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Organizador de festa que oferecia "rodízio de mulheres" é preso no sul de MG

Por Do R7 27/11/2015 18h06
Boate foi interditada por falta de alvará de funcionamento - Foto: Divulgação
O organizador de uma festa polêmica que seria realizada em Poços de Caldas, no sul do Estado, foi preso na última quinta-feira (26), em Pouso Alegre, na mesma região. O empresário Ricardo Alves da Costa, de 35 anos, divulgou o evento chamado "Noite do Rodízio". A festa propunha que cada homem pagasse R$ 150 e "consumisse quantas garotas aguentasse". De acordo com a Polícia Civil, ele será investigado por fraude processual e favorecimento da prostituição.

Ainda conforme a corporação, o suspeito era responsável pela distribuição dos panfletos e pela propaganda realizada através do Whatsapp. Ele teria tentado apagar estes dados do celular para que não fosse possível comprovar que as imagens eram transmitidas através do aparelho dele e, por isso, foi preso pelo crime de fraude. Além disso, Costa se recusou a cancelar a festa e teria continuado a vender ingressos. Ele foi detido e levado para o presídio de Poços de Caldas. A delegada Maria Cecília Gomes vai apurar o caso.

A denúncia foi feita pelo Conselho Municipal dos Direitos da Mulher do município. A presidente da organização, Cláudia Luciana de Oliveira Lourenço, contou que viu o anúncio da festa através do celular. Imediatamente, ela e outras representantes do órgão procuraram o Ministério Público para solicitar medidas que impedissem a realização do evento.

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— É importante que entendam que não é uma questão de moralismo, é uma questão que vai muito mais além a nossa preocupação. Sabemos que cada um faz o que quer com o próprio corpo, mas explorar o corpo de uma pessoa de forma pejorativa e ofensiva, tratar como mercadoria, é inadimissível. Isso leva outros a pensarem que mulher pode ser tratada de qualquer jeito, é uma incitação ao machismo e violência contra a mulher.

Diante do ocorrido, a prefeitura da cidade interditou a boate onde a "Noite do Rodízio" seria promovida. Em nota, a instituição informou que o estabelecimento não tinha alvará de funcionamento. A administração ainda ressaltou que "repudia qualquer iniciativa que desrespeite os direitos das mulheres e reitera seu compromisso com os direitos humanos"