/75894840/JA_E_NOTICIA_AMP_TOPO |

Reeducandos comem as próprias fezes em presídio de Alagoas

Por Urgência 190 05/02/2014 12h12
Foto: Divulgação
Mães, mulheres e filhas de reeducandos que cumprem pena no Presidio do Agreste, localizado na Zona Rural de Girau do Ponciano, interior de Alagoas voltaram a denunciar as precárias condições que os parentes enfrentam no presidio.

Na manhã desta terça-feira, (4), um grupo fez uma manifestação em frente à sede do Tribunal de Justiça, no Cento de Maceió e em seguida interditaram o trânsito em uma das ruas próximas.

Conforme as denúncias os presos, além de serem humilhados e agredidos diariamente e não terem o direito a água potável, são obrigados a se alimentarem de fezes e beberem água do banho.

As mulheres também denunciaram que são obrigadas, antes de terem acesso ao presidio, tirarem as roupas para os agentes homens e quando são as filhas dos presos, os constrangimentos são maiores antes e após deixarem o local.

“Nossas filhas são apalpadas nas partes intimas antes de entrarem e depois que saem. Algumas ficam quase meia hora em uma sala, às vezes obrigadas a sentarem nas pernas dos homens que aproveitam para se masturbarem”, revelou uma das mulheres.

As denúncias contra os serviços oferecidos aos reeducandos no Presídio do Agreste são desde que a unidade foi inaugurada no ano passado. No inicio deste ano as mesmas denúncias foram feitas a Comissão dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) que informou que faria uma inspeção no local, que ainda não foi realizada.

pp_amp_intext | /75894840/JA_E_NOTICIA_AMP_02
Na manhã deste terça as mulheres tentaram falar com o corregedor do TJ, Antônio Dória ou com algum representante do Governo do Estado. Elas não aceitaram conversar com o superintendente Geral de Administração Penitenciária, coronel Carlos Luna acusado de ter conhecimento de toda a situação e não resolve-las.