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Feira da Reforma Agrária em Arapiraca celebra a produção de assentamentos e acampamentos
A partir do dia 16 até 18/10, trabalhadores rurais assentados e acampados de diversas regiões do Estado de Alagoas ocupam o Parque Ceci Cunha (em frente ao Ginásio de Esportes João Paulo II) para apresentar a produção agrícola e artesanal fruto da luta pela Reforma Agrária. A 1ª Feira da Reforma Agrária de Arapiraca é uma realização do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Serão dezenas de feirantes vindos de toda região Agreste e das demais regiões de Alagoas (do Litoral ao Sertão), que convidam toda população arapiraquense a conhecer os produtos livres de agrotóxicos e cultivados com uma base orgânica. A comercialização segue uma tabela de preços abaixo do mercado, atrativo para as famílias da cidade que queiram adquirir produtos saudáveis e baratos.
Entre os méritos da Feira, está a venda direta do produtor ao consumidor final, eliminando a figura do atravessador. Este elemento que costuma lucrar tanto sobre a família que produz, como a família que consome em sua mesa a produção agrícola, é eliminado com a venda direta. Aquele que produz pode usufruir de maior lucratividade ao comercializar seus produtos e aquele que consome, paga mais barato para ter mesa farta.
A Feira da Reforma Agrária é um evento já consolidado na capital Maceió, mas que chega, sob forte apelo, pela primeira vez à segunda maior cidade do Estado, Arapiraca. Em Maceió, a Feira, que acontece sempre na primeira quinzena de setembro, atingiu a marca de 14 edições, atraindo milhares de compradores e admiradores para as ruas que abrigam os camponeses e suas barracas.
Para o MST, a Feira materializa a utopia dos trabalhadores rurais, que, organizados, mantém acesas as lutas nas ocupações, marchas e mobilizações e conquistam o futuro sonhado. Segundo uma das organizadoras da Feira em Arapiraca, Luana Pommé, do Setor de Educação do MST, “a Feira é fruto do papel que a reforma agrária e os assentamentos cumprem na sociedade com a produção de alimentos saudáveis, base para a vida, tanto no campo quanto na cidade. Esta é uma prestação de contas sobre o que a reforma agrária produz”.
A 1ªFeira da Reforma Agrária de Arapiraca celebra a produção de alimentos saudáveis e terá abertura justamente no dia 16/10 – Dia Mundial da Alimentação, reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) desde 1981. Recentemente, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) reconheceu o papel crucial que cumpre a Via Campesina (organização à qual pertence o MST) como maior produtor de alimentos em escala mundial.
Saúde para toda população
A Feira representa também a contraposição ao modelo atual de agricultura, que privilegia as grandes extensões de terra e o monocultivo para exportação, tudo isso aliado ao envenenamento de lavouras em todo país. Neste atual modelo de produção no campo, uma das consequências gritantes é o alto nível de consumo de agroquímicos (estima-se que cada brasileiro consome em média 5 litros de veneno por ano).
Na contra-mola desta realidade, o cultivo em acampamentos e assentamentos sugere uma transição agroecológica, em que o trabalho agrícola é aliado à preservação ambiental e ao desenvolvimento social das famílias. Uma série de técnicas vêm sendo empregada nas lavouras (como o uso de biofertilizantes e biodefensivos), privilegiando o conhecimento tradicional ora abandonados pela força do modelo capitalista no campo.
Outra relevância nesta forma de cultivo, que resgata o conhecimento camponês em detrimento da tecnologia externa à realidade local, está na diversidade de cultivos. Esta é a característica que salta aos olhos na Feira. Pra onde se olha, a variedade é o que se vê: macaxeira, hortaliças, banana, laranja, abóbora, farinha, galinha de capoeira, patos, artesanatos... um sem fim de produtos que trazem saúde a toda população.
Programação variada
Quem visita a primeira edição da Feira da Reforma Agrária em Arapiraca tem acesso não somente a produtos de qualidade vindos direto da roça, mas pode participar de uma variada programação. As barracas já começam a comercialização desde cedo no dia 16/10 e a Cerimônia de Abertura do evento acontece às 17h. Todas as tardes, rodas de conversa sobre temas ligados à Reforma Agrária serão abertas ao público. E nas noites, a animação popular sobe ao palco do Festival de Cultura Popular, sempre a partir das 17h.
“Ao trazermos alimentos produzidos nos assentamentos da região de Arapiraca e de outras regiões do estado, oferecemos para as pessoas da cidade produção saudável sem o uso de agrotóxicos, além de trazermos a cultura do campo nos artesanatos, nas apresentações culturais, sendo este um importante momento de diálogo com a sociedade, contando inclusive com rodas de conversa sobre a luta pela terra, saúde e educação do campo”, salienta Luana.
Serão dezenas de feirantes vindos de toda região Agreste e das demais regiões de Alagoas (do Litoral ao Sertão), que convidam toda população arapiraquense a conhecer os produtos livres de agrotóxicos e cultivados com uma base orgânica. A comercialização segue uma tabela de preços abaixo do mercado, atrativo para as famílias da cidade que queiram adquirir produtos saudáveis e baratos.
Entre os méritos da Feira, está a venda direta do produtor ao consumidor final, eliminando a figura do atravessador. Este elemento que costuma lucrar tanto sobre a família que produz, como a família que consome em sua mesa a produção agrícola, é eliminado com a venda direta. Aquele que produz pode usufruir de maior lucratividade ao comercializar seus produtos e aquele que consome, paga mais barato para ter mesa farta.
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Para o MST, a Feira materializa a utopia dos trabalhadores rurais, que, organizados, mantém acesas as lutas nas ocupações, marchas e mobilizações e conquistam o futuro sonhado. Segundo uma das organizadoras da Feira em Arapiraca, Luana Pommé, do Setor de Educação do MST, “a Feira é fruto do papel que a reforma agrária e os assentamentos cumprem na sociedade com a produção de alimentos saudáveis, base para a vida, tanto no campo quanto na cidade. Esta é uma prestação de contas sobre o que a reforma agrária produz”.
A 1ªFeira da Reforma Agrária de Arapiraca celebra a produção de alimentos saudáveis e terá abertura justamente no dia 16/10 – Dia Mundial da Alimentação, reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) desde 1981. Recentemente, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) reconheceu o papel crucial que cumpre a Via Campesina (organização à qual pertence o MST) como maior produtor de alimentos em escala mundial.
Saúde para toda população
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Na contra-mola desta realidade, o cultivo em acampamentos e assentamentos sugere uma transição agroecológica, em que o trabalho agrícola é aliado à preservação ambiental e ao desenvolvimento social das famílias. Uma série de técnicas vêm sendo empregada nas lavouras (como o uso de biofertilizantes e biodefensivos), privilegiando o conhecimento tradicional ora abandonados pela força do modelo capitalista no campo.
Outra relevância nesta forma de cultivo, que resgata o conhecimento camponês em detrimento da tecnologia externa à realidade local, está na diversidade de cultivos. Esta é a característica que salta aos olhos na Feira. Pra onde se olha, a variedade é o que se vê: macaxeira, hortaliças, banana, laranja, abóbora, farinha, galinha de capoeira, patos, artesanatos... um sem fim de produtos que trazem saúde a toda população.
Programação variada
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“Ao trazermos alimentos produzidos nos assentamentos da região de Arapiraca e de outras regiões do estado, oferecemos para as pessoas da cidade produção saudável sem o uso de agrotóxicos, além de trazermos a cultura do campo nos artesanatos, nas apresentações culturais, sendo este um importante momento de diálogo com a sociedade, contando inclusive com rodas de conversa sobre a luta pela terra, saúde e educação do campo”, salienta Luana.
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