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Para FHC, corrupção no governo PT é quase uma regra

Por Redação com Estado de Minas 10/09/2014 13h01
Foto: Estado de Minas
Diante do novo escândalo sobre desvios na Petrobras, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) disse nessa terça-feira que casos de corrupção têm sido “quase uma regra” no governo do PT. Após conferência em Nova York, o ex-presidente, aliado de Aécio Neves (PSDB), repetiu o discurso do tucano de que as denúncias de propina envolvendo a estatal são uma “outra forma de mensalão”. “Não é um caso, são muitos casos. Não é uma prática, é uma constante. Não é um desvio, é quase que uma regra”, disse.

O ex-presidente disse acreditar que a presidente Dilma Rousseff “não viu nada”. “Mas, então, ela não é uma gerente competente. (...) E eu acho que ela precisa dar explicações mais consistentes”, declarou FHC. Para ele, as denúncias feitas pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa mostram que houve uma “ocupação política” da estatal. “Não digo nas suas orientações gerais, mas na sua efetivação do dia a dia. A Petrobras é a empresa mais importante do Brasil e está se vendo que houve uma ocupação política partidária. E isso deu margem a essa corrupção, que é inaceitável, e acho que precisamos ir mais fundo”, disse

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O ex-presidente disse contar com órgãos como a Polícia Federal, Ministério Público e a Justiça para aprofundar as investigações sobre o caso. “A CPI está muito politizada, não fez nada até agora”, afirmou.

FHC, que integrou a Comissão de Estudos e Defesa do Petróleo, comentou que sempre foi a favor da Petrobras nas mãos do governo, mas frisou que política de Estado é diferente de política partidária. Sobre os rumos da campanha à Presidência da República, FHC evitou especular o que vai acontecer a partir das revelações de Paulo Roberto Costa. Mas afirmou que se trata de um “escândalo de grandes proporções”. “Não sei se muda a campanha, mas torna outra vez tema de campanha a ética. Nem é ética no sentido filosófico, é a decência do cumprimento da regra, e isso tem que ser reafirmado na campanha. Eu não sou precipitado, não vou julgar antes de ver do que se trata”, disse.

Fernando Henrique participou no Museu de Arte Moderna (MoMA), em Nova York, do lançamento do novo relatório da Comissão Global de Política sobre Drogas, do qual é presidente.

Novos números da disputa

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Pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT)/Instituto MDA, divulgada ontem, mostra avanço da presidente Dilma Rousseff (PT) e de Marina Silva (PSB) em relação ao levantamento feito em 26 de agosto. Dilma passou de 34,2% das intenções de voto para 38,1%, enquanto Marina foi de 28,2% para 33,5%. O candidato do PSDB, Aécio Neves, oscilou de 16% para 14,7%. Em uma disputa no segundo turno, Marina tinha 43,7% e subiu para 45,5%, e Dilma saiu de 37,8% para 42,7%, o que aponta empate técnico dentro da margem de erro da pesquisa, de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos. Nos outros cenários de segundo turno, Dilma derrotaria Aécio por 47,5% a 33,7% e Marina venceria o tucano por 52,2% a 26,7%. A pesquisa ouviu 2.002 eleitores entre os dias 5 e 7 e foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-00574/2014. O nível de confiança do levantamento é de 95%.