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Museu Palácio é um mergulho na história de Alagoas

Por Agência Alagoas 15/02/2015 14h02
Foto: Agência Alagoas
Os museus são repositórios de história, preservam a memória da cidade e nos fazem viajar no tempo. Maceió conta com cerca de 15 museus, entre eles, o Museu Palácio Floriano Peixoto (Mupa), um dos mais belos, que se destaca por estar no Centro da capital e antiga sede do Palácio do Governo.

Palco de grandes decisões politicas, o Palácio Floriano Peixoto se tornou museu em março de 2006. Devido sua importância na história de Alagoas, se transformou em um polo educativo-cultural para resgate da memória histórica-social alagoana em várias fases. Reaberto em janeiro deste ano, o museu é uma ótima opção para os alunos que retornam suas atividades escolares e turistas que visitam Maceió, além de ser uma opção de lazer para toda família.

O Mupa integra o conjunto arquitetônico dos Martírios e foi tombado pelo Patrimônio Estadual no ano de 2000. O seu acervo é constituído de ricas coleções de cristais, pratarias, objetos decorativos, móveis antigos e quadros de pintores alagoanos, como Luiz Silva, Miguel Torres, Lourenço Peixoto e Rosalvo Ribeiro. O museu também abriga memoriais de dois ilustres alagoanos: o poeta Lêdo Ivo e o dicionarista Aurélio Buarque de Holanda.

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Desde sua criação, o Mupa recebeu mais de 58 mil visitantes e 40 exposições. Segundo a guia Jéssica Silva de Mendonça, os turistas e os grupos escolares são os mais presentes na visitação. “Eles se encantam com o Salão Nobre e o Salão de Banquetes, que fixam o passado, tanto pelo acervo, como pela estrutura”, disse.

Apesar da visibilidade, a maioria das pessoas não tem o conhecimento de que o palácio virou museu, mesmo assim, as mais curiosas, acabam descobrindo. “O Mupa é um prédio bastante visível por causa de sua estrutura, então, mesmo que as pessoas não saibam que aqui é um Museu, elas passam e acabam entrando”, falou Jéssica.

O museu possui a maior coleção de quadros de Rosalvo Ribeiro, 21 obras no total. “Das mais procuradas está o Sans-Souci, que fica no anexo do Salão Nobre, e que tem um diferencial, a pintura nos olhos persegue a pessoa enquanto ela caminha”, destaca a guia.

A turista Rosane Paulo de Melo, do Rio de Janeiro, se encantou pela arquitetura do prédio e montagens das exposições. “As instalações são fantásticas e a arquitetura dos salões antigos são muito chiques”, disse. Acompanhada pela sua família, Rosane se admirou ao saber que o governador ainda despacha no prédio, todas as segundas-feiras.

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Outro ponto positivo destacado pela família é a presença de guias. “Às vezes a gente entra no museu por conta própria e não conseguimos acompanhar a história do lugar. Aqui, a guia foi nos orientando e fez toda a diferença”, disse Cezar Paulo Augusto.

“Apesar de Maceió ter muitas praias e coisas interessantes, as pessoas podem achar que estamos perdendo tempo visitando o museu, mas a gente está ganhando. Saímos daqui tendo outra visão do estado”, afirmou Rosane.

Memorial Lêdo Ivo

O Memorial Lêdo Ivo é dedicado ao talento e ao legado do escritor, poeta, jornalista e cronista alagoano, falecido em dezembro de 2002. O espaço conta com duas salas multimídias, dois corredores com linhas do tempo e uma sala dedicada às inspirações de Lêdo. O visitante tem a oportunidade de acompanhar sua trajetória literária e fazer um mergulho num universo de sensações.

O espaço dedicado ao alagoano Aurélio Buarque de Holanda revela detalhes da história do criador do Novo Dicionário de Língua Portuguesa, o dicionário Aurélio. Todo acervo foi doado pela sua esposa, Marina Baird, e conta com objetos pessoais, como máquina de datilografia, óculos, comendas, vários livros e uma cópia da primeira edição do dicionário, com dedicatória do próprio Aurélio.