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Nintendo não venderá mais jogos e videogames no Brasil

Por Redação com Tecnoblog 09/01/2015 18h06
Foto: Divulgação
Se você tem a pretensão de comprar um Wii U, Nintendo 3DS ou qualquer jogo da Big N por aqui, é melhor correr: nesta sexta-feira (9), a Nintendo anunciou à imprensa brasileira a pausa na distribuição dos produtos da gigante de Yamauchi-san. O processo de distribuição, efetuado pela Gaming do Brasil, não vinha apresentando grandes lucros para a Nintendo.

Bill van Zyll, diretor e gerente geral para a América Latina da Nintendo of America, declarou que o encerramento da parceria com distribuidores tupiniquins se deu, principalmente, por “desafios no ambiente local de negócios” que tornaram o Brasil um solo árido para o modelo de distribuição da empresa.

“Estes desafios incluem as altas tarifas sobre importação que se aplicam ao nosso setor e a nossa decisão de não ter uma operação de fabricação local. Trabalhando junto com a Juegos de Video Latinoamérica, iremos monitorar a evolução do ambiente de negócios e avaliar a melhor maneira de servir nossos fãs brasileiros no futuro”, declarou.

Curiosamente, em meados de 2013, Reggie Fills-Aime, presidente da divisão americana da Nintendo, abriu ao público suas expectativas para com o mercado brasileiro, declarando que o país apresentava “grande potencial” para receber uma filial da empresa, mas não teria capacidade técnica para produzir os sistemas da marca.

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Em 2011, uma mudança de estratégia fez com que os preços dos portáteis da Nintendo no mercado global diminuíssem consideravelmente, tendo refletido, por exemplo, numa redução de 33% no valor do Nintendo 3DS no Brasil.

Contudo, em muito devido às altas taxas de importação, os consoles e jogos da Nintendo tiveram baixo fluxo de vendas no Brasil. Uma coisa puxou a outra, e o mercado nacional só veio a receber a presença do Wii U, lançado oficialmente em novembro de 2012, um ano depois, em novembro de 2013.

Desde 2011, a Nintendo vem passando por uma crise fiscal intensa – que parece ter sido abrandada em 2014, tendo fechado o ano fiscal de 2013 com um prejuízo operacional de US$ 457 milhões.

Apesar de não mais atender o mercado brasileiro, a Juegos de Video Latinoamerica ainda é a distribuidora oficial da companhia na America Latina. Contudo, Bernard Josephs, CEO da JVL garante que sua empresa continuará monitorando o Brasil e avaliando “futuras oportunidades”.