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O avião sem dono de Marina, a fazenda de Aécio ou o Mensalão de Dilma?

Por Redação - editorial 28/08/2014 09h09
Foto: Ilustração
A estrutura política brasileira há muito vem oscilando no gosto popular brasileiro. Entre escândalos e falta de políticas públicas coerentes com as necessidades sociais, a população brasileira tem absorvido de divergentes maneiras as formas de governo aplicadas no maior País da América Latina.

As últimas pesquisas para a Presidência da República, Ibope/Data Folha, tem denotado certo equilíbrio entre os principais presidenciáveis. Aécio Neves, Marina Silva e Dilma Rousseff ainda não consolidaram suas propostas de maneira a convencer a massa brasileira sobre o melhor projeto para o Brasil no quadriênio 2016-2019.

Outro fenômeno que não pode ser tangenciado na análise das eleições deste ano são as redes sociais, que se espera contribuir muito nas fortes campanhas dos presidenciáveis. Longe daquele tempo onde o político mandava recolher todos os jornais das bancas de revistas que dispunham sobre escândalos políticos envolvendo quem aglutinava o poder, a atualidade mostra um cenário onde a corrupção ganhou notável contorno, com suas facetas escancaradas no Facebook, WhatsApp, Twitter, entre outros. A pergunta que ainda não tem resposta é: será que o brasileiro está pronto para filtrar tudo que se aglomera nas redes sociais sobre denúncias e casos comprovados de corrupção?

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Recentemente, os presidenciáveis foram “convidados de honra” de William Bonner e Patrícia Poeta no Jornal Nacional na chamada 'entrevista com os presidenciáveis. O que se viu, e o que mais se comentou no País, após as entrevistas, foram as omissões de Aécio, Dilma e Marina sobre recentes denúncias e corrupções envolvendo membros de seus partidos.

Dilma, por exemplo, recusou-se a tecer comentários sobre o julgamento do STF acerca do ‘Mensalão’, que desde a época de Lula ninguém sabe de nada. Sua explicação fora de que ela não teria competência para julgar o Supremo – no caso dela, claro e evidente que constitucionalmente ela não possui legitimidade para tal, porém suas respostas não poderiam ser analisadas pelo prisma da incompetência, mas bela fuga pela tangente da presidenta.

Para Aécio, a construção de um aeroporto dentro de sua fazenda não foi nada demais. Ao contrário, ele reforçou que sua família tem poucas terras em Minas Gerais e que o objetivo delas não é especulativo, mas residencial. Argumentação sem fundamentação coerente com a realidade econômica do caso.

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Marina, por sua vez, embaraçou-se ao ser questionada por Bonner sobre a incoerência entre a ‘Nova Política’ tão mencionada pela candidata em sua campanha e o recente caso do jato sem dono que caiu com Eduardo Campos em Santos. Muitos estão se perguntando sobre o que seria essa tal ‘Nova Política’.

O brasileiro ainda não encontrou, sem sombra de dúvidas, uma figura presidencial com projeto firme e longe da procrastinação da corrupção no País. Falta realismo na apresentação de projetos. Falta um planejamento que de fato se preocupe com as políticas públicas primárias da Nação – Educação, Saúde, Segurança Pública e Infraestrutura. Para que tantos gastos com Turismo, Cultura, Publicidade, se não temos sequer o básico para um País que sonha em ser uma potência econômica?

Nos últimos anos temos ouvido falar muito sobre a ‘teoria da alternância de poder’. Recentemente tivemos uma notável ‘mudança’, na transição do PSDB para o PT. Agora se fala no PSB de Marina. Para os especialistas e cientistas políticos essa argumentação não tem mais sentido na atualidade, haja vista que todos os partidos já estão no poder. O que mais chamou a atenção nos últimos governos no Brasil foi o assistencialismo político, onde PSDB e PT reservaram ministérios e comissões para todo os partidos, colocando no poder diversas figuras partidárias. Belo projeto arquitetado para minimizar a força das pretensas oposições. Exemplo notório de artifício para consolidação da manutenção do poder.

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Sobre os movimentos sociais no País, no ano de 2013, muitos foram conspiratórios e montados entre as convicções de oposição, mídia e gestão pública atual. Longe de achar que tudo é conspiração, o brasileiro deve ficar atento aos fatos e seus enredos forjados. Afinal de contas política hoje no Brasil é mais arte de dramaturgia que preocupação com o desenvolvimento da Nação.