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Pacientes com leucemia aguda estão sem tratamento, diz Defensoria Pública

Por Assessoria 15/09/2015 15h03
Foto: Divulgação/ Ilustração
A Defensoria Pública do Estado de Alagoas, através do Núcleo de Tutela Coletiva, pediu medidas urgentes ao juiz da 18ª vara da Fazenda Estadual para garantir tratamento de pacientes com leucemia aguda na Santa Casa de Misericórdia de Maceió, unidade hospitalar especializada.

Segundo a assistente social da Associação de Pais e Amigos dos Leucêmicos de Alagoas, Simone Meireles, há mais de um mês os pacientes com leucemia aguda não conseguem internação na referida instituição e acabam buscando o HGE, que os libera sem o devido tratamento para evitar que eles possam ter seus casos agravados por possíveis infecções.

De acordo ainda com a assistente social, pelo menos quatro pacientes foram liberados pelo HGE no início da semana e não estão recebendo nenhum tido de tratamento. “Recebemos a denúncia há um mês, buscamos a resolução do problema junto à Secretaria e à Santa Casa, mas nada foi decidido até o momento. Soubemos que uma pessoa faleceu em casa enquanto aguardava a vaga no hospital e há uma pessoa, cujo estado é mais grave ainda, no HGE”, explicou Meireles.

“Levamos nossos familiares de volta para casa e junto trazemos uma sensação de incapacidade. Se tivéssemos dinheiro não passaríamos por isso. Depois de descobrir a leucemia e a médica recomendar a internação, minha mãe passou uma semana no HGE, mas eles acabaram mandando ela para casa, por medo dela contrair alguma bactéria ou infecção. Ela já perdeu mais de dez quilos, e está cada dia mais fraca, pois não consegue se alimentar bem, devido a doença”, desabafou o operador de lojas, Luiz Carlos Barbosa dos Santos, que procurou a Defensoria, hoje (15), em busca de internação para a mãe, Maria José de Oliveira, de 76 anos.

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De acordo com o Defensor Público Ricardo Melro, a Santa Casa informou que reduziu o número de leitos para internação para adequá-los ao valor repassado atualmente pela Secretaria Municipal de Saúde. Já as Secretarias de Saúde do Estado e do Município informaram que a unidade de saúde reduziu os leitos para tentar forçar a revisão do contrato dentro dos termos financeiros por ela exigidos.
A Ação Civil Pública com pedido de liminar referente à situação aguarda apreciação do judiciário.