/75894840/JA_E_NOTICIA_AMP_TOPO |

Médica aplica calote em outra durante sociedade e acaba indiciada pela PC

Por Assessoria 21/03/2014 05h05
Delegada Ana Luiza Nogueira - Foto: Assessoria
A médica Yaskara Maria Cantarelli Cunha, especialista em Medicina do Trabalho, foi indiciada por crime de estelionato e apropriação indébita, em inquérito instaurado e presidido pela delegada Ana Luíza Nogueira, então diretora da Deic (Divisão Especial de Investigação e Capturas) e atualmente comandando a Diretoria de Polícia Judiciária da Área 1 (DPJA-1).

De acordo com as investigações, a vítima foi a empresária Elizabeth Bernardes dos Santos, 49 anos, proprietária da clínica de exames ocupacionais Audiomedclin, que era situada na Rua Quintino Bocaiúva, 20, no bairro Ponta da Terra.

A empresária conta que, no início do ano passado, foi procurada pela médica Yaskara Maria que lhe propôs uma sociedade e como pretendia expandir os negócios, aceitou.

Segundo ela, o capital da empresa era de R$ 60 mil, por isso a médica deveria lhe repassar R$ 30 mil, ou seja, 50% do total. Foi feito um pagamento de R$ 13 mil, ficando acertado que o restante seria pago por meio de investimentos na empresa.

Meses depois, a clínica mudou de endereço passando a funcionar em um prédio alugado na Praça Raul Ramos, 13, na Vila dos Bancários, bairro do Poço, inclusive tendo a vítima transferido para lá os seus equipamentos. Estranhamente, a empresa também mudou de nome passando a se chamar “Tonus”.

pp_amp_intext | /75894840/JA_E_NOTICIA_AMP_02
A partir daí, Elizabeth conta que passou a ser tratada como uma empregada, recebendo apenas R$ 1.500, por mês, apesar dos negócios da clínica estarem em franca evolução.

Inconformada, ela fez um levantamento e constatou que, somente entre maio e agosto do ano passado, o faturamento da empresa chegara a R$ 160 mil.
A gota d´água foi uma discussão que a empresária teve com o esposo da médica, Paulo Jorge Cunha, que teria dito que ela não era dona de nada e ainda a proibiu de entrar na clínica.

Elizabeth procurou a polícia e, embora a acusada negue os fatos, justificando que na verdade a empresária passara a ser apenas sua funcionária, a delegada Ana Luíza Nogueira, ao concluir o inquérito, considerou que houve estelionato e apropriação indébita, remetendo os autos à Justiça.