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Jogos e Facebook podem se tornar auxílio no ensino de Matemática
Para muita gente a matemática não é um bicho papão: está mais para um bicho de 7 cabeças vezes 30, mais 44, elevado à raiz quadrada de Pi. Mas para o professor universitário Carloney Alves, do curso de pedagogia da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), isso é um exagero. Então porque as pessoas tem essa ideia?
"Os índices de reprovação em matemática são altos e ouvimos muito os alunos reclamarem dessa disciplina. Isso acontece principalmente quando ela é trabalhada de forma descontextualizada e fora da realidade dos alunos", disse Carloney. "Temos sim possibilidade de trabalhar a matemática de forma lúdica, divertida e curiosa, desde que os nossos professores tenham formação adequada e condições de trabalhos favoráveis".
Pelo menos a formação tem sido garantida nas disciplinas de Saberes e metodologias do ensino da matemática 1 e 2, que visam orientar os futuros professores sobre como passar conteúdos da área para alunos do ensino infantil até o 5º ano.
Todo semestre, a disciplina realiza oficinas temáticas e seminários; metade da aula é teórica e a outra metade é prática. Um desafio diferente é proposto a cada semestre. No último, os alunos foram estimulados a criar formas criativas de ensino por meio dos QR Codes.
O professor conta que a ideia começou a se formar em 2012, no curso de licenciatura em Matemática da Ufal - Campus Arapiraca. Segundo ele, de lá para cá, surgiram muitas ideias. Já que estamos falando de matemática, vamos às contas: "são quatro turmas (duas a tarde e duas a noite), com uma média de 25 alunos cada. Divido cada turma em 5 grupos, logo, são 20 grupos por semestre. Imagina quanta coisa pode ser produzida, quantas ideias surgem. Atualmente, temos mais de 100 jogos criados por eles, todos guardados no Cedu [Centro de Educação]", calculou o professor. Os alunos devem entregar os jogos com seus respectivos roteiros e instruções.
Segundo Carloney, existem várias formas de tornar o ensino mais prático e mais próximo do cotidiano dos alunos. Para quem não tem costume, não é fácil, por exemplo, compreender cálculos simplesmente por abstrações. E um jeito de ajudar é por meio da visualização. "Neste caso, usamos o ábaco e o material dourado", explicou. "Um jeito de aproximar pessoas dos conteúdos, por meio de uma cultura mais próxima delas, é a Etnomatemática, que tem como grande expoente no Brasil, o pesquisador Ubiratan D'Ambrósio. Ela utiliza, por exemplo, elementos como desenhos indígenas para ensinar geometria ou métodos que aquele próprio povo já tem de lidar com os números", acrescentou.
Segundo alguns alunos do Cedu, o método tem sido de bastante proveito. "A disciplina me possibilitou várias estratégias de aula e posso dizer que já modificou meu jeito de lecionar para os 'meus pequenos alunos'", disse o estudante de pedagogia Willams Rodrigues Lima. "A disciplina tornou a matemática algo compreensível para nós, futuros professores da séries iniciais, e para nossos alunos, exemplificando a matemática como algo do cotidiano", disse outra estudante, Maria Betania Oliveira Marques.
Integração com o Facebook
Carloney, que também trabalha na Coordenadoria Institucional de Educação à Distância (Cied) da Ufal, utiliza as redes sociais como auxílio ao ensino. Os grupos virtuais onde as turmas se encontram no Facebook fica movimentado depois que os trabalhos são apresentados. Os alunos, que executam as próprias brincadeiras, postam fotos e comentários sobre o momento. Além disso, compartilham curiosidades matemáticas e novas ideias sobre ensino que encontram na internet. "Não sou eu que peço isso, eles mesmo que entram no site e publicam", mostrou o professor.
"Nossas aulas foram bem produtivas e, com a ajuda e a interação de todos por meio do Facebook, elas realmente saíram das quatro paredes da universidade e se expandiram para o mundo", disse Willams. "O Facebook está sendo um instrumento no qual conseguimos interagir, colocar nossas dúvidas e questionamentos. Acredito que só acrescentou na nossa aprendizagem", disse a aluna Hagna Cavalcanti.
"Os índices de reprovação em matemática são altos e ouvimos muito os alunos reclamarem dessa disciplina. Isso acontece principalmente quando ela é trabalhada de forma descontextualizada e fora da realidade dos alunos", disse Carloney. "Temos sim possibilidade de trabalhar a matemática de forma lúdica, divertida e curiosa, desde que os nossos professores tenham formação adequada e condições de trabalhos favoráveis".
Pelo menos a formação tem sido garantida nas disciplinas de Saberes e metodologias do ensino da matemática 1 e 2, que visam orientar os futuros professores sobre como passar conteúdos da área para alunos do ensino infantil até o 5º ano.
Todo semestre, a disciplina realiza oficinas temáticas e seminários; metade da aula é teórica e a outra metade é prática. Um desafio diferente é proposto a cada semestre. No último, os alunos foram estimulados a criar formas criativas de ensino por meio dos QR Codes.
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Segundo Carloney, existem várias formas de tornar o ensino mais prático e mais próximo do cotidiano dos alunos. Para quem não tem costume, não é fácil, por exemplo, compreender cálculos simplesmente por abstrações. E um jeito de ajudar é por meio da visualização. "Neste caso, usamos o ábaco e o material dourado", explicou. "Um jeito de aproximar pessoas dos conteúdos, por meio de uma cultura mais próxima delas, é a Etnomatemática, que tem como grande expoente no Brasil, o pesquisador Ubiratan D'Ambrósio. Ela utiliza, por exemplo, elementos como desenhos indígenas para ensinar geometria ou métodos que aquele próprio povo já tem de lidar com os números", acrescentou.
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Integração com o Facebook
Carloney, que também trabalha na Coordenadoria Institucional de Educação à Distância (Cied) da Ufal, utiliza as redes sociais como auxílio ao ensino. Os grupos virtuais onde as turmas se encontram no Facebook fica movimentado depois que os trabalhos são apresentados. Os alunos, que executam as próprias brincadeiras, postam fotos e comentários sobre o momento. Além disso, compartilham curiosidades matemáticas e novas ideias sobre ensino que encontram na internet. "Não sou eu que peço isso, eles mesmo que entram no site e publicam", mostrou o professor.
"Nossas aulas foram bem produtivas e, com a ajuda e a interação de todos por meio do Facebook, elas realmente saíram das quatro paredes da universidade e se expandiram para o mundo", disse Willams. "O Facebook está sendo um instrumento no qual conseguimos interagir, colocar nossas dúvidas e questionamentos. Acredito que só acrescentou na nossa aprendizagem", disse a aluna Hagna Cavalcanti.
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