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Emocionado, Glaydson revela detalhes sobre o período longe dos gramados
O período longe dos gramados foi duro para Glaydson Almeida. Em entrevista coletiva no CT Ninho do Galo, nesta segunda-feira, o volante regatiano contou à imprensa os momentos angustiantes pelos quais passou por conta de uma lombalgia, problema que o afastou dos campos por meses. As dores o incapacitaram de praticar futebol e realizar atividades básicas do dia a dia. Uma luta diária que parecia não ter fim, mas que aos poucos foi vencida através da ajuda dos companheiros, do CRB e, principalmente da família.
Em uma das maiores lutas da carreira, Glaydson revelou a sua principal fonte para vencer as dores, a angústia e retornar a praticar o esporte que se dedicou durante toda vida. Emocionado, não conseguiu segurar as lágrimas ao falar da presença da família.
Os meus filhos. Quando um circo estava aqui, eu estava muito mal, muito mal, aí minha filha pequenininha chegou "pai, me leva no circo", daí eu falei: "Filha, o pai não aguenta, eu não consigo andar, não tem como eu te levar. Mas na hora que o pai melhorar, o pai vai te levar". Quando eu consegui melhorar e consegui andar um pouco, mancando ainda, fui lá e levei. No dia a dia, meus filhos maiores falavam: "E aí pai, o senhor vai voltar quando?". Eu dizia: "O pai não sabe, o pai está trabalhando, tentando, procurando fazer tudo para voltar mais rápido". Lembro de um dia quando voltei, eu cheguei em casa e eles perguntaram o que eu tinha feito. Falei que tinha corrido. Eu via a felicidade nos olhos deles. "O pai começou a correr, daqui a pouco o pai vai voltar a jogar". Sem dúvida nenhuma, esse amor e carinho que eles têm por mim é o que não tem deixado eu abandonar e largar - revelou emocionado.
Não foram poucos os adversários que Glaydson precisou vencer para voltar aos treinamentos. Antes de retornar ao CT Ninho do Galo e iniciar os trabalhos com bola junto aos demais companheiros, foi necessário derrotar as dores e pensamentos negativos. Uma batalha contra o corpo e contra a mente.
- Primeiramente a dor. Quando você fica de cama sete dias sem conseguir ir ao banheiro direito, sem se alimentar, vê que perdi seis quilos, olhava para mim e pensava: estou morrendo. Olhava fotos antigas e achava que estava sumindo. Para mim foi a pior parte. O psicológico atrapalha, porque fiquei com aquela angústia e ansiedade, passava semanas, meses, eu não melhorava, e quando achava que iria melhorar algo, voltava a piorar. Tive que me habituar a fazer coisas que não me prejudicasse e me ajudasse. Isso foi umas das coisas mais difíceis da minha vida, isso que aconteceu esse ano. Mas daqui para frente só será felicidade e alegria - contou.
A volta aos gramados ainda não tem data marcada, mas o volante nem se apega a isso. Feliz por estar disputando uma bola com os companheiros, suando em mais um dia duro de trabalho embaixo do sol ou por simplesmente poder caminhar ao lado da família, Glaydson deve querer fazer uma coisa de cada vez e aproveitar um recomeço da carreira, se assim pode ser definido, principalmente quando a possibilidade de deixar o futebol passava pela cabeça do jogador.
- Isso martelou várias vezes na minha cabeça. De parar, fazer outra coisa, o sofrimento foi muito grande. Eu não tinha uma previsão ou alguma coisa exata, mas, graças a Deus, eu tenho evoluído. É continuar com os pés no chão, me fortalecendo e trabalhar - declarou.
Em uma das maiores lutas da carreira, Glaydson revelou a sua principal fonte para vencer as dores, a angústia e retornar a praticar o esporte que se dedicou durante toda vida. Emocionado, não conseguiu segurar as lágrimas ao falar da presença da família.
Os meus filhos. Quando um circo estava aqui, eu estava muito mal, muito mal, aí minha filha pequenininha chegou "pai, me leva no circo", daí eu falei: "Filha, o pai não aguenta, eu não consigo andar, não tem como eu te levar. Mas na hora que o pai melhorar, o pai vai te levar". Quando eu consegui melhorar e consegui andar um pouco, mancando ainda, fui lá e levei. No dia a dia, meus filhos maiores falavam: "E aí pai, o senhor vai voltar quando?". Eu dizia: "O pai não sabe, o pai está trabalhando, tentando, procurando fazer tudo para voltar mais rápido". Lembro de um dia quando voltei, eu cheguei em casa e eles perguntaram o que eu tinha feito. Falei que tinha corrido. Eu via a felicidade nos olhos deles. "O pai começou a correr, daqui a pouco o pai vai voltar a jogar". Sem dúvida nenhuma, esse amor e carinho que eles têm por mim é o que não tem deixado eu abandonar e largar - revelou emocionado.
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- Primeiramente a dor. Quando você fica de cama sete dias sem conseguir ir ao banheiro direito, sem se alimentar, vê que perdi seis quilos, olhava para mim e pensava: estou morrendo. Olhava fotos antigas e achava que estava sumindo. Para mim foi a pior parte. O psicológico atrapalha, porque fiquei com aquela angústia e ansiedade, passava semanas, meses, eu não melhorava, e quando achava que iria melhorar algo, voltava a piorar. Tive que me habituar a fazer coisas que não me prejudicasse e me ajudasse. Isso foi umas das coisas mais difíceis da minha vida, isso que aconteceu esse ano. Mas daqui para frente só será felicidade e alegria - contou.
A volta aos gramados ainda não tem data marcada, mas o volante nem se apega a isso. Feliz por estar disputando uma bola com os companheiros, suando em mais um dia duro de trabalho embaixo do sol ou por simplesmente poder caminhar ao lado da família, Glaydson deve querer fazer uma coisa de cada vez e aproveitar um recomeço da carreira, se assim pode ser definido, principalmente quando a possibilidade de deixar o futebol passava pela cabeça do jogador.
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