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Professor da Ufal aprova sua quarta patente na área de produção de etanol
Neste mês de julho, o professor do Centro de Tecnologia (Ctec) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), João Nunes Vasconcelos, recebeu do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi) a resposta positiva para o seu pedido de patenteamento de sua invenção do Processo de produção de etanol com microrganismos imobilizados em sabugos de milho e processo para imobilização de microrganismos em saberes de milho. Trata-se de sua quarta patente aprovada no país e agora se encontra à espera de comercialização.
João Nunes continua sendo o único professor da Ufal a possuir a aprovação do Inpi, apesar de outras estarem em tramitação na instituição. Para cada uma delas seja aprovada, o docente espera cerca de uma década pela tramitação. O docente relata que o processo ainda foi mais trabalhoso porque à época em que deu entrada ainda não existia o Núcleo de Inovação e Tecnologia (NIT), departamento responsável pelo registro das inovações na Ufal.
Além de trabalhar com sabugos de milho em duas de suas invenções, o docente aprovou outras duas patentes, a partir de colmos de Cana-de-Açúcar, visando elaborar processos que reduzam os valores de custo na produção do etanol, com a eliminação da etapa de centrifugação dos resíduos. “O que essas quatro patentes têm de diferentes é que as leveduras são retidas em suportes inertes e ficam retidas no próprio reator, então o meio fermentado sai do reator e vai direto para a destilação, a levedura fica retida dentro do reator e elimina a seção de centrifugação, que é cara tanto em sua aquisição, quanto na manutenção”, explica o docente.
As patentes também são frutos de sua Tese de Doutorado, finalizada em 1998, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde o professor desenvolveu pesquisas na área de fermentação alcoólica, com levedura imobilizada em colmos de cana-de-açúcar. As investigações puderam ser continuadas nos Laboratórios de Derivados de Cana-de-açúcar e na Unidade Experimental de Produção de Cana-de-açúcar (conhecido como bloco da cachaça), fundadas e coordenadas por João Nunes, no Ctec.
Nos laboratórios, os processos puderam ser desenvolvidos com a ajuda de bolsistas e estagiários. Estes auxiliaram na aplicação dos processos em escala piloto, dentro de uma indústria no estado de Alagoas, mas a falta de financiamentos impediu a verificação de suas performances em escala industrial.
A escala piloto foi feita com três fermentadores em série de 810 litros de volume de trabalho. “Infelizmente para passar para a escala industrial existe um volume de recursos razoável e eu não consegui um financiamento para isso. Se ele der certo em escala industrial, aí não tem dúvida de que todo mundo vai querer adotá-lo, mas eu preciso provar que ele vai dar certo em escala industrial”, lamenta o professor.
Resultados das pesquisas foram abordadas em defesa de memorial
Dez dias depois que João Nunes recebeu a confirmação de sua quarta patente, ele ascendeu ao cargo de Professor Titular, com a sua defesa do Memorial Acadêmico, ocorrida no dia 24 de julho. No dia, além de apresentar os resultados das patentes, o docente explanou sua carreira profissional e acadêmica desde 1978, onde atuou por uma década no Programa Nacional de Melhoramento da Cana-de-açúcar (antigo IAA Planalsucar), por mais de uma década.
Em 1989, João Nunes entrou na Ufal já possuindo mestrado pela UFRJ e a partir desse ano deu andamento as suas investigações nas operações e simulações de processo de fermentação alcoólica. Após se afastar para o doutorado, no fim da década de 90, fundou e coordenou dois laboratórios no Ceca e ainda pôde colocar em prática suas pesquisas, com a implantação da empresa encubada Nunes e Goes Beneficiamento Comércio e Bebidas Ltda, no Campus. A.C. Simões, onde há cerca de quatro anos é produzida a Cachaça Engenho Nunes.
Fizeram parte da banca examinadora do Memorial os docentes João Jorge Damasceno, da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Gorete Ribeiro de Macedo, da federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Gisella Maria Zanin, da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e como presidente da mesa, Maria Tereza de Araújo, do Instituto de Física da Ufal.
Confira os detalhes das Patentes abaixo:
PI 0306523-5 Processo de produção de etanol com microrganismos imobilizados em sabugos de milho e processo para imobilização de microrganismos em sabugos de milho.
PI 0306524-3 Configuração de fermentadores em série para produção de etanol com microrganismos imobilizados em sabugos de milho.
PI 0306525-1 Sistema para produção de etanol com microrganismos imobilizados em colmos de cana-de açúcar e processo para imobilização de microrganismos em colmos de cana-de-açúcar.
PI 9300474-5 Processo de produção de etanol com microrganismos imobilizados em colmos de cana-de-açúcar; sistema para produção de etanol; e processo para imobilização de microrganismos em colmos de cana-de-açúcar.
João Nunes continua sendo o único professor da Ufal a possuir a aprovação do Inpi, apesar de outras estarem em tramitação na instituição. Para cada uma delas seja aprovada, o docente espera cerca de uma década pela tramitação. O docente relata que o processo ainda foi mais trabalhoso porque à época em que deu entrada ainda não existia o Núcleo de Inovação e Tecnologia (NIT), departamento responsável pelo registro das inovações na Ufal.
Além de trabalhar com sabugos de milho em duas de suas invenções, o docente aprovou outras duas patentes, a partir de colmos de Cana-de-Açúcar, visando elaborar processos que reduzam os valores de custo na produção do etanol, com a eliminação da etapa de centrifugação dos resíduos. “O que essas quatro patentes têm de diferentes é que as leveduras são retidas em suportes inertes e ficam retidas no próprio reator, então o meio fermentado sai do reator e vai direto para a destilação, a levedura fica retida dentro do reator e elimina a seção de centrifugação, que é cara tanto em sua aquisição, quanto na manutenção”, explica o docente.
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Nos laboratórios, os processos puderam ser desenvolvidos com a ajuda de bolsistas e estagiários. Estes auxiliaram na aplicação dos processos em escala piloto, dentro de uma indústria no estado de Alagoas, mas a falta de financiamentos impediu a verificação de suas performances em escala industrial.
A escala piloto foi feita com três fermentadores em série de 810 litros de volume de trabalho. “Infelizmente para passar para a escala industrial existe um volume de recursos razoável e eu não consegui um financiamento para isso. Se ele der certo em escala industrial, aí não tem dúvida de que todo mundo vai querer adotá-lo, mas eu preciso provar que ele vai dar certo em escala industrial”, lamenta o professor.
Resultados das pesquisas foram abordadas em defesa de memorial
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Em 1989, João Nunes entrou na Ufal já possuindo mestrado pela UFRJ e a partir desse ano deu andamento as suas investigações nas operações e simulações de processo de fermentação alcoólica. Após se afastar para o doutorado, no fim da década de 90, fundou e coordenou dois laboratórios no Ceca e ainda pôde colocar em prática suas pesquisas, com a implantação da empresa encubada Nunes e Goes Beneficiamento Comércio e Bebidas Ltda, no Campus. A.C. Simões, onde há cerca de quatro anos é produzida a Cachaça Engenho Nunes.
Fizeram parte da banca examinadora do Memorial os docentes João Jorge Damasceno, da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Gorete Ribeiro de Macedo, da federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Gisella Maria Zanin, da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e como presidente da mesa, Maria Tereza de Araújo, do Instituto de Física da Ufal.
Confira os detalhes das Patentes abaixo:
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PI 0306524-3 Configuração de fermentadores em série para produção de etanol com microrganismos imobilizados em sabugos de milho.
PI 0306525-1 Sistema para produção de etanol com microrganismos imobilizados em colmos de cana-de açúcar e processo para imobilização de microrganismos em colmos de cana-de-açúcar.
PI 9300474-5 Processo de produção de etanol com microrganismos imobilizados em colmos de cana-de-açúcar; sistema para produção de etanol; e processo para imobilização de microrganismos em colmos de cana-de-açúcar.
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