O CRB decepcionou o seu torcedor neste domingo. Depois de vencer duas vezes nas quartas de final da Série C, o Galo acabou goleado pelo Macaé, no primeiro jogo da nova decisão de 180 minutos, no Rio de Janeiro. Com o placar de 4x0, o time carioca abriu grande vantagem diante de seu torcedor e, agora, pode até perder por 3x0 na partida de volta, no Rei Pelé, para seguir na briga pelo título.

Ao CRB, resta tentar vencer por 5x0 no tempo normal, na tarde do próximo sábado (08), para tentar chegar a mais uma final. Se devolver o placar no duelo do próximo sábado, com início às 16 horas, o finalista - que vai enfrentar Paysandu (PA) ou Mogi Mirim (SP) - será conhecido na disputa por pênaltis.

E para o compromisso no Trapichão, o técnico Ademir Fonseca não poderá contar com o volante Johnnattan, que recebeu o terceiro cartão amarelo e terá de cumprir suspensão automática, assim como Jeferson Maranhão, que entrou na segunda etapa - substituindo o artilheiro Magrão - para ser expulso.

Os gols da partida foram marcados por João Carlos, Lucas (ambos no primeiro tempo), Juba e Jonathan Balotelli, que fecharam o placar na segunda etapa.

Macaé mortal

Empolgado com a classificação à Série B, depois de calar um castelão com mais de 60 mil pessoas, o Macaé partiu para cima do CRB logo nos primeiros minutos, jogando em velocidade e explorando as laterais do campo. O Galo, por sua vez, não criava o bastante, esbarrando na marcação adversária porque era limitado às tentativas pela esquerda, no avanço de João Victor.

Com mais volume de jogo, o Macaé conseguiu abrir o marcador aos 15 minutos. Após cobrança de falta ensaiada, o atacante Romário cruzou rasteiro da esquerda, a zaga deu moleza e João Carlos teve todo o tempo do mundo para ajeitar e tocar no canto esquerdo do goleiro Júlio César, que se esticou, mas não alcançou a redonda: 2x0.

O Galo ainda reagiu aos 27', quando Éder cobrou falta e mandou a bola no segundo pau. O goleiro Milton tentou afastar o perigo com um soco e a bola sobrou para Daniel Marques, mas o zagueirão tocou para a linha de fundo, à esquerda da barra.

Como que não faz, leva, o time carioca ampliou a vantagem aos 39 minutos. O meia Marquinho recebeu pela direita, nas costas do volante Olívio, e deu voltando para Lucas, que chutou de primeira, de trivela, acertando o canto direito de Júlio César, que nem se mexeu, e assinalando um golaço: 2x0.

O CRB, que não conseguia explorar o contragolpe, tentou responder aos 42 minutos, quando, após cruzamento da direita, o artilheiro Magrão cabeceou sozinho e viu o goleiro Milton fazer grande defesa, caindo no canto esquerdo e espalmando para a lateral.

Golaço e goleada

No segundo tempo, o Macaé ampliou a vantagem logo aos quatro minutos, quando o meio-campista Juba recebeu pelo centro, deu um drible desconcertante em Johnnattan e chutou de fora da área. A bola acertou o ângulo superior direito do goleiro Júlio César, em belo gol: 3x0.

Após o gol, o técnico regatiano processou duas alterações: o zagueiro Filipe no lugar de Johnnattan, além de Marcelo Macedo na vaga do também atacante Magrão. Porém, o Galo seguiu preso à marcação, enquanto o Macaé quase marcou o quarto aos 11 minutos. Marquinho foi para cobrança de falta e chutou encobrindo a barreira, vendo a bola passar perto do travessão, à direita do goleiro.

Já aos 19 minutos, foi a vez de Jeferson Maranhão substituir o meia Clebinho, com o treinador tentando conferir, em sua última mudança, mais velocidade ao setor de ataque. Contudo, ao invés do gol de honra, o torcedor regatiano presente no Moacyrzão viu o Macaé fechar a goleada um minuto depois.

Em cobrança de falta, a bola bateu na barreira e sobrou para Bruno Santos. A zaga regatiana parou, Júlio César ficou no meio do caminho e o lateral cruzou para Jonathan Balotelli, que entrou no segundo tempo para, de peixinho, acertar o gol praticamente vazio: 4x0.

Para piorar a situação, o CRB ainda teve Jeferson Maranhão expulso, após desentendimento com jogador adversário, aos 23 minutos. Com um homem a menos, o Macaé só administrou o resultado até o apito final, com o Galo tentando, sem sucesso, correr atrás do prejuízo já na base da vontade.