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Faltam medicamentos em Postos de Saúde de Girau do Ponciano

Por Equipe de Reportagem do Já é Notícia 08/10/2013 15h03
Faltam medicamentos essenciais à população de Girau do Ponciano - Foto: Equipe Já é Notícia
Faltam medicamentos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), no município de Girau do Ponciano, no Agreste alagoano. A denúncia parte dos próprios moradores da cidade que procuram os postos de Saúde, mas não dispõem de medicação básica para atender os girauenses.

São remédios para hipertensão como o “Captopril”, além de estetoscópio e tensiômetro, aparelhos que medem o batimento cardíaco e o aferimento da pressão arterial, que não existem nas unidades de saúde do município. A população sofre sem medicamentos.

A dona de casa Maria Benedita Rodrigues da Silva sempre que precisa vai a uma das unidades de Saúde para se medicar. Ela sofre de pressão alta e desta vez não tomou nenhum medicamento porque não existe nos postos de saúde de Girau do Ponciano.

“Mesmo sem condições financeiras terei que ir para outra cidade para ver se consigo algum medicamento para pressão alta porque aqui em Girau não tem no momento”, disse ela à reportagem.

Um funcionário do Posto de Saúde, que não quis se identificar, disse à reportagem que falta até receituário. “É muito triste vermos pessoas virem até a UBS e não terem o direito do mais simples medicamento. Aqui falta remédio para hipertensão, diabetes, xarope para tosse e até comprimidos para dor”, denunciou.

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Além da medicação, falta até material para um simples curativo. O funcionário de uma das unidades de saúde teme até perseguição política, caso seja identificado.

Lixo hospitalar em caixas abertas

A situação das Unidades Básicas de Saúde de Girau do Ponciano é tão grave que as agulhas das seringas usadas são jogadas em caixas abertas, o que poderá contaminar o ambiente ou até mesmo provocar um acidente com os profissionais que manipulam esse tipo de material, considerado lixo hospitalar após o uso.

A equipe do Portal Já é Notícia teve acesso a fotos que mostram o descarte de agulhas com seringas jogadas em caixas simples e abertas, depois de serem utilizadas pela equipe do Posto de Saúde.

Para seguir as normas de segurança, o correto seria descartar esse material em caixas apropriadas como é o caso das descarpack, que serve como depósito seguro para esse tipo de lixo hospitalar, (veja foto ilustrativa).

A caixa com as agulhas ainda fica próximo aos medicamentos existentes nas prateleiras da farmácia de uma Unidade de Saúde.

A reportagem tentou entrar em contato com a secretária municipal de Saúde, Aruska Magalhães, mas não conseguiu. O número do celular que foi obtido pela equipe chamou diversas vezes, porém ninguém atendeu.

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A equipe fez mais uma tentativa de ligação para o celular da secretária de Saúde, na tarde desta terça-feira (8), e a ligação foi direcionada para a caixa postal.

Uma mensagem foi deixada na caixa postal para que a secretária entre em contato com a reportagem para falar sobre o assunto.