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Dilma se manifesta e diz que denúncias são golpes da oposição

Por Redação com Veja 11/10/2014 09h09
Foto: Veja
As revelações de que a Petrobras era usada para abastecer o caixa do PT, PP e PMDB fizeram a presidente Dilma Rousseff subir o tom em defesa de seu governo – e nos ataques à oposição. Nesta sexta-feira, após uma caminhada em Canoas (RS), a petista associou as denúncias recentes a uma tentativa de "golpe" – embora as confissões tenham partido de um ex-diretor nomeado pelo PT para uma diretoria importante da estatal, Paulo Roberto Costa. "Na véspera eleitoral eles sempre querem dar um golpe. E estão dando um golpe. Esse golpe, nós não podemos concordar com ele", disse ela.

A presidente também acusou os tucanos de serem lenientes com a corrupção: "Eles jamais investigaram, jamais puniram, jamais procuraram acabar com esse crime horrível", afirmou, insistindo que os escândalos de seu governo são uma prova de que o PT não acoberta desvios. "Eles aparelharam a Polícia Federal. Por isso a Polícia Federal investigou pouco, descobriu pouco, prendeu pouco e condenou muito pouco. Nós, não. Nós investigamos, prendemos e punimos", disse Dilma. Mais cedo, a presidente insinuou que a divulgação dos depoimentos de Costa e do doleiro Alberto Youssef, alvos da Operação Lava Jato, teve fins eleitorais.

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A presidente também acusou os tucanos de destilarem "ódio": "Eles destilam ódio, eles destilam mentiras, nós temos de responder com a verdade e a esperança. Diante da urna nós votamos com a consciência, paz e amor no coração". O discurso da presidente foi feito logo após ela percorrer, em carro aberto, um trecho de aproximadamente 700 metros no bairro popular de Guajuviras, em Canoas. Ela estava ao lado do candidato a governador pelo PT, Tarso Genro. Centenas de militantes, a pé, acompanharam a dupla.

PSDB – O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, criticou nesta sexta-feira a tentativa de Dilma de amenizar a gravidade das revelações do ex-diretor da Petrobras. “A presidente deu uma declaração de que considera estarrecedor o vazamento dos depoimentos. Eu considero estarrecedor esses depoimentos, essa confissão de crime cometido sucessivamente e de forma contínua ao longo dos últimos doze anos. Assaltaram a maior empresa brasileira nas barbas desse governo. E não há sequer indignação da presidente”, criticou Aécio.