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Dólar sobe, encosta em R$ 4 e renova 2º maior patamar da história
O dólar fechou em alta nesta segunda-feira (21), terceiro avanço seguido e pressionado por preocupações com as contas públicas brasileiras, mas a defesa da manutenção do veto presidencial ao reajuste de servidores públicos pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tirou a moeda norte-americana das máximas da sessão, quando encostou em R$ 4.
O dólar avançou 0,57%, a R$ 3,9809 na venda. A única vez na história em que ele terminou em um patamar mais alto foi em 10 de outubro de 2002 (R$ 3,99). Na máxima do dia, a divisa atingiu R$ 3,999, a milímetros de distância do recorde intradia, de R$ 4.
Nas últimas três sessões, o dólar acumulou alta de 3,83% contra o real.
"As incertezas políticas e o temor de perder o grau de investimento por uma segunda agência de classificação de risco pressionam muito o câmbio, e não há perspectiva de melhora no curto prazo", disse o operador da corretora SLW João Paulo de Gracia Correa.
O mercado vem adotando estratégias mais defensivas, com medo de que o Congresso possa derrubar nesta semana vetos da Presidência a medidas que aumentam os gastos, dificultando o ajuste fiscal.
Essas preocupações foram parcialmente reduzidas nesta tarde após Cunha afirmar que derrubar o veto sobre o reajuste salarial dos servidores do Judiciário seria "colocar mais gasolina na fogueira".
Caso o veto for retirado, as contas públicas do país sofrerão, justamente no momento em que o governo tentar requilibrá-las.
"Não esperamos qualquer choque positivo à confiança ou reversão da situação de baixo crescimento e baixa confiança dos investidores", escreveu a estrategista para a América Latina do banco Jefferies, Siobhan Morden, em nota a clientes.
A perspectiva de possível perda do grau de investimento do Brasil por outras agências além da Standard & Poor's também dá força à apreensão.
Na cena externa, avaliações de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, pode elevar os juros ainda neste ano corroboraram o avanço do dólar. Juros mais altos nos EUA podem atrair para a maior economia do mundo recursos atualmente aplicados em países como o Brasil.
No fim de semana, o presidente do Fed de San Francisco, John Williams, disse que uma alta de juros ainda deve ser apropriada neste ano. Já o presidente do Fed de Atlanta, Dennis Lockhart, disse que a decisão do Fed de adiar o aumento da taxa de juros na semana passada foi um exercício de "gerenciamento de risco" para garantir que a recente volatilidade do mercado não se tornará um peso para a economia do País.
A alta do dólar nesta sessão veio mesmo após o Banco Central anunciar nova intervenção no mercado de câmbio, com leilão de linha. O anúncio veio depois de a moeda norte-americana fechar no segundo nível mais alto na história em relação ao real na sessão passada, influenciada por rumores sobre o possível rebaixamento do Brasil pela agência de classificação de risco Moody's.
autoridade monetária ofertou dólar com data de recompra em 4 de abril de 2016 e em 5 de julho de 2016. Segundo a assessoria de imprensa do BC, a operação não é para rolagem de uma linha já existente. Trata-se da quarta intervenção desse tipo desde 31 de agosto.
O BC também deu continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em outubro, vendendo a oferta total de até 9.450 contratos, equivalentes à venda futura de dólares. Ao todo, já rolou o equivalente a US$ 6,299 bilhões, ou cerca de 67% do lote total, que corresponde a US$ 9,458 bilhões.
"A intervenção do BC ajuda, mas não faz milagre", disse o superintendente de câmbio da corretora TOV, Reginaldo Siaca, que acredita que a moeda norte-americana deve atingir o recorde de R$ 4 no curtíssimo prazo.
O dólar avançou 0,57%, a R$ 3,9809 na venda. A única vez na história em que ele terminou em um patamar mais alto foi em 10 de outubro de 2002 (R$ 3,99). Na máxima do dia, a divisa atingiu R$ 3,999, a milímetros de distância do recorde intradia, de R$ 4.
Nas últimas três sessões, o dólar acumulou alta de 3,83% contra o real.
"As incertezas políticas e o temor de perder o grau de investimento por uma segunda agência de classificação de risco pressionam muito o câmbio, e não há perspectiva de melhora no curto prazo", disse o operador da corretora SLW João Paulo de Gracia Correa.
O mercado vem adotando estratégias mais defensivas, com medo de que o Congresso possa derrubar nesta semana vetos da Presidência a medidas que aumentam os gastos, dificultando o ajuste fiscal.
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Caso o veto for retirado, as contas públicas do país sofrerão, justamente no momento em que o governo tentar requilibrá-las.
"Não esperamos qualquer choque positivo à confiança ou reversão da situação de baixo crescimento e baixa confiança dos investidores", escreveu a estrategista para a América Latina do banco Jefferies, Siobhan Morden, em nota a clientes.
A perspectiva de possível perda do grau de investimento do Brasil por outras agências além da Standard & Poor's também dá força à apreensão.
Na cena externa, avaliações de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, pode elevar os juros ainda neste ano corroboraram o avanço do dólar. Juros mais altos nos EUA podem atrair para a maior economia do mundo recursos atualmente aplicados em países como o Brasil.
No fim de semana, o presidente do Fed de San Francisco, John Williams, disse que uma alta de juros ainda deve ser apropriada neste ano. Já o presidente do Fed de Atlanta, Dennis Lockhart, disse que a decisão do Fed de adiar o aumento da taxa de juros na semana passada foi um exercício de "gerenciamento de risco" para garantir que a recente volatilidade do mercado não se tornará um peso para a economia do País.
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autoridade monetária ofertou dólar com data de recompra em 4 de abril de 2016 e em 5 de julho de 2016. Segundo a assessoria de imprensa do BC, a operação não é para rolagem de uma linha já existente. Trata-se da quarta intervenção desse tipo desde 31 de agosto.
O BC também deu continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em outubro, vendendo a oferta total de até 9.450 contratos, equivalentes à venda futura de dólares. Ao todo, já rolou o equivalente a US$ 6,299 bilhões, ou cerca de 67% do lote total, que corresponde a US$ 9,458 bilhões.
"A intervenção do BC ajuda, mas não faz milagre", disse o superintendente de câmbio da corretora TOV, Reginaldo Siaca, que acredita que a moeda norte-americana deve atingir o recorde de R$ 4 no curtíssimo prazo.
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