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'Bandidagem tomou conta da cidade': Moradores fecham BR e pedem policiamente em Maribondo

Por Alagoas Web 30/12/2013 23h11
Foto: Marcio Araújo
O Alto índice de criminalidade no município de Maribondo, distante de Maceió, 86 quilômetros, tem deixado a população em pânico. A morte do ex-vereador pelo município, Otoniel Lopes, conhecido como Edinho, e o taxista Valdemir Alcântara, registrada neste domingo, só fez aumentar a revolta da população.

Na tarde desta segunda-feira, 30, mais de 40 taxistas, moradores e familiares das vítimas bloquearam a BR-316, na entrada da cidade para chamar a atenção das autoridades. A ideia é manter a rodovia obstruída até que algum representante da Segurança Pública apareça para negociar uma audiência ou discutir soluções imediatas.

Em entrevista ao Alagoas24Horas, o taxista José Cícero, falou sobre o abandono em que se encontra o município e pediu solução. “Aqui ninguém pode ter uma moto que o bandido vem e rouba. Ninguém pode receber um dinheiro, que é roubado. A cidade tem mais de 10 mil habitantes e só tem três ou quatro policiais fazendo a segurança. Estamos entregues à bandidagem”, desabafa o motorista de táxi.

O protesto gerou um congestionamento de mais de dez quilômetros. Os manifestantes garantem que não têm hora para deixar o local. “Disseram que o Gerenciamento de Crises estava vindo para cá. Enquanto não aparecem, manteremos o bloqueio, como definiu a maioria”, acrescentou José Cícero.

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Um dos pleitos dos manifestantes é implantação de câmeras de monitoramento na BR-316, na entrada da cidade. Os taxistas acreditam que essa é uma forma de registrar a movimentação no principal acesso à cidade. “Talvez se tivéssemos câmeras aqui, poderíamos saber quem matou os nossos companheiros”, disse um grupo no local.

Por enquanto, o duplo homicídio continua sendo um mistério para familiares, amigos e conhecidos. Segundo relatos, Valdemir estaria levando o ex-vereador Edinho numa corrida até Maceió. No trecho de Atalaia, teriam sido vítimas do crime. “O mais intrigante é que não levaram as carteiras das vítimas, nem tocaram no carro, que era novo e estava com equipamentos caros, a exemplo do jogo de rodas”, lembrou José Cícero.