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Empresários enxergam oportunidades e contornam situação econômica atual

Por Agência Alagoas 31/07/2016 10h10 - Atualizado em 31/07/2016 13h01
Foto: Divulgação
Na contramão do atual momento econômico vivido pelo país, muitos empresários decidem sair da informalidade e investir no seu próprio negócio. De acordo com dados divulgados pela Junta Comercial do Estado de Alagoas (Juceal), no primeiro semestre de 2016 foram constituídas 10.149 empresas no Estado, podendo ser observados os mais diversos tipos de empreendimentos; Microempreendedores Individuais (MEI), microempresas (ME), empresas de pequeno porte (EPP) e grandes negócios considerados sem porte.

Segundo o órgão alagoano de registro, o comércio prevalece como o setor que mais constituiu empresas, com 4.610 negócios abertos no período. Entre os empresários compreendidos por esse quantitativo está José Ronaldo, dono do Mercadinho Santana, no município de Arapiraca, que enxergou em meio ao alerta econômico - onde empresas grandes estão reduzindo o número de funcionários - uma forma de abrir seu próprio negócio.

“Eu trabalhava na roça e, devido à crise, fui dispensado. A partir daí decidi abrir meu próprio negócio. Pesquisei bastante para decidir onde investir. Sempre quis algo na área de comércio e vi que havia uma necessidade de um mercadinho na rua em que eu moro. Então concretizei meu desejo. Até agora eu estou satisfeito com o resultado e estou otimista com o futuro. Pretendo, aos poucos, expandir meu negócio. Quando trabalhamos honestamente, conseguimos crescer”, endossou.

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De acordo com o empresário, o processo para registro e legalização da empresa durou, aproximadamente, 45 dias, porém, segundo registros da Junta Comercial, o deferimento do processo referente ao mercadinho foi realizado em menos de 2h, a partir da protocolização.

Outra seção de atividade que se destacou no quantitativo de constituições foi o setor de alojamento e alimentação, com 1.028 empresas abertas no primeiro semestre do ano.

O empresário Diego Carvalho, assim como José Ronaldo, resolveu aproveitar o momento e realizar o desejo de empreender. “Apareceu a oportunidade e decidimos arriscar. Esse ramo de acomodação sempre nos chamou a atenção, então decidimos investir e ver no que vai dar”, declarou.


 
Sobre o retorno que o investimento nesse período tido como de crise tem trazido para a empresa, Carvalho acrescenta: “O primeiro ano sempre é o mais difícil, mas estamos batalhando para sempre melhorar. É o que esperávamos, e a gente vem tentando fazer o diferencial para se sobressair”. A Pousada Pura Vida teve o processo de abertura deferido em 5h desde sua entrada na Juceal, segundo dados registrados do órgão.

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Se o momento pode apresentar dificuldades para alguns, para muitos empresários mostra-se uma oportunidade de apostar em estratégias empreendedoras. Pensando em manter um equilíbrio financeiro, Tarciso Costa decidiu investir em algo inovador no município de Palmeira dos Índios.

“Estudei algumas possibilidades e decidi montar um negócio que ainda não tivesse em minha cidade e que fosse do meu conhecimento, por isso montei a empresa Top Açaí, fazendo um diferencial em meio às empresas do mesmo ramo em nosso Estado”, relatou.

Mesmo com a atual época do ano, desfavorável para o setor em que investiu, o empresário é otimista. “A expectativa é que no verão haja um aquecimento nas vendas para compensar o período de baixa temporada. Mesmo assim, atualmente minha empresa tem lucro.” O Top Açaí foi constituído no início de janeiro e teve seu processo deferido em 5h.
 
Referência nacional, Alagoas possui o ambiente para negócios com menor burocracia do país, segundo ranking divulgado pela Receia Federal. O Estado conta ainda com um dos menores prazos em relação ao registro de empresas, podendo o processo ser deferido no prazo de até 48h.

Visão do presidente

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Para o presidente da Juceal, Carlos Araújo, mesmo com o alerta econômico que vem afetando todo o país, as pessoas enxergam o momento como uma oportunidade para investir no seu próprio negócio, e estão se dando a chance de recomeçar de uma forma empreendedora.

“É algo que, de certa forma, nos surpreende. Mesmo com a crise as pessoas não ficam paradas; pelo contrário, elas partem para o empreendedorismo. Tenho certeza que muitos que perderam o emprego estão abrindo seu próprio negócio. É o que nós estamos vendo em vários casos por aí, eles abrem seu próprio negócio e, em seguida, já estão com mais de dois funcionários, sempre pensando em progredir com sua empresa”, explanou.

Ainda de acordo com Carlos Araújo, cabe à Junta Comercial oferecer o melhor ambiente para que as pessoas possam abrir o seu negócio. “Como responsável pelo registro mercantil, temos que disponibilizar esse ambiente favorável para a constituição de empresas. E segundo o próprio ranking nacional, nós já possuímos esse ambiente. Então o que nós temos a oferecer para quem quiser empreender em nosso Estado é a facilidade para abrir o seu negócio”, finalizou o presidente da Juceal.