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'Não me arrependo', diz lavradora que matou e enterrou filho no quintal

Por via G1 15/04/2016 07h07 - Atualizado em 15/04/2016 10h10
Suzi Amâncio Vieira diz que não se arrepende de ter matado o filho - Foto: Reprodução/EPTV
"Foi um golpe certeiro, eu não titubeei. E esse arrependimento, eu procuro, por Deus, mas ainda não achei.” A declaração é da lavradora Suzi Amâncio Vieira, de 52 anos, que confessou ter matado o próprio filho, queimado os ossos e enterrado os restos mortais no quintal de casa, há quatro anos, em Terra Roxa (SP).

Suzi disse que não se arrepende do crime e que agiu porque o filho, que era usuário de drogas, a estuprava e ameaçava fazer o mesmo com uma sobrinha. Segundo a lavradora, o assassinato ocorreu em 9 de maio de 2012, quando ela estava tomando banho e o jovem invadiu o banheiro com uma faca.

“Ele chegou a falar declaradamente que desejo por outra mulher não tinha, ele tinha por mim. Eu não aguentava mais ficar com isso me incomodando. Ele me maltratava muito dentro de casa. No banheiro, quando aconteceu o fato, eu resolvi reagir. Ou era ele, ou eu”, afirmou a mãe.

Régis Custódio de Oliveira, de 24 anos, foi morto com uma facada no pescoço. Suzi disse que deixou o corpo do filho no box do banheiro e, em seguida, o enrolou em um cobertor e enterrou no quintal. Três meses depois, decidiu desenterrar os ossos e queimá-los com etanol no mesmo local.

Aos vizinhos e familiares, a lavradora disse que o filho havia viajado para outro estado e nunca mais retornou. A versão foi sustentada até a noite desta terça-feira (12), quando Suzi procurou a delegacia da cidade e confessou o crime aos policiais.
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“Eu fiz a coisa consciente, estou disposta a obedecer a Justiça, porque eu sempre vivi pela justiça e o que ele fazia comigo não era justo. Eu fiz de um jeito grotesco, reconheço, mas não me arrependo”, desabafou.

Ainda na noite de terça-feira, os investigadores recolheram fragmentos de ossos e dois dentes, supostamente humanos, no quintal da casa da mulher, no Centro de Terra Roxa. O material passará por exames para identificar se pertencem mesmo a Oliveira.

A mãe não foi presa porque não houve flagrante. O delegado Emerson Abade afirmou que aguardará o laudo do Instituto Médico Legal (IML) para dar prosseguimento ao caso. Vizinhos e familiares serão intimados nos próximos dias para prestarem depoimento.