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Mais um projeto de alunas do Ifal Palmeira será exibido no programa Caldeirão do Huck

Por Assessoria 16/12/2013 22h10
Abel Coelho, Sheyla Coelho, Luciana de Almeida e Luana de Oliveira durante a Febrace 2013.
Mais um projeto criado nas salas de aula do Instituto Federal de Alagoas irá participar do quadro Jovens Inventores do programa Caldeirão do Huck, da Rede Globo. A exibição será neste sábado, 21.

Desenvolvido pelas alunas Luciana de Almeida e Luana de Oliveira, do 4º ano de Edificações do Câmpus Palmeira dos Índios, sob orientação da professora Sheyla Coelho (Câmpus Marechal Deodoro) e coorientação do professor Abel Coelho (Câmpus Maceió), o trabalho que será apresentado é “Alimentos orgânicos e de baixo custo: a utilização do mussambê como planta atrativa no controle biológico da praga-da-couve”.

O trabalho foi finalista e premiado na Febrace 2013 (Feira Brasileira de Ciências e Engenharia), realizada anualmente pela Universidade de São Paulo para estimular os jovens a se envolverem em projetos científicos.

Sobre o projeto

A preocupação com a saúde passa pela origem dos alimentos e isso vem despertando a atenção da população em geral, sobretudo quando se trata de produtos de origem vegetal que, geralmente, são marcados pelo uso abusivo de agrotóxicos. “No cultivo da couve, que é o objeto de estudo do trabalho das alunas, são utilizados inseticidas sintéticos que podem trazer riscos à saúde”, diz a orientadora do projeto, professora Sheyla Coelho.

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A lagarta Ascia monuste orseis, (conhecida popularmente como branquinha, curuquerê-da-couve ou praga-da-couve) é a principal praga dessa hortaliça. Ela se transforma em uma borboleta muito comum em todo o Brasil, podendo ser observada até mesmo nas ruas das grandes cidades.

Na literatura consultada para realização da pesquisa, segundo a professora, foi encontrado registro da associação entre praga-da-couve e plantas da espécie Cleome spinosa, nome científico da mussambê, muito abundante na região de caatinga em todo o Brasil.

Sheyla Coelho explica que, durante pesquisas de campo, foi identificado que a lagarta Ascia monuste também se alimentava do mussambê. “Levamos as lagartas para o laboratório e constatamos através de experimentos que elas preferem se alimentar de mussambê no lugar da couve. Então plantamos uma horta de couve no Câmpus Palmeira dos Índios e, ao redor, cultivamos o mussambê. Foi quando verificamos que o adulto da lagarta (a borboleta) também prefere colocar seus ovos na Cleome spinosa”, aponta.

Os resultados mostraram a viabilidade do uso do mussambê como planta atrativa tanto para adultos como para lagartas da praga-da-couve, auxiliando na produção de uma agricultura orgânica. “O mussambê é uma planta comumente encontrada em Palmeira dos Índios. O modo de cultivo estudado foi proposto aos agricultores da região para que eles possam produzir alimentos livres de agrotóxicos sem sofrerem perda na produção”, conclui a professora.