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Ufal terá representante em congresso científico em Portugal

Por Redação com Assessoria 08/07/2014 08h08
A estudante do primeiro período de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Alagoas, Luciana Mayara Mendonça de Almeida, a diretora do ICBS, Iracilda Maria de Moura Lima, e seu atual orientador, professor Marcos Vital, foram recebidos, semana passada, pelo o reitor Eurico Lôbo. Luciana solicitou apoio da Ufal para participar do Encontro Juvenil de Ciências, que será realizado em Aveiro, Portugal, de 20 a 27 de julho deste ano.

Luciana Mayara foi premiada, em 2013, quando era estudante do Instituto Federal de Alagoas (Ifal), Campus Palmeira dos Índios, no programa Caldeirão do Huck, da TV Globo, no quadro Jovens Inventores, com a pesquisa "A utilização do mussambê como planta atrativa no controle biológico da praga da couve”, que foi desenvolvido junto com o programa de pesquisa daquela instituição, à época, coordenado pela professora Sheyla Coelho. Em abril deste ano, ela recebeu o prêmio “Expressão Alagoana”, concedido aos alagoanos que ultrapassam as barreiras geográficas com projetos inovadores.

Depois que foi aprovada para o curso de Ciências Biológicas, na Ufal, no início deste ano, Luciana continuou os estudos em entomologia e está dando continuidade ao projeto da utilização do mussambê, agora com a orientação do professor Marcos Vital. "Pretendemos transformar os resultados obtidos com essa pesquisa em um projeto de extensão para que os pequenos produtores de Alagoas tenham acesso a esse processo de controle biológico de pragas, que se mostrou bastante eficaz", planejou a estudante.

Convite para Portugal

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Recentemente, Luciana Mayara recebeu o convite da Rede do Programa de Olimpíadas do Conhecimento (Rede POC), para representar o Brasil no 32nd International Youth Science Meeting, que será realizado na Universidade de Aveiro, cidade de Aveiro, em Portugal, no período de 20 a 27 de julho de 2014. O projeto que ela vai apresentar é a investigação Alimentos Orgânicos e de Baixo Custo. A utilização do Mussambê como planta atrativa no controle Biológico da Praga do Couve.

A Rede POC promove intercâmbio educacional científico e seleciona estudantes de vários países para atividades internacionais. "Foi uma emoção muito grande. Não imaginava, no início da minha carreira acadêmica, assumir a missão de representar meu país numa feira científica internacional. Sempre fui estudante de escola pública e precisei superar muitas dificuldades, por isso, acredito que é uma honra e também um estímulo para a autoestima dos alagoanos, para que outros alunos de escola pública acreditem que podem ser capazes de avançar na vida profissional e acadêmica", ressaltou Mayara

A estudante explica que precisou lidar com dificuldades financeiras, problemas de transporte escolar, que tantos alunos da escola pública enfrentam no interior de Alagoas. Por isso, ela quer que essa conquista possa ser tomada como exemplo por outros jovens que enfrentam as mesmas barreiras. "Apesar das dificuldades, Alagoas tem muitos talentos que precisam ser estimulados. Eles precisam de apoio para acreditar que é possível vencer e conquistar sonhos", disse a estudante, que se prepara para a primeira viagem internacional.

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Luciana Mayara faz questão de agradecer o apoio e o exemplo recebido pela mãe dela, Maria Aparecida Mendonça de Almeida. "Minha mãe é merendeira de uma escola estadual e sempre se esforçou para garantir os estudos dos filhos. Agora, ela mesma está estudando Letras no Ifal de Palmeira dos Índios, aos 50 anos, e também está pesquisando", contou a filha orgulhosa.

Apoio

Na reunião realizada com o reitor, Luciana Mayara conseguiu o apoio para as passagens e hospedagem. A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal) concedeu as passagens internacionais e a Universidade Federal de Alagoas (Ufal) garantiu as diárias para alimentação. "Ainda estou buscando apoio para a inscrição no evento, que já inclui a hospedagem e é de quase dois mil reais", explicou a estudante.

O reitor Eurico Lôbo ficou bastante impressionado com a determinação da estudante e garantiu todo o apoio da instituição. "Quando nos deparamos com estudantes, como Luciana Mayara, que vieram de famílias de baixa renda, estudaram em escolas públicas no interior e superaram muitas dificuldades para apresentar um projeto de qualidade científica como esse, temos que incentivar. Essa é uma missão da universidade pública", disse o reitor.