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Vai a 247 o nº de mortos após forte terremoto na Itália
O número de mortos após o forte terremoto que atingiu a região central da Itália na quarta-feira (24) subiu a 247, informou a Defesa Civil nesta quinta (25), 27 horas após o tremor. 247 mortos. São 350 feridos e centenas de desaparecidos.
O tremor matou, por enquanto, 190 na província de Rieti e 57 na província de Ascoli.
As buscas por sobreviventes não tem previsão de interrupção durante a madrugada, segundo as autoridades. Escavadeiras estão sendo usadas nos maiores desmoronamentos, mas em diversos pontos bombeiros e socorristas usam as próprias mãos para retirar escombros e tentar alcançar vítimas.
"Infelizmente, 90% das pessoas que retiramos estão mortas, mas algumas conseguem escapar e é por isso que continuaremos aqui", disse à agência AP Christian Bianchetti, um voluntário que ajuda nos resgates em Amatrice, uma das cidades mais afetadas.
Vinte e sete horas após o primeiro abalo, o número oficial de mortos era de 247, mas a Defesa Civil admite que esse número pode aumentar, já que ainda há centenas de desaparecidos. O jornal "Corriere della Sera" afirma que existem ainda quase 300 feridos.
O Itamaraty informou que não há registro de brasileiros entre as vítimas.
O primeiro tremor, de magnitude 6,2, aconteceu às 3h36 (22h36 em Brasília) e o impacto foi maior perto de Perugia, região localizada a menos de 200 km de Roma, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês), organismo que registra os tremores em todo mundo.
Na cidade de Accumoli, cerca de 150 sobreviventes passaram a primeira noite após o terremoto em um abrigo improvisado em um parque público, onde voluntários também estavam recebendo doações. O município fica no alto de uma colina e sofreu graves danos, com o desabamento de várias casas e rachaduras nas ruas. Sem luz, os moradores também foram obrigados a enfrentar baixas temperaturas durante a madrugada.
Também em Amatrice muitas pessoas passaram a noite ao ar livre depois de perderem suas casas.
Emergência
"A Itália hoje é uma família abalada, mas que não se abateu", disse o primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, durante entrevista em Rieti, local onde foi para acompanhar o resgate às vítimas.
Renzi convocou para quinta uma reunião com ministros para tomar as primeiras medidas para ajudar as localidades afetadas e afirmou que esta emergência deverá ser administrada por "um longo período". Ele também desejou que todos "estejam à altura do desafio".
Segundo a Defesa Civil, foram instalados quatro acampamentos com tendas, cozinhas e banheiros em vários pontos da região mais afetadam com uma capacidade de 250 pessoas cada. Espera-se que mais de 800 pessoas, sobretudo especialistas, sejam enviadas ao local afetada para ajudar a lidar com a emergência.
O governo da Itália destinou 234 milhões de euros para emergência imediata, informou o Ministério de Economia e Finanças em comunicado. Mas, além disso, vários números foram ativados para recolher doações para ajudar a Defesa Civil.
Cidades mais afetadas
Os municípios de Amatrice, de 2 mil habitantes; Accumoli, de 700 habitantes; e Norcia, de 4 mil habitantes, sofreram os maiores danos.
"A metade da cidade já não existe. As pessoas estão sob os escombros", afirmou o prefeito de Amatrice, na província de Rieti, Sergio Perozzi, à emissora privada "Sky". "Os danos são numerosos", afirmou o prefeito de Norcia, Nicola Alemanno.
O histórico hotel Roma, em Amatrice, abrigava uma feira gastronômica e ficou totalmente destruído. Cinco corpos foram retirados do local, mas o número de hóspedes, inicialmente estimado em 70, foi reduzido para 35. De acordo com um bombeiro que trabalhava no local, Carlo Cardinali, apenas dez estão desaparecidos.
Ao menos seis pessoas morreram em Accumoli, segundo o prefeito da cidade, Stefano Petrucci. "Quatro pessoas estão sob escombros. Elas não estão mostrando sinal de vida. São pais e dois filhos", disse Petrucci à RAI.
O tremor foi sentido por 20 segundos na capital, Roma, e também no Vaticano. O terremoto ocorreu a apenas 10 km da superfície e a 76 km a sudeste de Perugia, às 3h36 do horário local - 22h36 desta terça, no horário de Brasília. Minutos depois, outro tremor, de magnitude 4,6, sacudiu Rieti, na mesma região.
Réplicas
O terremoto principal foi seguido por um outro, de magnitude 3,9, às 3h41, perto de Norcia, na província de Perugia, com epicentro a 7 km de profundidade.
Ao menos 160 réplicas foram registradas no centro da Itália depois do forte terremoto desta madrugada, informou o Instituto Italiano de Geofísica, de acordo com a EFE.
Um porta-voz do primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, afirmou que o governo monitora a situação, mas ainda não deu mais informações sobre o tremor.
Em nota, o governo brasileiro expressou sua solidariedade aos familiares das vítimas e ao governo da Itália. A Embaixada e o Consulado-Geral brasileiros em Roma estão monitorando a situação.
Brasileiros
Brasileiros que estavam em regiões atingidas pelo terremoto relataram o susto que levaram ao serem acordados pelos fortes tremores. "Eu e meu namorado estávamos dormindo quando acordei achando que ele estava tendo uma convulsão porque a cama tremia muito. Só quando olhei para a porta e vi que também tremia é que percebi que era um terremoto e começou o desespero", conta Priscila Haydée, de 30 anos, natural de Taubaté, no interior de São Paulo.
Outros terremotos
Em 29 de maio de 2012, terremotos de magnitude 5,6 e 5,8 atingiram Emilia Romagna, no norte do país, e deixaram 15 mortos e 4 desaparecidos. Várias cidades tiveram danos e 5 mil pessoas tiveram de deixar suas casas.
Dias antes, em 20 de maio de 2012, um tremor de magnitude 5,9 também no norte da Itália, em Bondeno, deixou seis mortos e 50 feridos. Em 2009, tremor de magnitude 6,3 deixou mais de 300 mortos na região de L'Aquila.
O tremor matou, por enquanto, 190 na província de Rieti e 57 na província de Ascoli.
As buscas por sobreviventes não tem previsão de interrupção durante a madrugada, segundo as autoridades. Escavadeiras estão sendo usadas nos maiores desmoronamentos, mas em diversos pontos bombeiros e socorristas usam as próprias mãos para retirar escombros e tentar alcançar vítimas.
"Infelizmente, 90% das pessoas que retiramos estão mortas, mas algumas conseguem escapar e é por isso que continuaremos aqui", disse à agência AP Christian Bianchetti, um voluntário que ajuda nos resgates em Amatrice, uma das cidades mais afetadas.
Vinte e sete horas após o primeiro abalo, o número oficial de mortos era de 247, mas a Defesa Civil admite que esse número pode aumentar, já que ainda há centenas de desaparecidos. O jornal "Corriere della Sera" afirma que existem ainda quase 300 feridos.
O Itamaraty informou que não há registro de brasileiros entre as vítimas.
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Na cidade de Accumoli, cerca de 150 sobreviventes passaram a primeira noite após o terremoto em um abrigo improvisado em um parque público, onde voluntários também estavam recebendo doações. O município fica no alto de uma colina e sofreu graves danos, com o desabamento de várias casas e rachaduras nas ruas. Sem luz, os moradores também foram obrigados a enfrentar baixas temperaturas durante a madrugada.
Também em Amatrice muitas pessoas passaram a noite ao ar livre depois de perderem suas casas.
Emergência
"A Itália hoje é uma família abalada, mas que não se abateu", disse o primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, durante entrevista em Rieti, local onde foi para acompanhar o resgate às vítimas.
Renzi convocou para quinta uma reunião com ministros para tomar as primeiras medidas para ajudar as localidades afetadas e afirmou que esta emergência deverá ser administrada por "um longo período". Ele também desejou que todos "estejam à altura do desafio".
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O governo da Itália destinou 234 milhões de euros para emergência imediata, informou o Ministério de Economia e Finanças em comunicado. Mas, além disso, vários números foram ativados para recolher doações para ajudar a Defesa Civil.
Cidades mais afetadas
Os municípios de Amatrice, de 2 mil habitantes; Accumoli, de 700 habitantes; e Norcia, de 4 mil habitantes, sofreram os maiores danos.
"A metade da cidade já não existe. As pessoas estão sob os escombros", afirmou o prefeito de Amatrice, na província de Rieti, Sergio Perozzi, à emissora privada "Sky". "Os danos são numerosos", afirmou o prefeito de Norcia, Nicola Alemanno.
O histórico hotel Roma, em Amatrice, abrigava uma feira gastronômica e ficou totalmente destruído. Cinco corpos foram retirados do local, mas o número de hóspedes, inicialmente estimado em 70, foi reduzido para 35. De acordo com um bombeiro que trabalhava no local, Carlo Cardinali, apenas dez estão desaparecidos.
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O tremor foi sentido por 20 segundos na capital, Roma, e também no Vaticano. O terremoto ocorreu a apenas 10 km da superfície e a 76 km a sudeste de Perugia, às 3h36 do horário local - 22h36 desta terça, no horário de Brasília. Minutos depois, outro tremor, de magnitude 4,6, sacudiu Rieti, na mesma região.
Réplicas
O terremoto principal foi seguido por um outro, de magnitude 3,9, às 3h41, perto de Norcia, na província de Perugia, com epicentro a 7 km de profundidade.
Ao menos 160 réplicas foram registradas no centro da Itália depois do forte terremoto desta madrugada, informou o Instituto Italiano de Geofísica, de acordo com a EFE.
Um porta-voz do primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, afirmou que o governo monitora a situação, mas ainda não deu mais informações sobre o tremor.
Em nota, o governo brasileiro expressou sua solidariedade aos familiares das vítimas e ao governo da Itália. A Embaixada e o Consulado-Geral brasileiros em Roma estão monitorando a situação.
Brasileiros
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Outros terremotos
Em 29 de maio de 2012, terremotos de magnitude 5,6 e 5,8 atingiram Emilia Romagna, no norte do país, e deixaram 15 mortos e 4 desaparecidos. Várias cidades tiveram danos e 5 mil pessoas tiveram de deixar suas casas.
Dias antes, em 20 de maio de 2012, um tremor de magnitude 5,9 também no norte da Itália, em Bondeno, deixou seis mortos e 50 feridos. Em 2009, tremor de magnitude 6,3 deixou mais de 300 mortos na região de L'Aquila.
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