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Aloísio Chulapa diz que não vai se aposentar e planeja festa com cerveja e picanha
Aos 40 anos de idade, Aloísio Chulapa está prestes a dar o pontapé inicial em mais uma aventura de sua carreira futebolística. Neste domingo, no norte do Paraná, o veterano atacante que outrora conquistava o Mundial de Clubes da Fifa pelo São Paulo estreará pelo Grêmio Maringá, contra o Cascavel, pela terceira divisão estadual.
Sem jogar profissionalmente desde o início do ano, quando defendeu o Ipanema no Campeonato Alagoano, Aloísio se solidarizou com a história do Grêmio Maringá. Após receber um convite da diretoria, o atacante descobriu que o tradicional clube paranaense – tricampeão estadual nos anos de 1963, 1964 e 1977 – estava há dois anos sem disputar competições oficiais e via o novato – e concorrente – Maringá Futebol Clube, fundado em 2010, chegar à primeira divisão do Paraná e à Série D nacional.
– Eu tento (me aposentar), né? Mas aí eu vejo que é legal jogar, que dá pra ajudar alguns clubes, como o Grêmio Maringá por exemplo. Existe um carinho recíproco muito grande. Quero ajudar o Grêmio a subir para o Segunda Divisão. Já aluguei uma casa aqui em Maringá. Assinei em princípio por três meses. Se o Grêmio subir, eu fico pro ano que vem. Já avisei a diretoria. Gostei bastante da cidade, do carinho da torcida – disse o “quarentão”, em entrevista ao LANCE!.
Jogador profissional desde os 18 anos de idade, Aloísio já deveria estar mais do que acostumado a estreias, certo? Pois não é bem assim… Haja “danone” – forma como o irreverente jogador se refere a cerveja – para quebrar o gelo!
– Grande ansiedade, né? Já perdi uns quilinhos para ficar em forma para dar conta de correr 70 minutos nesta estreia. Depois de seis meses parado é preciso emagrecer, né? Agora estou na clínica do Kléber Barbão, que é o fisioterapeuta da seleção de futsal, que cuida do Falcão – contou.
– Estou treinando por aqui há umas três semanas. Cheguei, dei uma saidinha, já tomei meu “danone”. Mas nada que comprometa minha preparação. Na folga ninguém pode me impedir, né? Aliás, acabando o jogo deste domingo, com uma vitória, um sol danano aqui de Maringá… Hum, aí já viu, né? Aquela picanha com fumacinha… O danone trincando daquele jeito… Vai ter festa até o outro dia – projetou, em meio a contagiantes gargalhadas.
No Paraná, Aloísio se gaba de ser abraçado por torcedores de diversos clubes. De Grêmio Maringá, Atlético-PR (onde foi vice-campeão da Libertadores de 2005) e São Paulo (onde foi campeão mundial em 2005 e tricampeão brasileiro em 2006/07/08) a Corinthians, Palmeiras, Santos, Coritiba e quaisquer outras equipes tidas como rivais daquelas agremiações pelas quais o alagoano já brilhou. Essa, aliás, é a síntese da vida de Aloísio “Chulapa” José da Silva: fazer amigos por onde passa e, se possível, se reunir com todos numa roda de bar regada a muito “danone”.
Histórias não faltarão…
PONTE ATALAIA-MARINGÁ
No interior de Alagoas, Aloísio vai além de um símbolo de humildade e alegria. O atacante é dono de uma escolinha de futebol em Atalaia, onde trabalha com jovens de diferentes idades. Um desses garotos, o lateral-esquerdo Erik, de 17 anos, conquistou uma oportunidade e tanto: viajou junto com Chulapa para o Paraná e assinou contrato para jogar ao lado de seu ídolo no Grêmio Maringá.
Com exceção de Erik, a molecada da Escolinha de Futebol Meninos de Ouro já sente falta de Aloísio em terras atalaienses. Em contato com a reportagem, Alisson Farias, preparador fisico, diretor e treinador na escolinha, contou detalhes da mudança de rotina dos alunos nas últimas semanas, desde que Chulapa partiu rumo ao sul do país.
– Com Aloísio na beira do campo, os meninos se dedicam mais, por vê-lo ali observando, sabe? Sem ele, a gente aqui é que tem que dar um jeito de incentivá-los. Os moleques, com ele, já tem motivação. O Aloísio é a motivação. Como aqui é um município pequeno, Alagoas por si só já é um estado pequeno, apesar de termos grandes jogadores, Marta, Gabiru… O Aloísio é o maior exemplo do estado de Alagoas – discorreu Alisson.
– A simplicidade dele, a humildade dele… Aloísio leva os meninos da escolinha pra casa dele, ele treina junto, participa até do coletivo dos maiores. Isso é a maior motivação para os meninos, estar lado a lado com um cara campeão mundial e exemplo como pessoa – completou.
E se engana quem pensa que apenas os “afilhados” estão com saudade de Aloísio. Além de colega de trabalho, Alisson é também bastante próximo de Chulapa. Antes mesmo da viagem do atacante ao Paraná, o treinador da escolinha já havia dado sinais da falta que o amigo faria em Atalaia.
– Quando ele falou que ia viajar para jogar em Maringá, eu falei: “O quê? Você vai pra onde? Acaba com isso”. Ele disse que queria jogar. Fazer o que, né? Ele é tão querido aqui… Já que não teve jeito de segurá-lo em Atalaia, eu pelo menos comecei a treiná-lo aqui, ajudando na preparação – contou.
Mas calma, Alisson! Pode avisar a garotada: em breve, Aloísio estará de volta a seu reino na pequena – mas nunca desanimada – Atalaia. Quem garante é o próprio jogador…
– Eu sempre falo pra eles: “Daqui um tempo, eu vou ficar ao lado de vocês para o resto da vida”. Agora surgiram esses compromissos e não posso deixar de cumprir. Sinto saudade demais de todo mundo, amigos, molecadinha, família… Passei os últimos seis meses por lá. Mas é bom que dá a saudade e eles ficam com saudade de eu voltar. Aí, logo que eu voltar, a gente se reúne pra tomar “danone”.
Sem jogar profissionalmente desde o início do ano, quando defendeu o Ipanema no Campeonato Alagoano, Aloísio se solidarizou com a história do Grêmio Maringá. Após receber um convite da diretoria, o atacante descobriu que o tradicional clube paranaense – tricampeão estadual nos anos de 1963, 1964 e 1977 – estava há dois anos sem disputar competições oficiais e via o novato – e concorrente – Maringá Futebol Clube, fundado em 2010, chegar à primeira divisão do Paraná e à Série D nacional.
– Eu tento (me aposentar), né? Mas aí eu vejo que é legal jogar, que dá pra ajudar alguns clubes, como o Grêmio Maringá por exemplo. Existe um carinho recíproco muito grande. Quero ajudar o Grêmio a subir para o Segunda Divisão. Já aluguei uma casa aqui em Maringá. Assinei em princípio por três meses. Se o Grêmio subir, eu fico pro ano que vem. Já avisei a diretoria. Gostei bastante da cidade, do carinho da torcida – disse o “quarentão”, em entrevista ao LANCE!.
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– Grande ansiedade, né? Já perdi uns quilinhos para ficar em forma para dar conta de correr 70 minutos nesta estreia. Depois de seis meses parado é preciso emagrecer, né? Agora estou na clínica do Kléber Barbão, que é o fisioterapeuta da seleção de futsal, que cuida do Falcão – contou.
– Estou treinando por aqui há umas três semanas. Cheguei, dei uma saidinha, já tomei meu “danone”. Mas nada que comprometa minha preparação. Na folga ninguém pode me impedir, né? Aliás, acabando o jogo deste domingo, com uma vitória, um sol danano aqui de Maringá… Hum, aí já viu, né? Aquela picanha com fumacinha… O danone trincando daquele jeito… Vai ter festa até o outro dia – projetou, em meio a contagiantes gargalhadas.
No Paraná, Aloísio se gaba de ser abraçado por torcedores de diversos clubes. De Grêmio Maringá, Atlético-PR (onde foi vice-campeão da Libertadores de 2005) e São Paulo (onde foi campeão mundial em 2005 e tricampeão brasileiro em 2006/07/08) a Corinthians, Palmeiras, Santos, Coritiba e quaisquer outras equipes tidas como rivais daquelas agremiações pelas quais o alagoano já brilhou. Essa, aliás, é a síntese da vida de Aloísio “Chulapa” José da Silva: fazer amigos por onde passa e, se possível, se reunir com todos numa roda de bar regada a muito “danone”.
Histórias não faltarão…
PONTE ATALAIA-MARINGÁ
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Com exceção de Erik, a molecada da Escolinha de Futebol Meninos de Ouro já sente falta de Aloísio em terras atalaienses. Em contato com a reportagem, Alisson Farias, preparador fisico, diretor e treinador na escolinha, contou detalhes da mudança de rotina dos alunos nas últimas semanas, desde que Chulapa partiu rumo ao sul do país.
– Com Aloísio na beira do campo, os meninos se dedicam mais, por vê-lo ali observando, sabe? Sem ele, a gente aqui é que tem que dar um jeito de incentivá-los. Os moleques, com ele, já tem motivação. O Aloísio é a motivação. Como aqui é um município pequeno, Alagoas por si só já é um estado pequeno, apesar de termos grandes jogadores, Marta, Gabiru… O Aloísio é o maior exemplo do estado de Alagoas – discorreu Alisson.
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E se engana quem pensa que apenas os “afilhados” estão com saudade de Aloísio. Além de colega de trabalho, Alisson é também bastante próximo de Chulapa. Antes mesmo da viagem do atacante ao Paraná, o treinador da escolinha já havia dado sinais da falta que o amigo faria em Atalaia.
– Quando ele falou que ia viajar para jogar em Maringá, eu falei: “O quê? Você vai pra onde? Acaba com isso”. Ele disse que queria jogar. Fazer o que, né? Ele é tão querido aqui… Já que não teve jeito de segurá-lo em Atalaia, eu pelo menos comecei a treiná-lo aqui, ajudando na preparação – contou.
Mas calma, Alisson! Pode avisar a garotada: em breve, Aloísio estará de volta a seu reino na pequena – mas nunca desanimada – Atalaia. Quem garante é o próprio jogador…
– Eu sempre falo pra eles: “Daqui um tempo, eu vou ficar ao lado de vocês para o resto da vida”. Agora surgiram esses compromissos e não posso deixar de cumprir. Sinto saudade demais de todo mundo, amigos, molecadinha, família… Passei os últimos seis meses por lá. Mas é bom que dá a saudade e eles ficam com saudade de eu voltar. Aí, logo que eu voltar, a gente se reúne pra tomar “danone”.
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