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Secretaria de Saúde de Alagoas emite nota de esclarecimento sobre a microcefalia
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) emitiu uma nota apresentando as medidas adotadas para investigar os casos diagnosticados no estado.
Confira a nota:
Aos alagoanos!
Em 20/11/2015, estivemos reunidos em Salvador, os Secretários de Estado de Saúde do Nordeste, o Ministro da Saúde, dirigentes da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde e técnicos de Vigilância em Saúde da Secretaria de Saúde da Bahia, para tratar de assuntos de saúde, tendo destaque as arboviroses, como dengue, Zika vírus e febre Chikungunya, em especial devido ao aumento de casos de microcefalia, trazendo à tona a forma como temos enfrentado o mosquito Aedes aegypti, que está entre nós há pelo menos, 30 anos.
Na ocasião os Secretários entregaram ao Ministro um ofício (anexo), fazendo mais um alerta sobre a situação que estamos vivenciando e sobre a necessidade de medidas urgentes e mais efetivas.
A situação é grave realmente, principalmente nos estados de Pernambuco e Rio Grande do Norte, com características diferentes. No Rio Grande do Norte registram-se, além da microcefalia, outras más formações, incluindo óbito fetal. Aqui em Alagoas estamos recebendo as notificações e investigando os casos para termos uma melhor ideia da situação em nosso território.
Os dados são preocupantes, mas precisamos ter cautela, especialmente com a circulação de noticias infundadas sobre o assunto e algumas orientações, que, sabemos, são pouco prováveis de acontecer e produzir resultados eficientes, especialmente no nosso clima.
Entendo que a saída é o combate competente do vetor. Uma responsabilidade de todos nós, gestores, técnicos e cidadãos.
A Secretaria de Saúde de Alagoas vem há meses preocupada com o aumento de casos relacionados a essa tríplice virose. Temos emitido notas técnicas informando sobre a situação e sobre medidas a serem adotadas pelo setor saúde, além de divulgar, ao máximo possível, as orientações necessárias ao controle do vetor.
Temos também realizado e apoiado os municípios com um trabalho de cooperação técnica focado nas áreas com índices mais preocupantes, seja em termos do aumento da suspeição dessas doenças, seja no tocante à manutenção de índices de infestação do vetor fora do mínimo sustentável. A implantação de 11 unidades sentinela, com coleta sistemática de amostras para análise, possibilitou a comprovação da circulação desses vírus no Estado.
No entanto, não resta a menor dúvida de que todos nós ainda temos muito por fazer.
Com a declaração da situação nacional de emergência em saúde pública, devido ao aumento dos casos de microcefalia, que agora passa a ser de notificação compulsória, elaboramos e divulgamos nota técnica, baseada no protocolo de Pernambuco. E temos atualizado a situação do Estado de forma sistemática, pois há efetivamente uma maior sensibilidade dos profissionais para essas ocorrências, o que aumenta o número de casos registrados, mas precisamos, junto com as vigilâncias dos municípios, proceder à investigação rigorosa de cada caso, para que possamos fazer as vinculações da forma mais precisa possível.
Eu e a minha equipe técnica estamos à disposição para fornecer as informações disponíveis e mais atualizadas possíveis sobre a situação que nos atinge a todos, sem alardes, com a cautela que uma situação de emergência exige, buscando a referência técnica e as orientações emanadas do Ministério da Saúde. Vamos avançar no combate ao vetor dentro de nossas casas, nos quintais e nas áreas públicas, com a eliminação dos possíveis criadouros, a proteção de depósitos de água, o cuidado com o lixo.
A RESPONSABILIDADE DE COMBATER O Aedes aegypti É DE TODOS NÓS.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) emitiu uma nota de esclarecimento apresentando as medidas adotadas para investigar os casos diagnosticados no estado.
Rozangela Maria de Almeida Fernandes Wyszomirska
(SECRETÁRIA DE ESTADO DA SAÚDE)
ÍNTEGRA DO OFÍCIO PRODUZIDO PELOS SECRETÁRIOS DE SAÚDE DO NORDESTE E ENVIADO AO MINISTRO DA SAÚDE
"OFÍCIO CONASS Nº. 422
Salvador, 20 de novembro de 2015.
Exmo. Senhor
Marcelo Castro
Ministro de Estado da Saúde
Senhor Ministro:
Os secretários estaduais de saúde do nordeste, reunidos em Salvador em 20 de novembro de 2015, com representantes do Ministério da Saúde / Secretaria de Vigilância da Saúde (SVS), preocupados com a evolução das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti no país e em especial na Região Nordeste, e considerando:
- O aumento significativo de casos de Dengue em 2015;
- A introdução no território brasileiro em 2014 e 2015 dos vírus Chikununya e Zika, também transmitidos pelo Aedes aegypti, com concentração na Região Nordeste do País;
- O aumento das complicações neurológicas associadas ao Zika vírus, a exemplo da Síndrome de Guillain Barré;
- A Situação de Emergência em Saúde Publica de Importância Nacional, declarada pela Portaria nº 1.813, de 11 de novembro de 2015, devido à alteração do padrão de ocorrência de microcefalia no Brasil, malformação congênita grave, com sequelas irreversíveis que demandarão cuidados permanentes, com consequente impacto econômico, social e na organização de todo o Sistema de Saúde; vêm:
1. Conclamar maior envolvimento do Estado Brasileiro no enfrentamento desta emergência nacional, com a integração das 3 esferas de governo e participação efetiva da sociedade civil;
2. Estabelecer Plano de Ação Nacional para Enfrentamento das Arboviroses e de suas complicações que contemple ações integradas e intersetoriais de controle do vetor; a vigilância e organização da linha de cuidado para atenção qualificada aos casos suspeitos;
3. Estimular e apoiar financeiramente as instituições científicas para o desenvolvimento sustentado de pesquisas, estudos e desenvolvimento de novos métodos e tecnologias para o controle do vetor e enfrentamento das complicações associadas às arboviroses.
4. Responsabilizar de forma efetiva e oportuna os diversos setores governamentais envolvidos no combate às arboviroses, incluindo além da Saúde as áreas de Meio Ambiente, Infra-estrutura, Desenvolvimento Urbano, Fazenda, Educação, Comunicação, Assistência Social, Forças Armadas, dentre outras.
5. Criar, diante da necessidade imperiosa de novos recursos e investimentos para o enfrentamento deste grave problema, fundo nacional emergencial para aplicação exclusiva nas ações emergenciais de combate às arboviroses e controle de suas complicações.
Atenciosamente,
Fábio Vilas-Boas Pinto
vice-presidente do CONASS
João Gabbardo dos Reis
presidente do CONASS"
Confira a nota:
Aos alagoanos!
Em 20/11/2015, estivemos reunidos em Salvador, os Secretários de Estado de Saúde do Nordeste, o Ministro da Saúde, dirigentes da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde e técnicos de Vigilância em Saúde da Secretaria de Saúde da Bahia, para tratar de assuntos de saúde, tendo destaque as arboviroses, como dengue, Zika vírus e febre Chikungunya, em especial devido ao aumento de casos de microcefalia, trazendo à tona a forma como temos enfrentado o mosquito Aedes aegypti, que está entre nós há pelo menos, 30 anos.
Na ocasião os Secretários entregaram ao Ministro um ofício (anexo), fazendo mais um alerta sobre a situação que estamos vivenciando e sobre a necessidade de medidas urgentes e mais efetivas.
A situação é grave realmente, principalmente nos estados de Pernambuco e Rio Grande do Norte, com características diferentes. No Rio Grande do Norte registram-se, além da microcefalia, outras más formações, incluindo óbito fetal. Aqui em Alagoas estamos recebendo as notificações e investigando os casos para termos uma melhor ideia da situação em nosso território.
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Entendo que a saída é o combate competente do vetor. Uma responsabilidade de todos nós, gestores, técnicos e cidadãos.
A Secretaria de Saúde de Alagoas vem há meses preocupada com o aumento de casos relacionados a essa tríplice virose. Temos emitido notas técnicas informando sobre a situação e sobre medidas a serem adotadas pelo setor saúde, além de divulgar, ao máximo possível, as orientações necessárias ao controle do vetor.
Temos também realizado e apoiado os municípios com um trabalho de cooperação técnica focado nas áreas com índices mais preocupantes, seja em termos do aumento da suspeição dessas doenças, seja no tocante à manutenção de índices de infestação do vetor fora do mínimo sustentável. A implantação de 11 unidades sentinela, com coleta sistemática de amostras para análise, possibilitou a comprovação da circulação desses vírus no Estado.
No entanto, não resta a menor dúvida de que todos nós ainda temos muito por fazer.
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Eu e a minha equipe técnica estamos à disposição para fornecer as informações disponíveis e mais atualizadas possíveis sobre a situação que nos atinge a todos, sem alardes, com a cautela que uma situação de emergência exige, buscando a referência técnica e as orientações emanadas do Ministério da Saúde. Vamos avançar no combate ao vetor dentro de nossas casas, nos quintais e nas áreas públicas, com a eliminação dos possíveis criadouros, a proteção de depósitos de água, o cuidado com o lixo.
A RESPONSABILIDADE DE COMBATER O Aedes aegypti É DE TODOS NÓS.
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Rozangela Maria de Almeida Fernandes Wyszomirska
(SECRETÁRIA DE ESTADO DA SAÚDE)
ÍNTEGRA DO OFÍCIO PRODUZIDO PELOS SECRETÁRIOS DE SAÚDE DO NORDESTE E ENVIADO AO MINISTRO DA SAÚDE
"OFÍCIO CONASS Nº. 422
Salvador, 20 de novembro de 2015.
Exmo. Senhor
Marcelo Castro
Ministro de Estado da Saúde
Senhor Ministro:
Os secretários estaduais de saúde do nordeste, reunidos em Salvador em 20 de novembro de 2015, com representantes do Ministério da Saúde / Secretaria de Vigilância da Saúde (SVS), preocupados com a evolução das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti no país e em especial na Região Nordeste, e considerando:
- O aumento significativo de casos de Dengue em 2015;
- A introdução no território brasileiro em 2014 e 2015 dos vírus Chikununya e Zika, também transmitidos pelo Aedes aegypti, com concentração na Região Nordeste do País;
- O aumento das complicações neurológicas associadas ao Zika vírus, a exemplo da Síndrome de Guillain Barré;
- A Situação de Emergência em Saúde Publica de Importância Nacional, declarada pela Portaria nº 1.813, de 11 de novembro de 2015, devido à alteração do padrão de ocorrência de microcefalia no Brasil, malformação congênita grave, com sequelas irreversíveis que demandarão cuidados permanentes, com consequente impacto econômico, social e na organização de todo o Sistema de Saúde; vêm:
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2. Estabelecer Plano de Ação Nacional para Enfrentamento das Arboviroses e de suas complicações que contemple ações integradas e intersetoriais de controle do vetor; a vigilância e organização da linha de cuidado para atenção qualificada aos casos suspeitos;
3. Estimular e apoiar financeiramente as instituições científicas para o desenvolvimento sustentado de pesquisas, estudos e desenvolvimento de novos métodos e tecnologias para o controle do vetor e enfrentamento das complicações associadas às arboviroses.
4. Responsabilizar de forma efetiva e oportuna os diversos setores governamentais envolvidos no combate às arboviroses, incluindo além da Saúde as áreas de Meio Ambiente, Infra-estrutura, Desenvolvimento Urbano, Fazenda, Educação, Comunicação, Assistência Social, Forças Armadas, dentre outras.
5. Criar, diante da necessidade imperiosa de novos recursos e investimentos para o enfrentamento deste grave problema, fundo nacional emergencial para aplicação exclusiva nas ações emergenciais de combate às arboviroses e controle de suas complicações.
Atenciosamente,
Fábio Vilas-Boas Pinto
vice-presidente do CONASS
João Gabbardo dos Reis
presidente do CONASS"
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