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Produção de laranja lima orgânica muda cenário em Alagoas
A laranja lima do Vale do Mundaú, uma cultura de mais de 50 anos da região, era reconhecida pela sua qualidade, mas enfrentava sérios problemas de venda e escoamento da produção por todo este tempo.
O impulso foi dado a partir de 2008, com a criação do Arranjo Produtivo Local (APL) Fruticultura no Vale do Mundaú, quando a produção da fruta começou a ganhar mercado e dar lucros para a agricultura familiar da região.
Nas terras do vale, os agricultores familiares que formam o APL comercializaram em 2013, mais de 5,7 mil toneladas da fruta – o equivalente a R$ 5,2 milhões no volume de vendas ao mercado, que inclui produtores de São Paulo, supermercados de Alagoas, feiras livres e venda direta ao governo.
De acordo com os gestores do APL, Alagoas é, proporcionalmente, o maior produtor de laranja lima do país.
Na comunidade de Amora, em Santana do Mundaú, o presidente da Associação Agroecológica do Vale do Mundaú, Inácio Francino, 45 anos, que lidera a produção de 25 famílias associadas, lamenta o cenário de como era antes da chegada do APL, do apoio do governo e parceiros como o Sebrae.
“Eu já nasci numa propriedade de laranja lima e tudo era muito difícil. Tínhamos dificuldade no manejo e estávamos num patamar muito inferior ao de hoje. As grandes melhorias chegaram com APL, resolvendo questões como o escoamento, preço e gestão. Nossa associação ganhou até um caminhão para o transporte de nosso produto”, assinala Inácio.
Reviravolta
Os resultados começaram a aparecer a partir de 2012, com a reestruturação do APL Fruticultura, que hoje envolve cinco municípios da região (Branquinha, União dos Palmares, São José da Laje, Ibateguara e Santana do Mundaú). No caso da comunidade de Amora, os negócios ganharam grande impulso.
“Hoje temos uma unidade demonstrativa e o melhor: conquistamos a certificação de produto orgânico do Ministério da Agricultura, o que agregou mais valor, 30% em média, ao nosso produto, a laranja lima in natura, mais saudável e sem o uso de produtos químicos”, completa Inácio.
Recentemente, os produtores embarcaram sete toneladas de laranja lima orgânica para a Seagesp – a Ceasa de São Paulo, que compra em média 12 a 16 toneladas mensais aos produtores alagoanos.
Só pelo programa PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) e o Mesa Brasil, do governo federal, os produtores repassam de 130 a 150 toneladas mensais. A renda média mensal de cada família da comunidade passou a ser de R$ 1,5 mil por mês.
De acordo com a gestora do APL Fruticultura do Vale do Mundaú, Valdelene Tenório, só depois de 2008, quando foi identificado o arranjo, é que a cultura da laranja lima orgânica deixou de ser extrativista, sem orientação e sem manejo.
“A região foi se organizando e a partir de 2012, com orientação técnica, difusão do comércio e a chegada de veículos para escoar a produção, que o cenário mudou. A região conta hoje com 13 unidades demonstrativas e a chegada de seis caminhões para os produtores da região, uma parceria do governo de Alagoas com o governo federal”, diz a gestora
O impulso foi dado a partir de 2008, com a criação do Arranjo Produtivo Local (APL) Fruticultura no Vale do Mundaú, quando a produção da fruta começou a ganhar mercado e dar lucros para a agricultura familiar da região.
Nas terras do vale, os agricultores familiares que formam o APL comercializaram em 2013, mais de 5,7 mil toneladas da fruta – o equivalente a R$ 5,2 milhões no volume de vendas ao mercado, que inclui produtores de São Paulo, supermercados de Alagoas, feiras livres e venda direta ao governo.
De acordo com os gestores do APL, Alagoas é, proporcionalmente, o maior produtor de laranja lima do país.
Na comunidade de Amora, em Santana do Mundaú, o presidente da Associação Agroecológica do Vale do Mundaú, Inácio Francino, 45 anos, que lidera a produção de 25 famílias associadas, lamenta o cenário de como era antes da chegada do APL, do apoio do governo e parceiros como o Sebrae.
“Eu já nasci numa propriedade de laranja lima e tudo era muito difícil. Tínhamos dificuldade no manejo e estávamos num patamar muito inferior ao de hoje. As grandes melhorias chegaram com APL, resolvendo questões como o escoamento, preço e gestão. Nossa associação ganhou até um caminhão para o transporte de nosso produto”, assinala Inácio.
Reviravolta
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“Hoje temos uma unidade demonstrativa e o melhor: conquistamos a certificação de produto orgânico do Ministério da Agricultura, o que agregou mais valor, 30% em média, ao nosso produto, a laranja lima in natura, mais saudável e sem o uso de produtos químicos”, completa Inácio.
Recentemente, os produtores embarcaram sete toneladas de laranja lima orgânica para a Seagesp – a Ceasa de São Paulo, que compra em média 12 a 16 toneladas mensais aos produtores alagoanos.
Só pelo programa PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) e o Mesa Brasil, do governo federal, os produtores repassam de 130 a 150 toneladas mensais. A renda média mensal de cada família da comunidade passou a ser de R$ 1,5 mil por mês.
De acordo com a gestora do APL Fruticultura do Vale do Mundaú, Valdelene Tenório, só depois de 2008, quando foi identificado o arranjo, é que a cultura da laranja lima orgânica deixou de ser extrativista, sem orientação e sem manejo.
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