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Para chefe do MP, inverte valores quem teme escalada de mortes pela polícia

Por via Cada Minuto 22/06/2015 08h08
Foto: Divulgação
 Os dados da Secretaria de Defesa Social e Ressocialização (Sedres) mostram que quase 50 pessoas morreram em confronto com a polícia em Alagoas, em menos de um semestre em do ano de 2015. Questionado se a sociedade precisa se preocupar com este fato, o Ministério Público Estadual (MPE/AL) garantiu não ter encontrado nenhum tipo de abuso ou excesso da força policial nas abordagens que resultaram nas mortes, em inquéritos policiais já concluídos.  

Para o procurador-geral de Justiça, Sérgio Jucá, o que ocorre em Alagoas também é presenciado em todo o país, onde os criminosos estão chamando a polícia cada vez mais para o enfrentamento, diante da ousadia e o aparato de armamento mantido por eles.

De acordo com a Comissão de Direitos Humanos da Seccional Alagoana da Ordem dos Advogados do Brasil, o número de mortes em enfrentamento com policiais chegou ao dobro do número registrado nos anos de 2013 e 2014. “O MP defende uma investigação rigorosa, mas não vai louvar delinquente. São pessoas que enfrentam a polícia armadas de fuzis e pistolas”, afirmou ele.

O procurador afirmou estar ao lado do agente policial que cumpre a sua função dentro dos parâmetros estabelecidos pela Lei. E disse ainda que, atualmente, existe uma diferença do que é noticiado e do que realmente é concluído na finalização do inquérito, onde fatos novos surgem.

“Não estou vendo nenhum abuso”

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Os inquéritos policiais têm sido analisados com muita atenção, através da coordenadoria criminal do Ministério Público. De acordo com Jucá, durante esse tempo o MP tem atuado de forma rigorosa na apuração e não constatou  nenhum tipo de excesso da policial nas abordagens.

“Não estou vendo nenhum abuso. Como disse em outra oportunidade, a minha opção não é pelo agente da lei nem pelo bandido, a minha opção é pela Lei”, pontuou o procurador-geral de Justiça.

Ao tratar sobre os questionamentos de excessos e abusos dos policiais nas ações, o procurador-geral disse que tem percebido uma inversão de valores defendida por uma minoria parte da sociedade que busca enaltecer a ação do bandido contra os policiais. No entanto, Jucá reforçou que não irá abrir mão da punição de algum “mal policial”.
 

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