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Operação integrada desarticula quadrilha que atuava em três estados

Por Ascom/PRF 23/06/2015 13h01
Foto: Ascom/PRF
Uma operação desencadeada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), em parceria com a Secretaria de Estado da Defesa e Ressocialização Social de Alagoas (Sedres/AL), através das polícias Civil (PC) e Militar (PM), com o Grupo de Combate às Organizações Criminosas (Gcoc) do Ministério Público de Alagoas (MP/AL), com a 17ª Vara Criminal da Capital, e com a PM de Pernambuco desarticulou, na manhã desta terça-feira (23), uma quadrilha que praticava diversos crimes nos estados de Alagoas, Pernambuco e Paraíba.

De acordo com o levantamento de informações, a quadrilha atuava no roubo de carros para praticar assaltos a veículos de carga nas BRs 101 e 104, principalmente na divisa entre Alagoas e Pernambuco. Há, também, casos registrados na Paraíba.

As fichas policiais dos integrantes da quadrilha garantem passagens por roubos, tráfico de drogas, receptação, adulteração, uso de documento falso e até homicídio.

Estão sendo cumpridos mandados de prisão e de busca e apreensão nas cidades de Caruaru/PE e Maceió/AL. Até o momento, quatro pessoas foram presas, dois homens e duas mulheres. Um casal em casa cidade. Entre o material apreendido, estão um Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV) falso, três veículos roubados, uma arma e cinco munições, além de produtos de roubos, como celulares, notebooks e cigarros. Também foram apreendidas três máquinas fotográficas e diversos cartões no nome de terceiros.

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A operação, batizada de Cleptus, em referência ao verbo grego Kléptes, que significa “mania de roubar”, começou a ser planejada em março, após assalto a um carregamento de cigarros na BR 101, na fronteira AL/PE. A quadrilha apurou cerca de R$ 60 mil com o produto desse crime.

AÇÔES CRIMINOSAS

Uma característica das ações dos criminosos era a utilização de bloqueadores de sistemas de rastreamento de veículos, utilizados como medida de segurança pelas transportadoras de cargas. O uso do equipamento facilitava o transbordo da carga roubada.

Em algumas situações, também, os integrantes faziam as vítimas beberem um líquido que as deixavam desacordadas, sendo abandonadas, sem consciência, em locais ermos e de difícil comunicação.


INTEGRANTES DA QUADRILHA

Além de outros três integrantes, que atuavam diretamente na execução dos roubos, e têm passagens por crimes na Bahia, Piauí e São Paulo, a quadrilha contava, também, com a participação de toda uma família: pai, esposa, dois filhos e uma amante.

O pai, de 39 anos, era o cabeça do grupo. Ele atuava em várias linhas criminosas e é ex-detento do sistema prisional de Pernambuco. Mesmo dentro da cadeia, comandava crimes praticados na BR 104, e usava o dinheiro da venda dos produtos dos roubos para refinanciar seus negócios ilícitos, investindo na compra de drogas.

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Seu filho mais velho, de 23 anos, que está preso no sistema prisional de Goiás, intermediava a compra dos entorpecentes. O mais novo, de 21 anos, além de atuar diretamente nos assaltos, ainda servia como 'mula', trazendo a drogas em ônibus interestaduais.

Em uma dessas viagens, em março deste ano, o filho mais novo foi preso pela PRF durante uma abordagem de rotina na BR 101, em São Miguel dos Campos/AL. Ele trazia pasta base e cocaína de Goiás para o pai. A droga, avaliada em R$ 80 mil, estava escondida dentro de um micro-ondas, no bagageiro de um ônibus interestadual. Atualmente ele está preso no sistema prisional de Craíbas/AL.

A esposa, de 37 anos, que morava em Maceió, e a amante, de 39, que residia em Caruaru, ajudavam na logística das ações criminosas. Ocultação dos produtos dos roubos, intermediação de venda de armas, e depósito de dinheiro para a compra de drogas eram algumas das suas funções.

Além dos dois filhos, que já estavam presos, com a operação de hoje mais quatro foram para a cadeia. O líder do bando e mais um dos integrantes conseguiram fugir. As buscas pelos foragidos continuam.

Os presos em Maceió foram levados para a sede da Divisão Especial de Investigação e Captura (Deic), na Santa Amélia, e os de Caruaru ficarão presos na cidade, mas serão encaminhados, posteriormente, para o sistema prisional de Alagoas. 


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