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Após vaga na USP, filho de pedreiro sonha estudar em Harvard
Nem bem conseguiu a vaga no curso de física da Universidade de São Paulo (USP) e o aluno de Sorocaba (SP) Nafis Francisco Peres Melo, de 18 anos, já trilha novos rumos para sua carreira acadêmica. O estudante, que sonha ser cientista e professor da instituição, foi aceito na EducationUSA, uma rede global que prepara alunos brasileiros para estudarem nos Estados Unidos, e vai se candidatar a uma vaga na Universidade Harvard.
Filho da comerciante Marli Peres, 52 anos, e do pedreiro Mauro dos Santos Melo, 45, Melo sempre estudou na rede pública de ensino e sabia que só cursaria faculdade se ela não fosse privada. "Minha família está muito feliz. Somos humildes. Ninguém que a gente conhece já estudou na USP ou pensou em ir para fora do Brasil. Já comecei a me candidatar para vagas no exterior. Minha meta agora é Harvard. Estou me preparando para isso", afirma.
Quando estava no 9º ano, a direção da escola estadual em Sorocaba relacionou seu nome entre os cerca de 400 que disputariam oito vagas em uma escola privada da cidade, com 100% de bolsa de estudos. A proposta era do Instituto Social para Motivar, Apoiar e Reconhecer Talentos (Ismart), entidade privada que oferece o benefício a jovens de baixa renda de 14 a 15 anos. Nafis foi aprovado.
"Foram quase seis meses de processos seletivos que incluíam prova, entrevista e comprovação de renda. Quando consegui, quase não acreditei. Sabia que seria difícil acompanhar o ritmo dos outros alunos. Mas com determinação, cheguei lá", comemora.
Gerente de projetos do Ismart, Inês Boaventura França explica que a entidade, criada em 1999, atualmente atende alunos com renda de até dois salários mínimos per capita em Sorocaba, São Paulo (SP), São José dos Campos (SP), Cotia (SP) e Rio de Janeiro (RJ) e que têm, além de potencial, vontade de aprender.
"Nosso processo de seleção busca esses jovens com potencial de aprendizado diferenciado que não têm condições financeiras de se manter em uma escola privada. No processo de seleção avaliamos não apenas as qualidades cognitivas, mas o comprometimento", destaca.
Apoio da família
A rotina de toda a família foi adaptada para priorizar os estudos do sorocabano durante o colégio. Nesse período, o jovem estudava das 7h às 12h40, voltava para casa, almoçava e, se a mãe precisasse, ajudava na loja da família. Para aproveitar melhor o tempo, ele levava com ele a mochila e estudava no estabelecimento.
"Às vezes ela tinha algum compromisso e me chamava para cuidar da loja. Minha irmã, a mesma coisa. Mas valeu a pena. Ver meu nome na lista de aprovados valeu o esforço", comemora.
Entretanto, os planos do estudante não se resumem em estudar. "Quero aproveitar tudo o que a universidade tem a me oferecer. Já visitei os laboratórios de física e achei maravilhoso. É ali que quero trabalhar", finaliza.
Filho da comerciante Marli Peres, 52 anos, e do pedreiro Mauro dos Santos Melo, 45, Melo sempre estudou na rede pública de ensino e sabia que só cursaria faculdade se ela não fosse privada. "Minha família está muito feliz. Somos humildes. Ninguém que a gente conhece já estudou na USP ou pensou em ir para fora do Brasil. Já comecei a me candidatar para vagas no exterior. Minha meta agora é Harvard. Estou me preparando para isso", afirma.
Quando estava no 9º ano, a direção da escola estadual em Sorocaba relacionou seu nome entre os cerca de 400 que disputariam oito vagas em uma escola privada da cidade, com 100% de bolsa de estudos. A proposta era do Instituto Social para Motivar, Apoiar e Reconhecer Talentos (Ismart), entidade privada que oferece o benefício a jovens de baixa renda de 14 a 15 anos. Nafis foi aprovado.
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Gerente de projetos do Ismart, Inês Boaventura França explica que a entidade, criada em 1999, atualmente atende alunos com renda de até dois salários mínimos per capita em Sorocaba, São Paulo (SP), São José dos Campos (SP), Cotia (SP) e Rio de Janeiro (RJ) e que têm, além de potencial, vontade de aprender.
"Nosso processo de seleção busca esses jovens com potencial de aprendizado diferenciado que não têm condições financeiras de se manter em uma escola privada. No processo de seleção avaliamos não apenas as qualidades cognitivas, mas o comprometimento", destaca.
Apoio da família
A rotina de toda a família foi adaptada para priorizar os estudos do sorocabano durante o colégio. Nesse período, o jovem estudava das 7h às 12h40, voltava para casa, almoçava e, se a mãe precisasse, ajudava na loja da família. Para aproveitar melhor o tempo, ele levava com ele a mochila e estudava no estabelecimento.
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Entretanto, os planos do estudante não se resumem em estudar. "Quero aproveitar tudo o que a universidade tem a me oferecer. Já visitei os laboratórios de física e achei maravilhoso. É ali que quero trabalhar", finaliza.
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