados mostram que essas células podem realmente modular diretamente o comportamento alimentar", afirmaram.
Identificar um circuito neural que controla a alimentação e entender como as células funcionam neste circuito, pode levar a futuros tratamentos para condições como a obesidade, disseram os pesquisadores. "Agora que sabemos que este é um circuito crítico para a alimentação, podemos começar a olhar para isso nos humanos", disse Stuber.
Os resultados sugerem que um colapso dentro desta rede neural poderia contribuir para comportamentos alimentares pouco saudáveis, afirmaram os pesquisadores, embora seja necessário mais trabalho para ver se os resultados são também verdadeiros para as pessoas.
O circuito encontra-se numa área do cérebro chamada de "núcleo da estria terminal" (NLET) e afecta a atividade de comer inibidindo uma outra região, denominada hipotálamo lateral, que é conhecida por controlar a alimentação, de acordo com o estudo, publicado hoje a 26 de setembro na revista Science.
"Normalmente, há uma população de neurónios no hipotálamo lateral que põe travão no acto de comer", disse o pesquisador Garret Stuber, neurocientista da Universidade da Carolina do Norte. "Mas quando você fecha essas células, estimulando esta via, o travão perde-se e o animal começa a comer".
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"Ninguém tinha uma boa explicação mecanicista para o que realmente está sendo estimulado ou ativado dentro dessa estrutura cerebral", disse Stuber. No novo estudo, os pesquisadores concentraram-se em analisar como o NLET influencia a atividade no hipotálamo lateral.
Para manipular os neurónios NLET, os pesquisadores usaram uma técnica chamada optogenética que lhes permitiu ativar neurónios específicos usando luz. Eles descobriram que, após a ativação, os neurónios NLET suprimiam a atividade no hipotálamo lateral, e faziam com que os ratos bem alimentados começassem imediatamente a comer.
"Quando estimulamos a zona, os animais comeram um terço a 50% das calorias que ingerimos num dia normal, em cerca de 20 minutos", disse Stuber. Para uma pessoa, isso seria provavelmente o equivalente a comer o almoço e o jantar numa sessão.
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Por outro lado, a desativação do circuito fez com que os animais parassem imediatamente de comer, mesmo que os seus estomagos estivessem vazios. Pensa-se que o NLET possa ser um hub que integra informações emocionalmente relevante vindas de várias partes do cérebro.
Embora as experiências não visassem estudar a ligação entre os estados emocionais e os comportamentos de alimentação, os resultados podem explicar como as emoções podem influenciar os hábitos alimentares, afirmam os pesquisadores.
"NLET é realmente importante para o estado de comportamento afetivo, em resposta a estímulos emocionalmente competentes, e os resultados mostram que essas células podem realmente modular diretamente o comportamento alimentar", afirmaram.
Identificar um circuito neural que controla a alimentação e entender como as células funcionam neste circuito, pode levar a futuros tratamentos para condições como a obesidade, disseram os pesquisadores. "Agora que sabemos que este é um circuito crítico para a alimentação, podemos começar a olhar para isso nos humanos", disse Stuber.
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