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Ex-diretor da Petrobras entrega políticos em esquema de lavagem de dinheiro

Por Redação com estadão 06/09/2014 16h04
Foto: Folhapress
De acordo com o que apurou a coluna Poder, da Folha de S. Paulo, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa deu o nome de 12 senadores, 49 deputados federais e um governador na parte de sua delação premiada que trata de políticos. Os envolvidos seriam de três partidos, ainda de acordo com a apuração da reportagem: PT, PMDB e PP.

Costa dizia na cela em que está preso na Polícia Federal em Curitiba (PR) que não teria eleições neste ano se ele revelasse tudo o que sabe. Os políticos receberiam, segundo Costa, 3% do valor dos contratos da Petrobras na época em que ele era diretor de distribuição da estatal, entre 2004 e 2012. O depoimento chegou no começo desta semana ao STF (Supremo Tribunal Federal) para que o ministro Teori Zavascki homologue o acordo.

Costa decidiu fazer uma delação premiada no último dia 22, depois que a Polícia Federal fez buscas em empresas de suas filhas, de seus genros e de um amigo dele, todas no Rio de Janeiro. Em uma das empresas, a Polícia Federal encontrou indícios de que Costa tem mais contas no exterior.

Em junho, a Suíça comunicou as autoridades brasileiras de que Costa e seus familiares tinham US$ 23 milhões em contas secretas naquele país. O ex-diretor havia negado à polícia que tinha recursos no exterior. A existência das contas na Suíça foi o motivo alegado pelo juiz federal Sergio Moro para decretar a prisão de Costa pela segunda vez, em 11 de junho. Costa também estava em pânico com a perspectiva de ser condenado a mais de 30 anos de prisão. A delação do ex-diretor da Petrobras é sigilosa e o teor de todos os depoimentos não foi revelado até agora.

Para você entender

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Delação premiada ou colaboração com a Justiça é a figura jurídica que prevê a redução de pena quando um réu fornece informações que possam esclarecer outros crimes.