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Solution Center abre espaço para debate sobre o Dia Mundial da Conscientização do Autismo
Amanhã, 2 de abril comemora-se o Dia Mundial da Conscientização do Autismo. A data serve para ajudar a conscientizar a população mundial sobre o Autismo, um transtorno no desenvolvimento do cérebro que afeta cerca de 70 milhões de pessoas em todo o mundo. Pensando nisso, a Solution Center cedeu um espaço ao Portal Já é Notícia para entrevistas, interação e debates sobre esse tema importante.
O Solution Center é um Centro de Soluções Clínicas de Arapiraca. Ele reúne várias especialidades em um mesmo lugar, oferecendo um conjunto de soluções de saúde com qualidade, comodidade, segurança e conforto. Com atendimento de alta qualidade, com profissionais especializados e treinados para superar as expectativas dos pacientes.
Para conscientizar, a nossa equipe de reportagem realizou uma entrevista na Solution Center com a mãe de uma criança com autismo.
13 perguntas foram poucas para conseguir resumir a luta de Michele Maria Cordeiro, técnica em enfermagem, com um filho especial de apenas três anos. Ela não se considera uma guerreira, acredita que faz apenas o que qualquer mãe que tem um filho com necessidades especiais faria. Se considera sim privilegiada, por poder proporcionar atendimento especializado ao seu filho e aprender com ele todos os dias.
De acordo com Michele, muitos pais insistem em não fazer o diagnóstico. “Precisamos chamar a atenção desses pais, para que eles procurem um atendimento adequado para seus filhos”, explicou a mãe do garoto.
Confira a entrevista:
1- Quando você começou a perceber que seu filho talvez pudesse ser especial?
Bom, ele tinha 2 anos e 3 meses e não falava. Aos nove meses ele começou a falar algumas palavras, como papai e mamãe, depois parou, então fiquei em estado de alerta. Procurei uma “fono” e coloquei ele para fazer algumas sessões com ela, depois de quatro meses, ela me chamou e me encaminhou para um neuropediatra. Então ele foi diagnosticado com autismo e daí veio o desespero da família, não sabíamos o que era o autismo e nem o que fazer com uma criança autista. A partir de então me mudei para Arapiraca e corri contra o tempo, procurando tratamento. Para algumas mães, existe um período de “luto”, logo quando descobre, mas eu não passei mais de dois dias para agir.
2- Quais as dificuldades que vocês mais enfrentaram?
Teve a questão do deslocamento, tivemos que sair de Paulo Afonso-BA e ter residência fixa em Arapiraca, a aceitação da família, o medo da minha família não aceitar. Primeiro o meu marido não aceitou, mas tive um grande apoio da minha irmã, ela foi meu braço direito. Então, a dificuldade maior foi o medo, a aceitação, de como as pessoas iriam ver meu filho.
3- Com quantos anos descobriu que ele era autista?
2 anos e meio.
4- Ele fala normalmente?
Se estimular, ele fala algumas palavras. Eu começo a cantar e estimulo para ele falar, não adianta colocar seu filho para terapia ocupacional se você não estimular em casa.
5 – Seu filho frequenta alguma escola? Como é a inclusão lá?
Ele estuda em escola privada e estou gostando muito. Quanto a inclusão, estou muito satisfeita. Ontem fui buscá-lo na escola e vi um cartaz imenso sobre o Dia da Conscientização do Autismo, isso é muito importante. Eu já trouxe professora do meu filho para cá, para um acompanhamento com a terapeuta ocupacional e a Graziela explicou sobre o assunto.
6 – Já teve problemas com vizinhos, família? Devido a adaptação dele? Alguma situação desconfortável?
Não. Graças a Deus nenhuma.
7 – Ele tem manias? Faz algo repetido?
Ele tinha uma mania. O Miguel gostava de um personagem e ele vivia fazendo os gestos e dançando em qualquer lugar.
8 – Como é o seu dia-a-dia, casa, trabalho, cuidados?
Eu não trabalho. Sou técnica de enfermagem, mas não estou exercendo minha profissão, pois priorizo o Miguel. Tenho outro filho de 15 anos, mas hoje eu priorizo ele, para mim e para nossa família, ele é uma criança especial. Espero que daqui uns dias eu possa trabalhar, mas hoje o meu tempo é todo dele.
9 – Ele faz algum tratamento público ou só o tratamento aqui na Solution Center?
Por enquanto só aqui na Solution. Eu faço acompanhamento no TRATE, um projeto da prefeitura. Lá tenho ótimas experiências com mães que enfrentam os mesmos problemas que eu. Fiz o cadastro do Miguel para ser atendido lá. Ele é o 33, estamos aguardando. Estou muito satisfeita com o tratamento aqui na Solution Center, ele evoluiu muito. Tem acompanhamento com a terapeuta ocupacional e a “fono”, são ótimas profissionais.
10 – Tem alguma experiência positiva que possa ajudar outras mães com filhos especiais?
Eu tenho um grupo no Whatsapp que é de mães com filhos autistas e eu sempre digo o seguinte: Seja bem-vinda, que Jesus lhe dê sabedoria e não foque seu pensamento em coisas ruins, que seu filho foi um castigo ou que você está passando por isso e não sabe o porquê. Saiba que você foi escolhida, que Deus escolhe os capacitados e capacita os escolhidos. Então, eu digo para as mães por experiência própria que não desistam, é lindo. Eu amo o meu filho, eu amo criança com autismo e eu não vejo o autismo ser um empecilho na minha vida.
11- Como é ser mãe de um garoto autista? Como é ser mãe do Miguel?
Maravilhoso. Eu amo ser mãe de Miguel autista, eu amo meu filho autista.
12- O que espera, quais as expectativas e como acha que será o futuro do seu filho?
Hoje o que penso é que eu quero meu filho com independência, eu vejo meu filho trabalhando, se socializando com as pessoas e elas ainda vão me perguntar: “ Ele é autista”?
13 – Você queria deixar alguma mensagem para os nossos leitores?
Eu tenho a dizer que o autismo não é um bicho de sete cabeças, é algo que todos nós podemos contornar, queria que as pessoas se conscientizassem e não olhassem o autismo como um “mongol”, um “ doidinho”. O olhar das pessoas diz tudo. Quando ele tem crise, as pessoas chamam ele de mal educado, que não tem mãe, então eu queria que as pessoas se conscientizassem. Queria também aproveitar as mães de crianças com autismo para estarem conosco no dia 02 de abril, no Arapiraca Garden Shopping, lá vamos estar conscientizando as pessoas e mostrando que crianças assim podem estar com outras e socializar.
Em entrevista, a terapeuta ocupacional do Solution Center, Graziela Valeriano, explicou como é cuidar de crianças especiais, como é o tratamento e falou sobre os avanços do garoto Miguel após as terapias. “Desde que eu me formei eu trabalho com isso, foi uma coisa que eu escolhi. Tive uma experiência na faculdade e gostei muito, então sempre trabalhei com crianças com autismo e amo muito. Quanto ao tratamento, a terapia ocupacional em si trabalha as questões sensoriais, a questão da criança socializar melhor na escola, em locais públicos, através de terapias e do brincar. Fazemos a criança se adaptar em locais com mais pessoas. O Miguel é um exemplo, ele entrou faz pouco tempo e já podemos notar vários avanços. Quando Miguel chegou aqui, ele não me percebeu em nenhum momento e quando eu chamei a atenção com brinquedo sonoro, ele atentou para o brinquedo. Hoje, o Miguel já me nota e isso vai ajudar na vida social dele, vai poder demonstrar afetos, abraçar, beijar, algo que ele tinha muita dificuldade e agora já aceita mais tranquilo”, relatou Graziela.
O Solution Center é um Centro de Soluções Clínicas de Arapiraca. Ele reúne várias especialidades em um mesmo lugar, oferecendo um conjunto de soluções de saúde com qualidade, comodidade, segurança e conforto. Com atendimento de alta qualidade, com profissionais especializados e treinados para superar as expectativas dos pacientes.
Para conscientizar, a nossa equipe de reportagem realizou uma entrevista na Solution Center com a mãe de uma criança com autismo.
13 perguntas foram poucas para conseguir resumir a luta de Michele Maria Cordeiro, técnica em enfermagem, com um filho especial de apenas três anos. Ela não se considera uma guerreira, acredita que faz apenas o que qualquer mãe que tem um filho com necessidades especiais faria. Se considera sim privilegiada, por poder proporcionar atendimento especializado ao seu filho e aprender com ele todos os dias.
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Confira a entrevista:
1- Quando você começou a perceber que seu filho talvez pudesse ser especial?
Bom, ele tinha 2 anos e 3 meses e não falava. Aos nove meses ele começou a falar algumas palavras, como papai e mamãe, depois parou, então fiquei em estado de alerta. Procurei uma “fono” e coloquei ele para fazer algumas sessões com ela, depois de quatro meses, ela me chamou e me encaminhou para um neuropediatra. Então ele foi diagnosticado com autismo e daí veio o desespero da família, não sabíamos o que era o autismo e nem o que fazer com uma criança autista. A partir de então me mudei para Arapiraca e corri contra o tempo, procurando tratamento. Para algumas mães, existe um período de “luto”, logo quando descobre, mas eu não passei mais de dois dias para agir.
2- Quais as dificuldades que vocês mais enfrentaram?
Teve a questão do deslocamento, tivemos que sair de Paulo Afonso-BA e ter residência fixa em Arapiraca, a aceitação da família, o medo da minha família não aceitar. Primeiro o meu marido não aceitou, mas tive um grande apoio da minha irmã, ela foi meu braço direito. Então, a dificuldade maior foi o medo, a aceitação, de como as pessoas iriam ver meu filho.
3- Com quantos anos descobriu que ele era autista?
2 anos e meio.
4- Ele fala normalmente?
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5 – Seu filho frequenta alguma escola? Como é a inclusão lá?
Ele estuda em escola privada e estou gostando muito. Quanto a inclusão, estou muito satisfeita. Ontem fui buscá-lo na escola e vi um cartaz imenso sobre o Dia da Conscientização do Autismo, isso é muito importante. Eu já trouxe professora do meu filho para cá, para um acompanhamento com a terapeuta ocupacional e a Graziela explicou sobre o assunto.
6 – Já teve problemas com vizinhos, família? Devido a adaptação dele? Alguma situação desconfortável?
Não. Graças a Deus nenhuma.
7 – Ele tem manias? Faz algo repetido?
Ele tinha uma mania. O Miguel gostava de um personagem e ele vivia fazendo os gestos e dançando em qualquer lugar.
8 – Como é o seu dia-a-dia, casa, trabalho, cuidados?
Eu não trabalho. Sou técnica de enfermagem, mas não estou exercendo minha profissão, pois priorizo o Miguel. Tenho outro filho de 15 anos, mas hoje eu priorizo ele, para mim e para nossa família, ele é uma criança especial. Espero que daqui uns dias eu possa trabalhar, mas hoje o meu tempo é todo dele.
9 – Ele faz algum tratamento público ou só o tratamento aqui na Solution Center?
Por enquanto só aqui na Solution. Eu faço acompanhamento no TRATE, um projeto da prefeitura. Lá tenho ótimas experiências com mães que enfrentam os mesmos problemas que eu. Fiz o cadastro do Miguel para ser atendido lá. Ele é o 33, estamos aguardando. Estou muito satisfeita com o tratamento aqui na Solution Center, ele evoluiu muito. Tem acompanhamento com a terapeuta ocupacional e a “fono”, são ótimas profissionais.
10 – Tem alguma experiência positiva que possa ajudar outras mães com filhos especiais?
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11- Como é ser mãe de um garoto autista? Como é ser mãe do Miguel?
Maravilhoso. Eu amo ser mãe de Miguel autista, eu amo meu filho autista.
12- O que espera, quais as expectativas e como acha que será o futuro do seu filho?
Hoje o que penso é que eu quero meu filho com independência, eu vejo meu filho trabalhando, se socializando com as pessoas e elas ainda vão me perguntar: “ Ele é autista”?
13 – Você queria deixar alguma mensagem para os nossos leitores?
Eu tenho a dizer que o autismo não é um bicho de sete cabeças, é algo que todos nós podemos contornar, queria que as pessoas se conscientizassem e não olhassem o autismo como um “mongol”, um “ doidinho”. O olhar das pessoas diz tudo. Quando ele tem crise, as pessoas chamam ele de mal educado, que não tem mãe, então eu queria que as pessoas se conscientizassem. Queria também aproveitar as mães de crianças com autismo para estarem conosco no dia 02 de abril, no Arapiraca Garden Shopping, lá vamos estar conscientizando as pessoas e mostrando que crianças assim podem estar com outras e socializar.
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No Brasil estima-se que tenhamos 2 milhões de autistas, mais da metade ainda sem diagnóstico.
“Os sintomas do autismo são: fobias, agressividade, dificuldades de aprendizagem, dificuldades de relacionamento, por exemplo. No entanto, vale ressaltar que o autismo é único para cada pessoa. Existem vários níveis diferentes de autismo, até mesmo pessoas que apresentam o transtorno, mas sem nenhum tipo de atraso mental”.
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