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Apaixonada por livros, menina monta biblioteca comunitária dentro de casa

Por G1 17/07/2016 16h04 - Atualizado em 17/07/2016 19h07
Foto: Reprodução/G1
Aos 11 anos, uma estudante de Monte Aprazível (SP) já leu mais de 300 livros e criou uma biblioteca comunitária dentro de casa. Os livros são catalogados por temas e idade. Alexssandra Borges Alves é um exemplo de dedicação e força de vontade, além de ser uma grande incentivadora da leitura.

Todas as crianças do bairro Copacabana, onde mora, têm acesso aos livros. Em princípio, as obras dividem espaço com o tanque e a máquina de lavar, mas ficam à disposição para quem deseja ler. "Quando eu tinha 3 anos, minha mãe me incentivava a ler. A minha mãe pegava um livro e começou me dar. Eu começava a rabiscar, a pintar, mas quando eu comecei a ler surgiu essa ideia de que eu não conseguia mais parar de ler. Fiquei com paixão pelos livros", conta.

Muitos livros, que poderiam estar esquecidos, foram doados para a biblioteca, que aproxima alguns moradores da leitura. "A única biblioteca que tem em Monte Aprazível fica no Centro Municipal, que fica muito longe. Para quem mora para esses lados, ir até a biblioteca dela é mais fácil", diz Maria Eduardo Lombarde de Oliveira, de 10 anos.

A professora de Alexssandra, Elaine Aparecida Balsamão, diz que ela chamou a atenção por gostar de ler. "Só tenho coisas boas para falar dela. É uma menina dedicada. Ela vai crescer muito, vai crescer muito na vida", acredita.

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Um dos colegas de classe da estudante, Emanuel Átila da Silva, de 11 anos, afirma que aprendeu muito com a amiga. "Muita coisa que eu aprendi com ela foi bom para mim hoje. Desde quando a conheci, ela fez muita coisa boa pra mim."

Alexssandra organiza toda a retirada e a devolução de cada exemplar pelo computador, que também ganhou. Se alguém não devolver na data certa, ela vai de bicicleta até a casa da pessoa para saber o motivo do atraso. Para a mãe dela, Diene Borges Alves, saber ler traz conquistas.

"É uma coisa que ninguém tira de você. É o aprendizado. Falar de uma filha assim é muito emocionante, É um orgulho", diz."Quero incentivar as pessoas a ler. Quem não gosta de ler pode começar a ler um pouqinho porque é muito legal. Ler traz bastante esperança. Se você está triste, fica alegre. Depende dos livros", afirma.