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Após fracasso no primeiro semestre, Tite deixa recorde em segundo plano

Por Gazeta Esportiva 16/09/2015 11h11
Foto: Gazeta Esportiva
Tite estava bastante empolgado com o sucesso que o Corinthians fez no início da temporada. Chegou a ser acusado de expor demasiadamente o sistema de jogo da sua equipe em programas de televisão, contribuindo com a drástica queda de rendimento, enquanto se empolgava em estabelecer novas metas no Campeonato Paulista. A ambição do gaúcho ficou para trás no segundo semestre.

Com a badalação devidamente recuperada no Campeonato Brasileiro, o Corinthians está próximo de alcançar o recorde de invencibilidade da competição – o que não seduz Tite. O time do gaúcho não perde há 17 jogos (12 vitórias e cinco empates), atrás apenas do que fizeram o Atlético-PR do meia Jadson em 2004 e o São Paulo em 2008 – ambos atingiram a marca de 12 triunfos e seis igualdades.

“Isso está em segundo plano. Não é prioritário”, garantiu Tite, de olho no compromisso com o Internacional desta quarta-feira, no Beira-Rio. “Devemos manter um nível de concentração, jogando no campo do adversário com naturalidade. É difícil fazer gol lá, mas a gente tem marcado nos últimos jogos fora de casa. Temos que seguir assim”, complementou.

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Se ainda estivesse apegado a metas, Tite teria outros números para se entreter com o bom momento do Corinthians. A sua equipe é a que mais anotou gols no Brasileiro (42, assim como o segundo colocado Atlético-MG) e a que menos sofreu (19). “Vamos evoluir sem determinar parâmetros. Falamos em defesa e em ataque, mas o Internacional tem grandes resultados em casa. Está em recuperação, com uma ascensão muito grande”, respeitou o treinador, que passou pelo clube gaúcho entre 2008 e 2009.

Com essa postura, Tite espera que o Corinthians do final de 2015 não repita aquele do início do ano, eliminado do Campeonato Paulista pelo rival Palmeiras e da Copa Libertadores da América pelo modesto Guaraní, do Paraguai. Mas, mesmo sem o hexacampeonato nacional, já estaria orgulhoso da sua condução de time quase recordista. “Tenho o discernimento de saber que grandes trabalhos não resultam necessariamente em título. Se for assim, só um técnico faz um grande trabalho”, argumentou.