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Árbitro alagoano é retirado do quadro da FIFA

Por Redação com Avozdoapito 01/11/2014 11h11
Foto: Divulgação
Depois de alguns meses de muitas especulações, a Comissão de Árbitros da CBF resolveu acabar com o mistério e revelou através do site oficial da entidade a lista dos novos árbitros FIFA para 2015. Como já havia sendo especulado pelo Voz do Apito, o paraense Dewson Freitas e o Paulista Luiz Flávio de Oliveira, por méritos, foram indicados. Além deles, o gaúcho Anderson Daronco e o também paulista, Raphael Claus, foram promovidos ao quadro internacional.

Se por um lado muitos estão soltando fogos de alegria, por outro a situação é totalmente diferente. Contra todos os prognósticos, a CBF tirou o árbitro carioca: Marcelo de Lima Henrique, da FIFA, mesmo ele sendo um dos melhores árbitros em atividade do Brasil. Além dele, o alagoano Francisco Carlos do Nascimento também deu adeus ao quadro internacional, deixando assim pela primeira vez a região nordeste sem nenhum árbitro no quadro FIFA.

Entre os assistentes as mudanças também foram significativas. Como já vinha sendo especulado, o carioca Rodrigo Henrique Correa retornou ao quadro. Porém o que ninguém esperava era a saída do também auxiliar do Rio de Janeiro, Rodrigo Pereira Jóia, que mesmo aos 34 anos de idade acabou deixando a FIFA por insuficiência técnica. Minas Gerais também ganhou um novo auxiliar no quadro internacional. Trata-se de Guilherme Camilo, que tecnicamente é um dos melhores do país, ao contrário de Márcio Eustáquio Santiago, que por justiça deixou o quadro.

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Essas trocas nunca serão unanimes, porém a Comissão Nacional de Arbitragem comete um erro gravíssimo, ao manter no quadro internacional o árbitro gaúcho, Leandro Pedro Vuaden. Além de tecnicamente ser instável, ele perdeu a chance de representar o Brasil numa Copa do Mundo por ter sido “reprovado” no processo de seleção graças a sua ineficácia física. A sua permanência além de atravancar o que se chama de ‘processo de renovação’, é um tapa na cara da arbitragem brasileira que deveria valorizar ainda mais quem tem talento, como Jean Pierre Gonçalves, também do Rio Grande do Sul, que apita mil vezes melhor que o seu companheiro de Federação.

Héber Roberto Lopes pode comemorar, pois assim como os promovidos, ele também “entrou” na FIFA. Mas tudo isso se deve ao prestígio do vice-presidente da CBF, Delfim Peixoto, Presidente da Federação Catarinense de Futebol que seguramente foi o grande responsável pela manutenção de Héber Lopes no quadro internacional. Talvez esteja aí a explicação do carequinha paranaense ter mudado de Federação em 2013.

Sérgio Corrêa se fortalece nacionalmente

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O Presidente da Comissão de Árbitros da CBF, Sérgio Corrêa da Silva, sai fortalecido com a recomposição do quadro internacional para 2015. Além de ter tido coragem de acreditar em árbitros tecnicamente diferentes, ele teve a sensibilidade de ouvir os mais variados instrutores do Brasil. Isso mostra que em sua administração, o diálogo vem em primeiro lugar.

Nordeste entra em estado de alerta

A região nordeste do Brasil nunca antes na história da arbitragem brasileira havia passado por uma situação tão humilhante quanto agora. Além de ter que importar árbitros de outras Federações para dizer que possui profissionais na FIFA, agora ficará sem nenhum escudo internacional já que o alagoano Francisco Carlos do Nascimento deixou o quadro.

Ou as Federações se unem para mudar essa triste realidade em médio prazo, trocando comissões que há anos não trazem resultados como: Bahia, Sergipe e Alagoas, ou então a coisa pode ficar muito pior. Essa é a hora de acordar, pois a região nordeste do Brasil não merece ser humilhada dessa forma, sem ter um árbitro sequer de qualidade para indicar para o quadro de aspirantes FIFA.

Marco Polo Del Nero mantém palavra

Recentemente em entrevista exclusiva ao Voz do Apito, o Presidente eleito da CBF, Marco Polo Del Nero, garantiu ao país que o jeitinho brasileiro de pedidos políticos acabou na arbitragem nacional. Quem pedir, seja quem for, para quem for, está fora. Talvez se explique esse quadro internacional reformulado com árbitros pobres, negros, que tem uma única coisa a ser favor: o talento (Luiz Flávio e Dewson Freitas).

Permanência de Sandro Meira Ricci gera polêmica

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Após injustamente ter sido indicado para a Copa do Mundo de 2014, mesmo sendo a 4ª opção, o árbitro mineiro radicado em Brasília, mas que hoje apita em Pernambuco, Sandro Meira Ricci, conseguiu a proeza de continuar no quadro internacional. Mesmo com todas as polêmicas extra-campo que assombram a sua passagem pelo futebol, ele continuará na FIFA por pelo menos mais um ano mesmo sendo um dos piores árbitros em atividade no país.

Como já é de praxe, Ricci pediu “dispensa” à Comissão de Árbitros da CBF e não mais apitará este ano. Isso mostra que além de apitar o que quer, quando quer, Sandro tem mais poderes do que se imagina, não à toa continua “injustamente” tanto no quadro internacional, quanto no processo de seleção para a Copa do Mundo da Rússia, em 2018.

Rio de Janeiro perde espaço no cenário nacional

A Federação de Futebol do Rio de Janeiro sempre revelou importantes árbitros para o futebol tanto no Brasil, quanto fora dele. Porém com a saída de Marcelo de Lima Henrique da FIFA, a cidade maravilhosa ficará com apenas um representante no quadro internacional.

Tudo isso já seria ruim se não fosse trágico, já que o único representante FIFA da FERJ, é o contestado dentista Péricles Bassols, que tecnicamente está bem longe de ser um árbitro internacional. Além de fraco, Péricles não consegue de forma alguma decolar sua carreira na FIFA e por conta deste motivo, a sua permanência no quadro deixa o Rio de Janeiro na estaca zero, já que a única peça de reposição, Grazianni Maciel Rocha, por problemas pessoais, está afastado da arbitragem.