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Cinquentinhas: aliadas ou vilãs? – uma análise sobre um tema que tem repercutido em Arapiraca

Por Redação 21/12/2014 11h11
Cinquentinha conduzida por Antônio Batista da Silva - Foto: Já é Notícia
O dilema dos ciclomotores, vulgarmente conhecidos como cinquentinhas, tem gerado calorosas discussões na capital do Agreste alagoano.

De um lado, a população aponta a economicidade desses veículos, que não precisam, segundo a falta de regulamentação, pagar IPVA, seguro obrigatório, nem tampouco podem ser alvos da fiscalização de trânsito, haja vista que não possuem placa e não podem ser multados.

A outra faceta envereda para a utilização desses veículos para a prática das mais diversas atividades criminosas, como roubos, furtos e homicídios, que têm devastado os índices de Segurança Pública no Estado. Não é por acaso que Arapiraca é uma das cidades mais violentas do País e o uso indiscriminado desses veículos tem colaborado para essa problemática.

Outros apontamentos contrários à falta de emplacamento e fiscalização de tais veículos converge para a consolidação de outro fenômeno não menos nocivo a população agrestina, os acidentes de trânsito.

Pessoas desprovidas de quaisquer conhecimentos e perícia de trânsito se submetem, na condução desses veículos, a um trânsito perigoso. E uma pesquisa sistemática, junto a órgãos como o Samu, Unidade de Emergência do Agreste, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, entre outros, pode explicitar um parecer sobre o caos que esses veículos causam no trânsito da Região Agreste do Estado.

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Neste sábado (20), o governador Teotônio Vilela Filho (PSDB) esteve em Arapiraca para inauguração da ampliação da UE do Agreste. Paralelamente, um senhor de 52 anos, identificado como Antônio Batista da Silva se acidentava na AL 110, quando na condução de uma cinquentinha pela contramão, caiu e quebrou o pescoço. E o fato se repete com diversos arapiraquenses, idosos, crianças, pessoas imperitas e desprovidas de capacidade para guiar nas vias públicas. E o resultado todos estamos cansados de visualizar, mortes, mutilações e crimes das mais variadas espécies.

E o Estado? E a política? A defesa do bem mais precioso, de acordo com a Constituição Federal? - a vida; cadê a Supremacia do Interesse Público? Investir em ampliações de recintos de cadáveres e mutilados é mesmo a solução?

Enquanto isso, políticos abastados desfrutam das regalias dos cargos assumidos e alguns, inclusive, defendem fervorosamente o não emplacamento desses veículos, com as falsas pregações de que é muito caro pagar IPVA e seguro obrigatório. E quem paga a conta da Unidade de Emergência do Agreste? Quem paga o preço de não poder sair de casa, já que uma dupla armada pode está te esperando com uma cinquentinha para levar seus bens e muitas vezes até sua vida?