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O cabaré de 'Amor & Sexo' mostra que a TV não é tão liberal quanto pensa
O "Amor & Sexo" voltou à tela da Globo na semana passada, após o sucesso da que seria sua última temporada, em 2013. Os números explicam essa continuidade: a sua audiência já chegou a bater a casa dos 20 pontos, índices generosos para um programa transmitido tarde da noite durante a semana.
Ainda que o objetivo do programa de Fernanda Lima seja derrubar os tabus sobre sexo e relacionamentos, a atração se destaca justamente por não se levar a sério, abordando até os temas mais constrangedores em um clima de grande brincadeira.
As entradas da apresentadora são no estilo teatro da Broadway, os figurinos, exagerados, e os convidados, sentados atrás de um balcão estilo “Show de Calouros do Chacrinha”, sabem muito bem para quê vieram: pulam, riem, assobiam, filosofam. Um deles, Otaviano Costa, fez strip-tease no palco em temporadas passadas, enquanto a sexóloga Regina Navarro encarna o lado racional da discussão, chutando o romantismo de novela para escanteio, em uma postura meio Pedro de Lara.
No segundo episódio da oitava temporada, no ar ontem, a atração começou debatendo o amor, talvez para amenizar as críticas de que vinha prestando atenção demais aos temas picantes. Fernanda, junto com o marido Rodrigo Hilbert, o novo casal-fetiche da mídia, fez uma performance em cor-de-rosa que poderia ser irônica, mas que desembocou no açúcar. A descontração e as surpresas hilárias do programa continuaram, como a participação desajeitada do ex-namorado de uma das convidadas fixas. Mas tanta irreverência joga a pergunta no ar: afinal, qual o motivo dessa euforia toda?
A graça de “Amor & Sexo” está na maneira solta de conduzir assuntos tão íntimos, só que, muitas vezes, a descontração descamba para o barulho gratuito, para a confusão de vozes, deixando o telespectador com a sensação de assistir a uma discussão na churrascaria, ou no melhor estilo do programa, em um cabaré.
O diretor Ricardo Waddington poderia diminuir o volume geral, porém, a razão pode ser menos óbvia: apesar de “Amor & Sexo” se propor a abordar sem preconceito a vida entre quatro paredes, o assunto ainda é incômodo, sendo a gritaria e a risada exageradas um jeito de disfarçar aquele embaraço que ninguém quer assumir, ainda mais na TV dita moderninha.
Ainda que o objetivo do programa de Fernanda Lima seja derrubar os tabus sobre sexo e relacionamentos, a atração se destaca justamente por não se levar a sério, abordando até os temas mais constrangedores em um clima de grande brincadeira.
As entradas da apresentadora são no estilo teatro da Broadway, os figurinos, exagerados, e os convidados, sentados atrás de um balcão estilo “Show de Calouros do Chacrinha”, sabem muito bem para quê vieram: pulam, riem, assobiam, filosofam. Um deles, Otaviano Costa, fez strip-tease no palco em temporadas passadas, enquanto a sexóloga Regina Navarro encarna o lado racional da discussão, chutando o romantismo de novela para escanteio, em uma postura meio Pedro de Lara.
No segundo episódio da oitava temporada, no ar ontem, a atração começou debatendo o amor, talvez para amenizar as críticas de que vinha prestando atenção demais aos temas picantes. Fernanda, junto com o marido Rodrigo Hilbert, o novo casal-fetiche da mídia, fez uma performance em cor-de-rosa que poderia ser irônica, mas que desembocou no açúcar. A descontração e as surpresas hilárias do programa continuaram, como a participação desajeitada do ex-namorado de uma das convidadas fixas. Mas tanta irreverência joga a pergunta no ar: afinal, qual o motivo dessa euforia toda?
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O diretor Ricardo Waddington poderia diminuir o volume geral, porém, a razão pode ser menos óbvia: apesar de “Amor & Sexo” se propor a abordar sem preconceito a vida entre quatro paredes, o assunto ainda é incômodo, sendo a gritaria e a risada exageradas um jeito de disfarçar aquele embaraço que ninguém quer assumir, ainda mais na TV dita moderninha.
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