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Secretária de Alagoas diz que fumacê não é eficaz no combate a dengue

Por Redação com G1 23/02/2016 10h10 - Atualizado em 23/02/2016 13h01
Foto: Marcio Chagas/G1
Em entrevista à Rádio Gazeta, na manhã desta terça-feira (23), a secretária de Estado da Saúde Rozângela Wyszomirska disseque o carro fumacê, que sempre passava nos bairros com muita incidência de muriçocas, não é eficaz para o combate ao mosquito Aedes aegypti, que transmite a dengue, a chikungunya e o zika virus.

Segundo a secretária, o veneno que é liberado é restrito e só mata mosquitos que estão voando onde o carro está passando. “Só serve para as crianças brincarem porque não tem efetividade nenhuma. No máximo mata um ou dois mosquitos”, afirma.
Ainda de acordo com Rozângela, essa nebulização de inseticidas é indicado quando há comprovação de infestação do mosquito em alguma área.

“Só serve quando há um local específico que tenha uma grande infestação do mosquito porque ele vai agir direto e vai conseguir matar. As pessoas precisam entender que o fumacê não vai ter efeito nenhum no combate ao mosquito”, afirma.

Casos de microcefalia

A secretária também falou sobre os casos de microcefalia registrados no estado. Segundo ela, do total de casos suspeitos, cerca de 30% são confirmados.

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"É muito lamentável essa situação. Nós estamos em uma força tarefa para combater esse mosquito. Em países de primeiro mundo esse mosquito foi abolido, mas infelizmente ainda não conseguimos", afirma.

A secretária citou ainda o grande número de casos registrados em Pernambuco. "Me pergunto o motivo do nosso vizinho [Pernambuco] ter registrado um alto número de casos e aqui não. Estamos na 6ª colocação no ranking nacional entre os estados que mais notificaram casos de bebês com microcefalia, mas isso não é bom", diz Rozângela Wyszomirska.

Na última sexta-feira (19), a Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesau) informou que foram descartados 79 casos suspeitos de microcefalia em bebês nascidos no estado. O descarte aconteceu após os bebês serem submetidos a tomografias computadorizadas.

Segundo o Centro de Informação Estratégica em Vigilância em Saúde (Cievs) da Sesau, os bebês faziam parte do universo de 209 casos notificados no estado.