/75894840/JA_E_NOTICIA_AMP_TOPO |

A evolução das telas em celulares [infográfico]

Por PhoneArena, Phandroid, Hong Kiat, BuzzFeed, Zagg 19/01/2014 10h10
Foto: Getty Images
Olhe para o seu celular agora mesmo. São bem grandes as chances de o design dele ser ocupado, em sua maior parte, pela tela sensível ao toque. Atualmente, os smartphones são criados com esse tipo de tecnologia, permitindo que os consumidores tenham acesso a muitas possibilidades em seus aparelhos — já que a tela pode ser o teclado, os controles para games e ainda exibir diversos conteúdos.

Mas isso nem sempre foi assim. No passado, os telefones móveis já foram exatamente o que o nome diz: telefones móveis. E, nesse tempo, as telas eram limitadas à demonstração de informações básicas, como os números que estavam sendo chamados ou mesmo o tempo que durava cada ligação. Você já parou para pensar nessa evolução pela qual passou a tecnologia das telas de portáteis?

Pois nós trouxemos um pouco mais sobre a história dessa evolução. Está curioso para saber como as telas se transformaram ao longo dos últimos 30 anos? Então confira agora mesmo o artigo que preparamos. É válido lembrar que a nossa história começa no final da década de 1980, quando os primeiros celulares com telas chegaram ao mercado internacional.

São apenas telefones

pp_amp_intext | /75894840/JA_E_NOTICIA_AMP_02
Depois de anos em que os celulares pareciam gigantescos telefones sem fio, eles finalmente ganharam o que podemos chamar de uma “tela primitiva”. Foi no final da década de 1980, quando aparelhos como o Samsung SH100 e o Motorola MicroTAC chegaram ao mercado que vimos uma pequena diferenciação nos dois segmentos. Isso porque os celulares mostravam os números que estavam sendo discados.

O mesmo acontecia no início da década seguinte, quando as telas de aparelhos como o Motorola International 3200 ofereciam apenas informações básicas para os consumidores. Isso incluía números que estavam sendo discados e, em alguns casos, pequenas luzes indicando o estado dos dispositivos. Tudo isso acontecia apenas com indicadores de LED, sem muitas informações complexas.


(Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons)

Em 1994, as fabricantes começaram a utilizar matrizes de LCD para a composição dos painéis. Assim surgiram as telas com informações gráficas — ainda em sistema inicial, mas já sem a limitação alfanumérica. Os indicadores de mensagens, status de bateria e outras informações começaram a se popularizar.

Dois anos depois surgiam as primeiras telas com suporte a imagens monocromáticas. É claro que isso não significa a demonstração de fotos ou nada parecido, mas sim de pequenos mapas e outras composições com pixels independentes. Já em 1998, a Nokia lançou o 5110, que exibia um dos pontos altos dessa etapa da tecnologia de displays: uma tela com suporte para cinco linhas de informações e o famoso jogo “Snake”.

Anos 2000: a década colorida

pp_amp_intext | /75894840/JA_E_NOTICIA_AMP_03
De 1998 até o início dos anos 2000, houve pouca alteração no cenário de displays utilizados pelas fabricantes de celulares. Foi em 2002 que a Nokia voltou a inovar e colocou o 3510i no mercado, sendo ele o primeiro aparelho com tela colorida a ser lançado comercialmente. Ele é um dos únicos telefones móveis da história a contar com a tecnologia CSTN — um tipo de LCD presente nos primeiros celulares de baixo custo com funções coloridas (ícones, papéis de parede), além de possuir matriz passiva e garantir menor consumo de energia.



(Fonte da imagem: Reprodução/MobileArena)

Naquele mesmo ano, a Nokia trouxe o aparelho 7650, também com tela colorida, mas com tecnologia TFT — que utiliza matriz ativa no LCD, permitindo mais velocidade e qualidade nas imagens mostradas pelos aparelhos. Com matriz ativa, painéis TFT possuem transistores independentes para cada pixel exibido. É a tecnologia mais popular de telas, sendo utilizada até hoje em displays LCD.

É preciso destacar também a Motorola, que teve um dos principais celulares nessa geração de telas. Estamos falando do Razr V3, lançado em 2004. O aparelho é um grande marco, pois mostrou para todo o mercado que seria necessário investir em qualidade de telas e painéis TFT mais eficientes se as fabricantes quisessem realmente integrar as câmeras digitais aos aparelhos portáteis.

Do primeiro iPhone à atualidade

pp_amp_intext | /75894840/JA_E_NOTICIA_AMP_04
Telas sensíveis ao toque e celulares inteligentes não foram inventados pela Apple — a verdade é que ambos já estavam sendo utilizadas há muito tempo, mas ainda sem grande sucesso comercial. Mas foi com o iPhone que nós conhecemos o que realmente iria revolucionar todo o mercado dos smartphones: telas capacitivas e aparelhos fulltouch.


(Fonte da imagem: Divulgação/Apple)

O primeiro iPhone anunciado em 2007 não tinha uma pequena tela para mostrar o que era controlado nos outros botões. Ele trazia uma tela que mostrava todas as funções e também servia como um controlador para o aparelho — o que hoje é algo natural, mas já foi considerado loucura pelos executivos de algumas das maiores empresas de tecnologia do mundo.

Outras fabricantes seguiram esses passos e lançaram diversos aparelhos no mercado internacional. Foi nesse mesmo ano que a Google anunciou que o Android seria gratuito, o que contribuiu para o aquecimento do segmento. O primeiro aparelho com o sistema operacional foi o HTC Dream G1, que só chegou em 2008. Ele também contava com tela capacitiva, mas ainda oferecia um teclado QWERTY físico integrado.

AMOLED x IPS: começa a guerra entre Samsung e Apple

Na metade do ano de 2009, a Samsung colocou o SCH-W850 no mercado. Ele foi o primeiro aparelho da empresa sul-coreana a oferecer telas AMOLED para os consumidores. Esses painéis AMOLED combinam matrizes ativas do TFT com elementos orgânicos. Isso resulta em muito mais qualidade nas cores e também nos contrastes, uma vez que podem desativar pixels isolados.

pp_amp_intext | /75894840/JA_E_NOTICIA_AMP_05
Um ano depois, a Samsung evolui a tecnologia e apresenta o Super-AMOLED, com cores muito mais vivas e contraste ainda mais eficiente do que a geração anterior. Com uma diferença na fabricação — os eletrodos responsáveis pela interpretação dos comandos são depositados diretamente na tela, não em painéis secundários —, o Super AMOLED garantia mais visibilidade para ambientes externos, pois amplia as possibilidades de contraste.



(Fonte da imagem: Divulgação/Samsung)

Também em 2010, a Apple voltou a inovar no mercado de displays, apresentando a tecnologia IPS — também chamado de Super-TFT. Garantindo maior ângulo de visão e cores mais vivas para as imagens, a tecnologia IPS chegou ao mercado junto com as telas Retina da Apple. Foi assim que teve início a era das super-resoluções, ultrapassando as possibilidades oferecidas por televisores de alta definição.

Hoje, muitas fabricantes investem em aparelhos com telas Full HD. A densidade de pixels aumenta a cada ano, garantindo que os celulares tenham alta definição e grandes possibilidades para todos os consumidores. Mas será que as fabricantes vão parar por aí ou ainda há muito o que ser produzido para os smartphones?

Como será o futuro?

pp_amp_intext | /75894840/JA_E_NOTICIA_AMP_06
O LG G Flex acabou de ser anunciado com tela curvilínea. Em matéria de funcionalidades, ainda não há grandes modificações em relação aos outros aparelhos do mercado, mas esse é um passo importante. Será que as telas flexíveis estão muito longe da realidade? Já faz anos que elas estão sendo pesquisadas e não seria difícil adaptá-las ao mercado de smartphones.


(Fonte da imagem: Divulgação/LG)

Pensando em um futuro mais próximo, ainda em 2014 devem surgir diversos smartphones com telas 2K (com resoluções de 2560x1440 pixels). Para quem acha que isso é pouco, pensar em 4K não é sonhar alto demais — mas para isso ainda será preciso esperar mais dois ou três anos. A verdade é que a tecnologia não para de avançar e as telas evoluem nesse mesmo ritmo.

Por essa razão, quando pensamos em displays, não podemos esquecer que os cientistas e engenheiros estão sempre trabalhando pesado para desenvolver novidades ainda mais incríveis do que as que temos atualmente. Holografia será possível algum dia? E telas táteis? Só nos resta esperar pelas novidades.


Gostou de saber um pouco mais sobre a tecnologia empregada nas telas de smartphones? Como você viu, elas mudaram muito nos últimos 30 anos e ainda há muito o que mudar. Será que algum dia chegaremos ao limite da tecnologia?