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Pesquisador lança livro sobre Bioma da Caatinga em parceria com universidade americana
A seca como o principal fenômeno climático que atinge o semiárido nordestino de forma recorrente, com repercussões negativas extremas de deficit hídrico e dimensão de catástrofe socioeconômico-cultural ambiental, é o foco do livro recentemente pelo professor Humberto Barbosa do Instituto de Ciências Atmosféricas (Icat) e coordenador do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis) da Universidade Federal de Alagoas.
Intitulado de A Dinâmica Climática e Vegetação no Nordeste Brasileiro, o livro, publicado em inglês, foi lançado com o apoio institucional da Universidade do Arizona (EUA) e pode ser acessado na Amazon EUA. Considerado uma das referências no mundo científico em pesquisas nas áreas de ciências atmosféricas com participação ativa em debates locais, nacionais e internacionais, Humberto Barbosa destaca a atuação do Lapis em consonância com os avanços científicos referentes a eventos climáticos no semiárido nordestino.
“Destaco, como exemplo, o monitoramento de secas realizado pelo Laboratório, o qual prevê dados de cobertura vegetal obtidos por imagens de satélites para agências governamentais, universidades e institutos de pesquisa”, frisa Humberto. Ele aproveita para informar que no último 26 de fevereiro foi aprovada, na Câmara Federal, a Política Nacional de Combate à Seca. A lei prevê ações contra desertificação e a mitigação, (intervenção humana para reduzir ou remediar um determinado impacto ambiental nocivo), dos efeitos da estiagem.
Sobre o livro, Humberto reforça que ele apresenta uma revisão da literatura que foca as causas e efeitos das variações climáticas para o Bioma da Caatinga, partindo de uma descrição dos efeitos das secas na vegetação da caatinga nas duas últimas décadas do século 20 a partir de uma perspectiva avaliada em relação a fatores meteorológicos, climáticos e hidrológicos. “Também é apresentada uma revisão dos índices baseados nas plataformas orbitais (satélites), utilizados para o monitoramento de secas, além de uma revisão sobre a efetividade de mitigações e as lacunas no conhecimento”, complementa.
O pesquisador frisa ainda que os índices de seca apresentam-se como ferramentas de auxílio à tomada de decisão dos gestores públicos e à aplicação correta e otimizada dos recursos, possibilitando o direcionamento das ações a fim de que efetivamente alcancem a população atingida.
Mudanças climáticas: impactos
Humberto cita alguns prejuízos causados pelos impactos de mudanças climáticas sobre atividades econômicas no semiárido brasileiro. “O aumento da temperatura combinado às secas mais longas influencia negativamente a pecuária, reduzindo o conforto animal e diminuído a disponibilidade de pastagem no final do período da seca”, diz. Segundo o pesquisador, impactos similares são esperados na agricultura, com uma diminuição da produção, em função de maior evapotranspiração e precipitação mais esparsa. Num cenário de contínua conversão da vegetação natural, consequentemente, de perda de produtividade agrícola.
Ações mitigatórias
A irrigação é apontada pelo pesquisador como uma das ações de intervenção visando diminuir os impactos previstos sobre pecuária e agricultura. Também, a introdução de raças ou espécies mais resistentes à seca e práticas de manejo do solo pode ser considerada outra medida de intervenção. Como exemplo de prática de manejo cita o plantio direto segundo ele, por ter o potencial de reduzir a erosão e diz que o manejo adequado dos solos, das pastagens e do gado ajudaria muito para se evitar a degradação ambiental, como a perda de solos pelos processos erosivos.
“A adoção de curvas de nível e isolamento das áreas de preservação permanente, embora de custo alto em curto prazo, resultaria em longo prazo na conservação do sistema produtivo e da água. Esses cuidados poderiam resultar em maior biomassa de vegetação e mais água nas nascentes, cursos d’água e superfície dos solos, restaurando em grande parte os processos de evapotranspire e evaporação”, afirma o pesquisador. A evapotranspiração é a perda de água do solo por evaporação e a perda de água de planta por transpiração.
Evento científico
O Lapis participou nos dias 25 e 26 de fevereiro, em Campina Grande (PB), da reunião preparatória para a 3ª Conferência Científica das Nações Unidas para Combate à Desertificação a se realizar em Cancún (México), de 9 a 13 deste mês, contribuindo para a definição das diretrizes que subsidiarão a participação da delegação brasileira no evento internacional.
Envolvidos nos debates científicos: o Instituto Nacional do Semiárido (Insa/MCTI) e do Departamento de Combate à Desertificação do Ministério do Meio Ambiente (MMA), em parceria com a Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA Brasil).
Intitulado de A Dinâmica Climática e Vegetação no Nordeste Brasileiro, o livro, publicado em inglês, foi lançado com o apoio institucional da Universidade do Arizona (EUA) e pode ser acessado na Amazon EUA. Considerado uma das referências no mundo científico em pesquisas nas áreas de ciências atmosféricas com participação ativa em debates locais, nacionais e internacionais, Humberto Barbosa destaca a atuação do Lapis em consonância com os avanços científicos referentes a eventos climáticos no semiárido nordestino.
“Destaco, como exemplo, o monitoramento de secas realizado pelo Laboratório, o qual prevê dados de cobertura vegetal obtidos por imagens de satélites para agências governamentais, universidades e institutos de pesquisa”, frisa Humberto. Ele aproveita para informar que no último 26 de fevereiro foi aprovada, na Câmara Federal, a Política Nacional de Combate à Seca. A lei prevê ações contra desertificação e a mitigação, (intervenção humana para reduzir ou remediar um determinado impacto ambiental nocivo), dos efeitos da estiagem.
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O pesquisador frisa ainda que os índices de seca apresentam-se como ferramentas de auxílio à tomada de decisão dos gestores públicos e à aplicação correta e otimizada dos recursos, possibilitando o direcionamento das ações a fim de que efetivamente alcancem a população atingida.
Mudanças climáticas: impactos
Humberto cita alguns prejuízos causados pelos impactos de mudanças climáticas sobre atividades econômicas no semiárido brasileiro. “O aumento da temperatura combinado às secas mais longas influencia negativamente a pecuária, reduzindo o conforto animal e diminuído a disponibilidade de pastagem no final do período da seca”, diz. Segundo o pesquisador, impactos similares são esperados na agricultura, com uma diminuição da produção, em função de maior evapotranspiração e precipitação mais esparsa. Num cenário de contínua conversão da vegetação natural, consequentemente, de perda de produtividade agrícola.
Ações mitigatórias
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“A adoção de curvas de nível e isolamento das áreas de preservação permanente, embora de custo alto em curto prazo, resultaria em longo prazo na conservação do sistema produtivo e da água. Esses cuidados poderiam resultar em maior biomassa de vegetação e mais água nas nascentes, cursos d’água e superfície dos solos, restaurando em grande parte os processos de evapotranspire e evaporação”, afirma o pesquisador. A evapotranspiração é a perda de água do solo por evaporação e a perda de água de planta por transpiração.
Evento científico
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Envolvidos nos debates científicos: o Instituto Nacional do Semiárido (Insa/MCTI) e do Departamento de Combate à Desertificação do Ministério do Meio Ambiente (MMA), em parceria com a Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA Brasil).
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