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Presidente Dilma avança em todas as classes
Sob a percepção mais otimista dos eleitores acerca do futuro do cenário econômico, o apoio à reeleição de Dilma Rousseff se espraia por diferentes classes sociais. Com isso, a petista chega para o último debate antes do pleito com vantagem real sobre Aécio Neves.
Se no primeiro momento, o segmento intermediário da classe média foi o responsável por desequilibrar a disputa a favor da presidente, sua liderança atual reflete o crescimento das intenções de voto tanto nos estratos mais ricos quanto nos mais pobres.
O tucano continua liderando com folga nas classes mais altas de onde extrai a maior parte de seus votos válidos, mas sua participação nesses subconjuntos caiu significativamente.
Na primeira pesquisa realizada após o primeiro turno, Aécio alcançava 74% entre os integrantes da classe alta e 67% entre os da média alta. Hoje, essas taxas correspondem a 64% e 58%, respectivamente.
Pelo peso desses dois subconjuntos na composição do eleitorado –aproximadamente 30%– as quedas, mesmo que expressivas internamente nos estratos, explicam a perda de dois dos quatro pontos percentuais que o peessedebista regrediu no total.
O restante do prejuízo vem dos setores mais numerosos da população –intermediários e excluídos.
Se há duas semanas, o melhor desempenho do tucano entre os mais pobres do que o de Dilma entre os mais ricos lhe garantia vantagem numérica, já que ambos extraíam do segmento intermediário o mesmo número de pontos, a situação agora mudou.
A perda de Aécio na classe média, inclusive no setor mais rico do estrato, o coloca em desvantagem. De seus 47% de votos válidos, 19 pontos vêm dos segmentos mais altos (eram 21 na pesquisa anterior), 14 do intermediário e 14 dos mais baixos. A distribuição por classe dos 53% de Dilma corresponde a 12, 17 e 24, respectivamente.
A maioria da classe média alta reside em Estados do Sudeste, especialmente em São Paulo, a maior parte em grandes cidades, e o estrato é um dos grupos mais ativos economicamente. Estão incluídos no mercado de trabalho como assalariados registrados, autônomos regulares e funcionários públicos acima da média da população. Têm grande potencial de consumo, com quase a totalidade de seus integrantes na classe B.
Instigados pela campanha eleitoral à equação, uma parcela desse segmento, com escolaridade não tão elevada quanto a da classe alta, pode valorizar mais a segurança do emprego formal, o impacto da empregabilidade junto aos seus, do que eventualmente os 6,5% de inflação anual no orçamento familiar.
O Datafolha já havia identificado queda de Aécio Neves e crescimento de Dilma no Sudeste no início da semana, mas não conseguia precisar em qual dos Estados ela ocorria, já que nos estudos anteriores não havia base estatística segura para a análise.
Agora, percebe-se que em comparação com o levantamento de duas semanas atrás, o tucano perdeu oito pontos no Rio e seis em São Paulo. Minas, nesse período, apesar de oscilações, ficou estável, dividida entre os dois.
Mesmo com a variação negativa, é o Sudeste, especialmente o Estado de São Paulo, que sustenta o alto patamar de intenção de voto de Aécio Neves e que mantém chances para o tucano equilibrar novamente a disputa.
De seus votos válidos, metade vem da região, dentre eles aproximadamente 30% provenientes dos paulistas. Dos votos válidos de Dilma, apenas 16% vêm do Estado de São Paulo. O Nordeste que pesa 27% no eleitorado brasileiro contribui com 36% dos votos válidos da petista.
Se no primeiro momento, o segmento intermediário da classe média foi o responsável por desequilibrar a disputa a favor da presidente, sua liderança atual reflete o crescimento das intenções de voto tanto nos estratos mais ricos quanto nos mais pobres.
O tucano continua liderando com folga nas classes mais altas de onde extrai a maior parte de seus votos válidos, mas sua participação nesses subconjuntos caiu significativamente.
Na primeira pesquisa realizada após o primeiro turno, Aécio alcançava 74% entre os integrantes da classe alta e 67% entre os da média alta. Hoje, essas taxas correspondem a 64% e 58%, respectivamente.
Pelo peso desses dois subconjuntos na composição do eleitorado –aproximadamente 30%– as quedas, mesmo que expressivas internamente nos estratos, explicam a perda de dois dos quatro pontos percentuais que o peessedebista regrediu no total.
O restante do prejuízo vem dos setores mais numerosos da população –intermediários e excluídos.
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A perda de Aécio na classe média, inclusive no setor mais rico do estrato, o coloca em desvantagem. De seus 47% de votos válidos, 19 pontos vêm dos segmentos mais altos (eram 21 na pesquisa anterior), 14 do intermediário e 14 dos mais baixos. A distribuição por classe dos 53% de Dilma corresponde a 12, 17 e 24, respectivamente.
A maioria da classe média alta reside em Estados do Sudeste, especialmente em São Paulo, a maior parte em grandes cidades, e o estrato é um dos grupos mais ativos economicamente. Estão incluídos no mercado de trabalho como assalariados registrados, autônomos regulares e funcionários públicos acima da média da população. Têm grande potencial de consumo, com quase a totalidade de seus integrantes na classe B.
Instigados pela campanha eleitoral à equação, uma parcela desse segmento, com escolaridade não tão elevada quanto a da classe alta, pode valorizar mais a segurança do emprego formal, o impacto da empregabilidade junto aos seus, do que eventualmente os 6,5% de inflação anual no orçamento familiar.
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Agora, percebe-se que em comparação com o levantamento de duas semanas atrás, o tucano perdeu oito pontos no Rio e seis em São Paulo. Minas, nesse período, apesar de oscilações, ficou estável, dividida entre os dois.
Mesmo com a variação negativa, é o Sudeste, especialmente o Estado de São Paulo, que sustenta o alto patamar de intenção de voto de Aécio Neves e que mantém chances para o tucano equilibrar novamente a disputa.
De seus votos válidos, metade vem da região, dentre eles aproximadamente 30% provenientes dos paulistas. Dos votos válidos de Dilma, apenas 16% vêm do Estado de São Paulo. O Nordeste que pesa 27% no eleitorado brasileiro contribui com 36% dos votos válidos da petista.
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