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Dólar sobe e vale R$ 3,88, maior valor desde 2002
O dólar fechou em alta de mais de 1% sobre o real nesta quinta-feira (17), em sessão volátil e longe das máximas do dia, após o Federal Reserve manter os juros, com investidores ainda sob a pressão dos temores com a cena política e econômica local conturbada.
O dólar avançou 1,25%, a R$ 3,8822 na venda, após chegar a subir 1,96%, a R$ 3,9092 na máxima da sessão. Na mínima do dia, foi a R$ 3,8314. Trata-se do maior valor de fechamento desde 2002.
"Manter os juros favorece emergentes, mas o motivo por trás da decisão é negativo", disse o economista da 4Cast Pedro Tuesta. "Soa para mim bastante improvável que o Fed aumente os juros neste ano", acrescentou.
O Fed informou que uma variedade de riscos globais e outros fatores convenceram a adiar o que seria o primeiro aumento de juros em quase uma década.
Em entrevista coletiva após anunciar a decisão, a chair do Fed, Janet Yellen, afirmou que os desenvolvimentos econômicos e financeiros globais recentes podem exercer ainda mais pressão para baixo sobre a inflação no curto prazo.
Durante a entrevista de Yellen, o dólar chegou a recuar brevemente sobre o real, mas logo retomou a trajetória ascendente.
"A impressão do comunicado era 'dovish' e foi confirmada pelo discurso de Yellen. Se isso é bom ou ruim para emergentes, o mercado ainda não decidiu", disse o operador de uma corretora nacional.
Nesta tarde, os juros futuros nos EUA mostraram chance de 18% de o Fed elevar os juros em outubro, contra 41% antes da decisão. A probabilidade de isso acontecer em dezembro caiu a menos de 50%, comparado a 64% apostados pela manhã.
Pela manhã, os juros futuros apontavam chance de apenas 25% de o Fed elevar a taxa nesta quinta-feira, enquanto uma ligeira maioria dos economistas consultados em pesquisa Reuters previa a manutenção dos juros.
Juros mais altos nos EUA podem atrair para a maior economia do mundo recursos aplicados em países como o Brasil, amplificando o efeito das incertezas locais.
Investidores avaliaram que esse cenário poderia precipitar a perda do selo de bom pagador brasileiro por outras agências de classificação de risco além da Standard & Poor's, provocando fuga de capital do país. Além disso, a crise política cada vez mais intensa fazia investidores adotarem posturas ainda mais defensivas.
"Há muito ruído no cenário local. Isso acaba com qualquer fundamento do mercado", disse mais cedo o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.
Nesta manhã, o Banco Central brasileiro deu continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em outubro, vendendo à oferta total de até 9.450 contratos, equivalentes a venda futura de dólares. Ao todo, já rolou o equivalente a US$ 5,414 bilhões, ou cerca de 57% do lote total, que corresponde a US$ 9,458 bilhões.
O dólar avançou 1,25%, a R$ 3,8822 na venda, após chegar a subir 1,96%, a R$ 3,9092 na máxima da sessão. Na mínima do dia, foi a R$ 3,8314. Trata-se do maior valor de fechamento desde 2002.
"Manter os juros favorece emergentes, mas o motivo por trás da decisão é negativo", disse o economista da 4Cast Pedro Tuesta. "Soa para mim bastante improvável que o Fed aumente os juros neste ano", acrescentou.
O Fed informou que uma variedade de riscos globais e outros fatores convenceram a adiar o que seria o primeiro aumento de juros em quase uma década.
Em entrevista coletiva após anunciar a decisão, a chair do Fed, Janet Yellen, afirmou que os desenvolvimentos econômicos e financeiros globais recentes podem exercer ainda mais pressão para baixo sobre a inflação no curto prazo.
Durante a entrevista de Yellen, o dólar chegou a recuar brevemente sobre o real, mas logo retomou a trajetória ascendente.
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Nesta tarde, os juros futuros nos EUA mostraram chance de 18% de o Fed elevar os juros em outubro, contra 41% antes da decisão. A probabilidade de isso acontecer em dezembro caiu a menos de 50%, comparado a 64% apostados pela manhã.
Pela manhã, os juros futuros apontavam chance de apenas 25% de o Fed elevar a taxa nesta quinta-feira, enquanto uma ligeira maioria dos economistas consultados em pesquisa Reuters previa a manutenção dos juros.
Juros mais altos nos EUA podem atrair para a maior economia do mundo recursos aplicados em países como o Brasil, amplificando o efeito das incertezas locais.
Investidores avaliaram que esse cenário poderia precipitar a perda do selo de bom pagador brasileiro por outras agências de classificação de risco além da Standard & Poor's, provocando fuga de capital do país. Além disso, a crise política cada vez mais intensa fazia investidores adotarem posturas ainda mais defensivas.
"Há muito ruído no cenário local. Isso acaba com qualquer fundamento do mercado", disse mais cedo o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.
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