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Petrobras registra prejuízo recorde de R$ 34,836 bilhões em 2015
A Petrobras fechou o ano de 2015 com prejuízo de R$ 34,836 bilhões, segundo balanço anual divulgado nesta segunda-feira (21) --o segundo sob a sombra da operação Lava Jato.
O resultado no ano passado foi pior que o prejuízo de 2014 (R$ 21,6 bilhões), quando a petroleira lançou no balanço as perdas com o esquema de corrupção.
Considerando apenas o quarto trimestre do ano passado, a estatal teve prejuízo de R$ 36,938 bilhões. O resultado veio bem diferente do que previam analistas consultados pela agência de notícias Reuters: eles esperavam lucro de R$ 3,859 bilhões.
O presidente da empresa, Aldemir Bendine, afirmou que 2015 foi um ano difícil para toda a indústria do petróleo.
Motivos do prejuízo
Segundo a estatal, a maior parte das perdas (R$ 49,75 bilhões) foi causada pela reavaliação dos bens e investimentos, principalmente por causa da queda nos preços do petróleo no mercado global e dos efeitos da perda do selo de bom pagador pelas agências de classificação de risco.
Também pesaram as despesas com juros e com a alta do dólar (R$ 32,98 bilhões).
Se não fossem esses motivos, a Petrobras teria fechado 2015 com lucro de R$ 13,6 bilhões, disse o gerente-executivo de Desempenho Empresarial, Mário Jorge da Silva.
Melhora nos dados de dívida
Por outro lado, a estatal divulgou que reduziu sua dívida. O endividamento líquido caiu 5%, para US$ 100,4 bilhões em 31 de dezembro de 2015.
A petroleira também aumentou o prazo médio de vencimento da dívida: de 6,10 anos, ao final de 2014, para 7,14 anos, ao final de 2015.
Segundo Bendine, depois de oito anos a companhia apresentou geração de fluxo de caixa positivo e as despesas administrativas recuaram significativamente. "Mesmo em ano tão difícil, como foi 2015, com a valorização do dólar frente ao real, tivemos um recuo forte na nossa dívida líquida e uma disciplina muito forte, não só de capital, mas em uma busca de eficiência muito grande."
Sem divisão de lucros com acionistas e funcionários
A estatal não vai pagar dividendos (parte do lucro que é distribuída aos acionistas da empresa) aos acionistas, nem participação de lucros aos funcionários, informou o presidente da empresa.
A empresa também não pagou dividendos referentes a 2014.
Menos investimentos
Os investimentos em 2015 foram de R$ 76,3 bilhões, 12% a menos que em 2014. Em dólares, os investimentos atingiram US$ 23,1 bilhões, uma redução de 38%.
O segmento de Exploração e Produção concentrou 83% dos recursos.
Segundo o presidente da estatal, a empresa ainda não fechou seu novo plano de negócios e a previsão de investimentos para 2016 deve ser publicada no meio do ano. Porém, Bendine já adiantou que o investimento deve ser "um pouco menor".
Receita e Ebitda
A meta de arrecadar R$ 14,4 bilhões neste ano com a venda de bens e negócios continua mantida, segundo o presidente.
A receita da estatal somou R$ 321,7 bilhões no ano passado, queda de 4,6% em comparação com os R$ 337,3 bilhões apurados em 2014.
O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado cresceu 25%, saindo de R$ 59,14 bilhões para R$ 73,9 bilhões.
Dois anos de Lava Jato
O escândalo de corrupção investigado pela polícia federal na operação Lava Jato marcou o início de uma das piores fases já vistas nos mais de 60 anos da Petrobras.
Em dois anos, executivos de alto escalão foram presos, a empresa enfrenta processos na Justiça, inclusive nos Estados Unidos, as ações (PETR3, PETR4) despencaram na Bolsa e a dívida da companhia, que já era grande, aumentou ainda mais.
O resultado no ano passado foi pior que o prejuízo de 2014 (R$ 21,6 bilhões), quando a petroleira lançou no balanço as perdas com o esquema de corrupção.
Considerando apenas o quarto trimestre do ano passado, a estatal teve prejuízo de R$ 36,938 bilhões. O resultado veio bem diferente do que previam analistas consultados pela agência de notícias Reuters: eles esperavam lucro de R$ 3,859 bilhões.
O presidente da empresa, Aldemir Bendine, afirmou que 2015 foi um ano difícil para toda a indústria do petróleo.
Motivos do prejuízo
Segundo a estatal, a maior parte das perdas (R$ 49,75 bilhões) foi causada pela reavaliação dos bens e investimentos, principalmente por causa da queda nos preços do petróleo no mercado global e dos efeitos da perda do selo de bom pagador pelas agências de classificação de risco.
Também pesaram as despesas com juros e com a alta do dólar (R$ 32,98 bilhões).
Se não fossem esses motivos, a Petrobras teria fechado 2015 com lucro de R$ 13,6 bilhões, disse o gerente-executivo de Desempenho Empresarial, Mário Jorge da Silva.
Melhora nos dados de dívida
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A petroleira também aumentou o prazo médio de vencimento da dívida: de 6,10 anos, ao final de 2014, para 7,14 anos, ao final de 2015.
Segundo Bendine, depois de oito anos a companhia apresentou geração de fluxo de caixa positivo e as despesas administrativas recuaram significativamente. "Mesmo em ano tão difícil, como foi 2015, com a valorização do dólar frente ao real, tivemos um recuo forte na nossa dívida líquida e uma disciplina muito forte, não só de capital, mas em uma busca de eficiência muito grande."
Sem divisão de lucros com acionistas e funcionários
A estatal não vai pagar dividendos (parte do lucro que é distribuída aos acionistas da empresa) aos acionistas, nem participação de lucros aos funcionários, informou o presidente da empresa.
A empresa também não pagou dividendos referentes a 2014.
Menos investimentos
Os investimentos em 2015 foram de R$ 76,3 bilhões, 12% a menos que em 2014. Em dólares, os investimentos atingiram US$ 23,1 bilhões, uma redução de 38%.
O segmento de Exploração e Produção concentrou 83% dos recursos.
Segundo o presidente da estatal, a empresa ainda não fechou seu novo plano de negócios e a previsão de investimentos para 2016 deve ser publicada no meio do ano. Porém, Bendine já adiantou que o investimento deve ser "um pouco menor".
Receita e Ebitda
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A receita da estatal somou R$ 321,7 bilhões no ano passado, queda de 4,6% em comparação com os R$ 337,3 bilhões apurados em 2014.
O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado cresceu 25%, saindo de R$ 59,14 bilhões para R$ 73,9 bilhões.
Dois anos de Lava Jato
O escândalo de corrupção investigado pela polícia federal na operação Lava Jato marcou o início de uma das piores fases já vistas nos mais de 60 anos da Petrobras.
Em dois anos, executivos de alto escalão foram presos, a empresa enfrenta processos na Justiça, inclusive nos Estados Unidos, as ações (PETR3, PETR4) despencaram na Bolsa e a dívida da companhia, que já era grande, aumentou ainda mais.
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