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Por que críticos e público discordam em relação ao 'Transformers'?
“Transformers: A Era da Extinção” estreou finalmente no Brasil. E você, que não tem nenhum interesse particular em cinema, mas sempre vai e se diverte – e caiu nesse texto meio que por acaso -, se divertiu bastante quando viu. Mas aí, seu amigo que gosta bastante de cinema começou a gritar descontroladamente, de forma a deixar as pessoas à sua volta um tanto desconfortáveis, quando descobriu. Você então, curioso com aquilo, foi atrás de alguns textos na internet – chegou neste aqui por isso, quem sabe – e viu que há uma certa unanimidade em relação ao ódio voltado para o diretor Michael Bay e seu filme cheio de robôs gigantes.
Você não é burro. Conseguiu inclusive notar que alguns textos (mais notadamente os gringos) parecem elogiar o filme, mas sempre com aquele ar de sarcasmo, como se estivesse sempre dando uma piscadinha de olho – mas não para você, para esse seu amigo cinéfilo, na verdade -, sem chegar a se comprometer com o argumento. O tom geral, porém, é de completa desaprovação.
Mas você gostou tanto de “Transformers”. Se divertiu de verdade.
Claro que se divertiu. O filme foi feito para isso. “Transformers: A Era da Extinção” é desenhado para criar uma série de sensações no espectador. Não é a toa que ele se parece, esteticamente, com uma propaganda de cerveja. Apesar da ação durar vários dias e atravessar o Globo, sempre parece seis da tarde – a hora mágica, em que tudo é azul, dourado e lindo. Tudo como desculpa para várias sequências de ação que levam o filme da forma mais explosiva e catártica possíveis, através de quase três horas.
O filme não lida com o público do ponto de vista racional. Ele não quer provocar pensamento – ainda que ensaie um raso comentário político em relação às questões de imigração. O negócio é te empolgar a tal ponto que, quando ele ameaça levemente ficar cansativo, lá pelo terceiro terço, aparecem dinossauros robôs soltando fogo pelas ventas. E Optimus Prime vai cavalgar o maior deles, brandindo uma espada. Isso é Michael Bay conversando com a criança de 12 anos dentro de você, não com o adulto que leu Teoria do Cinema.
O problema de seu amigo cinéfilo e dos demais críticos – eu aí incluído – é que eles passam “Transformers: A Era da Extinção” pela peneira errada. E não é nem que eles estejam errados em fazer isso. Há uma certa razão em dizer que a trama, atores e qualquer outro critério artístico do filme é a mais equivocada possível e que, ao mesmo tempo, tudo é exagerado, incluindo a trilha e falas que são tão onipresentes quanto desnecessárias. São os critérios de avaliação que eles aplicam a praticamente qualquer filme. Mas a verdade é que ninguém na produção estava preocupado com esse tipo de coisa.
“Transformers: A Era da Extinção” não foi feito para isso. A ideia aqui é vender ingressos e bonecos. Por isso que o único personagem que volta da franquia é Optimus – e em uma nova pintura [Bumblebee também volta, obrigado pela lembrança Tiago, nos comentários]. Por isso que a segunda metade se passa na China – segundo maior mercado cinematográfico do mundo e que têm uma queda por robôs gigantes – (por esse motivo também que dois dos Autobots tem um “ar” oriental). Por isso que o enredo pode ser resumido em uma edição de cinco minutos.
O resultado não é cinema, da forma como conhecemos. É outra coisa. É pós-cinema, talvez. Algo entre a publicidade e a arte – pendendo para o primeiro – feito para essa geração que enxerga literatura densa e profunda em 140 caracteres, que mal tem paciência para um vídeo de três minutos, ou que pula músicas por só ter interesse em um único momento.
Você não é burro. Conseguiu inclusive notar que alguns textos (mais notadamente os gringos) parecem elogiar o filme, mas sempre com aquele ar de sarcasmo, como se estivesse sempre dando uma piscadinha de olho – mas não para você, para esse seu amigo cinéfilo, na verdade -, sem chegar a se comprometer com o argumento. O tom geral, porém, é de completa desaprovação.
Mas você gostou tanto de “Transformers”. Se divertiu de verdade.
Claro que se divertiu. O filme foi feito para isso. “Transformers: A Era da Extinção” é desenhado para criar uma série de sensações no espectador. Não é a toa que ele se parece, esteticamente, com uma propaganda de cerveja. Apesar da ação durar vários dias e atravessar o Globo, sempre parece seis da tarde – a hora mágica, em que tudo é azul, dourado e lindo. Tudo como desculpa para várias sequências de ação que levam o filme da forma mais explosiva e catártica possíveis, através de quase três horas.
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O problema de seu amigo cinéfilo e dos demais críticos – eu aí incluído – é que eles passam “Transformers: A Era da Extinção” pela peneira errada. E não é nem que eles estejam errados em fazer isso. Há uma certa razão em dizer que a trama, atores e qualquer outro critério artístico do filme é a mais equivocada possível e que, ao mesmo tempo, tudo é exagerado, incluindo a trilha e falas que são tão onipresentes quanto desnecessárias. São os critérios de avaliação que eles aplicam a praticamente qualquer filme. Mas a verdade é que ninguém na produção estava preocupado com esse tipo de coisa.
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O resultado não é cinema, da forma como conhecemos. É outra coisa. É pós-cinema, talvez. Algo entre a publicidade e a arte – pendendo para o primeiro – feito para essa geração que enxerga literatura densa e profunda em 140 caracteres, que mal tem paciência para um vídeo de três minutos, ou que pula músicas por só ter interesse em um único momento.
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