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Obama promete resposta "mais agressiva" para conter ebola nos Estados Unidos

Por Redação com Agência Brasil com Redação com Agência Brasil 16/10/2014 09h09
Foto: Reprodução/Divulgação
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, prometeu uma "resposta muito mais agressiva" e eficiente para impedir a propagação do vírus ebola. Ele convocou reunião de emergência - a terceira em quatro dias, realizada na noite dessa quarta-feira (15) -, após a repercussão do segundo caso de contaminação por ebola no país, o de outra funcionária do hospital em Dallas, no Texas, onde o liberiano que morreu na semana passada havia sido tratado.

Obama informou que equipes da Swat (polícia americana) serão encaminhadas em 24 horas a qualquer hospital que tenha tido um paciente contaminado pelo vírus. Além disso, o governo federal vai fazer contato com pessoas suspeitas de infecção antes mesmo que os sintomas sejam apresentados.

Para promover a reunião, o presidente cancelou viagem que faria para apoiar a campanha dos Democratas às eleições legislativas do mês que vem. Isso porque o segundo caso, revelado ontem de manhã, repercutiu negativamente na imprensa e na opinião pública. A funcionária do hospital viajou de avião em voo doméstico, após ter apresentado febre baixa na última segunda-feira (13)

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Os órgãos de saúde, como o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, a sigla em inglês) foram questionados sobre a viagem da enfermeira, já em condição de monitoramento. Após a reunião, Obama disse que o CDC deve ter uma equipe capaz de responder mais rapidamente quando o tema for o ebola.

A atuação do órgão já havia sido questionada. A opinião pública queria saber se o liberiano diagnosticado com o vírus na segunda quinzena de setembro, e que morreu na semana passada, recebeu o tratamento adequado. Agora a população quer saber que erros foram cometidos para que ocorressem os dois casos de contaminação de enfermeiras.

Ontem, o diretor da agência governamental, Thomas Frieden, disse que a enfermeira não deveria ter viajado no avião que levava 132 passageiros, já que estava em situação de monitoramento. A rede CNN divulgou informações, no entanto, de que ela teria pedido autorização ao CDC para fazer a viagem de avião e que teria recebido permissão.

Thomas Frieden acrescentou que a viagem no avião com outros passageiros não foi uma decisão correta, mas disse que a enfermeira não apresentava outros sintomas e não teve náuseas ou vômitos durante o voo, o que aumentaria o risco de contaminação dos passageiros. "O CDC vai assegurar que pessoas monitoradas não usem meios de transporte públicos, aéreos ou terrestres, enquanto estiverem em observação", disse Frieden em comunicado.

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Apesar disso, ele lembrou que os passageiros foram informados pela companhia aérea que devem se apresentar caso seja detectado algum sintoma, ainda que o risco seja remoto.

A segunda enfermeira contaminada com ebola em Dallas deu entrada, na tarde dessa quarta-feira, no Hospital Universitário Emory, de Atlanta, na Georgia, onde foram atendidas, em agosto, duas pessoas que superaram o vírus. A imprensa norte-americana já revelou a identidade da funcionária do hospital texano, mas o governo não confirmou o nome.

O Hospital Universitário de Emory é uma das quatro unidades de saúde norte-americanas que têm sala de isolamento especial para o tratamento de doenças altamente contagiosas.

Na terça-feira (14), a enfermeira foi internada na Hospital Presbiteriano, em Dallas, mesma unidade hospitalar que atendeu a primeira profissional de saúde que apresentou os sintomas da doença.

Após receber o diagnóstico no domingo (12), a jovem continua em observação e seu estado de saúde é estável segundo boletim divulgado ontem. Ela vem recebendo medicamentos e foi submetida a um tratamento experimental com transfusão de sangue de um paciente curado de ebola.

Desde o início do ano, foram registrados 8.914 casos de ebola, com 4.447 mortes, segundo dados da Organização Mundial da Saúde.


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