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Copom mantém juros básicos em 14,25% ao ano pela oitava vez
Pela oitava vez seguida, o Banco Central (BC) não mexeu nos juros básicos da economia. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve hoje (20) a taxa Selic em 14,25% ao ano. A decisão era esperada pelos analistas, que preveem que a taxa ficará inalterada até o fim do ano.
Os juros básicos estão nesse nível desde o fim de julho do ano passado. Com a decisão do Copom, a taxa se mantém no mesmo percentual de outubro de 2006. A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Em comunicado, o Copom informou que as projeções para a inflação estão em queda. No entanto, o órgão aponta riscos de curto prazo, como a persistência nas elevações nos preços de alimentos, incertezas quanto à aprovação e à implementação dos ajustes necessários na economia e a indexação da economia, com a inflação passada alimentando a futura caso os índices de preços permaneçam altos e acima da meta. Tais fatores, segundo o Copom, levaram à manutenção da taxa Selic.
Oficialmente, o Conselho Monetário Nacional estabelece meta de 4,5%, com margem de tolerância de 2 pontos, podendo chegar a 6,5%. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA acumulou 8,84% nos 12 meses encerrados em junho, depois de atingir o recorde de 10,71% nos 12 meses terminados em janeiro.
No Relatório de Inflação, divulgado no fim de junho pelo Banco Central, a autoridade monetária estima que o IPCA encerre 2016 em 6,9%. O mercado está mais pessimista. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo Banco Central, o IPCA fechará o ano em 7,26%.
Apesar da queda do dólar, o impacto de preços administrados, como a elevação da conta de água em várias capitais, tem contribuído para a manutenção dos índices de preços em níveis altos. Nos próximos meses, a expectativa é que a inflação desacelere por causa do agravamento da crise econômica.
Embora ajude no controle dos preços, o aumento ou a manutenção da taxa Selic em níveis elevados prejudica a economia. Isso porque os juros altos intensificam a queda na produção e no consumo. Segundo o boletim Focus, os analistas econômicos projetam contração de 3,25% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos pelo país) em 2016. No Relatório de Inflação, o BC prevê retração de 3,3%.
A taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando reduz os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação.
Mudanças
Essa foi a primeira reunião do Copom comandada pelo novo presidente do BC, Ilan Goldfajn. No encontro passado, no início de junho, ele ainda não tinha tomado posse formalmente como presidente da instituição financeira.
A primeira reunião do Copom na gestão de Goldfajn teve mudanças. O segundo dia de encontro teve o horário antecipado em duas horas, o que permite a divulgação da taxa Selic por volta das 18h. O BC decidiu anunciar a taxa apenas pela internet, em vez de ler um comunicado na presença de jornalistas. A ata do Copom, que era divulgada na quinta-feira da semana seguinte a cada reunião, passará a ser divulgada dois dias antes, na terça-feira.
Os juros básicos estão nesse nível desde o fim de julho do ano passado. Com a decisão do Copom, a taxa se mantém no mesmo percentual de outubro de 2006. A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Em comunicado, o Copom informou que as projeções para a inflação estão em queda. No entanto, o órgão aponta riscos de curto prazo, como a persistência nas elevações nos preços de alimentos, incertezas quanto à aprovação e à implementação dos ajustes necessários na economia e a indexação da economia, com a inflação passada alimentando a futura caso os índices de preços permaneçam altos e acima da meta. Tais fatores, segundo o Copom, levaram à manutenção da taxa Selic.
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No Relatório de Inflação, divulgado no fim de junho pelo Banco Central, a autoridade monetária estima que o IPCA encerre 2016 em 6,9%. O mercado está mais pessimista. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo Banco Central, o IPCA fechará o ano em 7,26%.
Apesar da queda do dólar, o impacto de preços administrados, como a elevação da conta de água em várias capitais, tem contribuído para a manutenção dos índices de preços em níveis altos. Nos próximos meses, a expectativa é que a inflação desacelere por causa do agravamento da crise econômica.
Embora ajude no controle dos preços, o aumento ou a manutenção da taxa Selic em níveis elevados prejudica a economia. Isso porque os juros altos intensificam a queda na produção e no consumo. Segundo o boletim Focus, os analistas econômicos projetam contração de 3,25% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos pelo país) em 2016. No Relatório de Inflação, o BC prevê retração de 3,3%.
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Mudanças
Essa foi a primeira reunião do Copom comandada pelo novo presidente do BC, Ilan Goldfajn. No encontro passado, no início de junho, ele ainda não tinha tomado posse formalmente como presidente da instituição financeira.
A primeira reunião do Copom na gestão de Goldfajn teve mudanças. O segundo dia de encontro teve o horário antecipado em duas horas, o que permite a divulgação da taxa Selic por volta das 18h. O BC decidiu anunciar a taxa apenas pela internet, em vez de ler um comunicado na presença de jornalistas. A ata do Copom, que era divulgada na quinta-feira da semana seguinte a cada reunião, passará a ser divulgada dois dias antes, na terça-feira.
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